Mistakes

14. Confissões

Notas Iniciais: Não, não é miragem, voltei novamente! Espero que aproveitem o capítulo... nos vemos lá em baixo!

WANDA MAXIMOFF.

Quando voltei à realidade, a respiração pesada de Natasha foi a primeira coisa que consegui distinguir. Abri os olhos e a avistei parada, encostada contra a pia. Ela me olhava com medo, como se eu estivesse prestes a explodir.

-  A porta emperrou. -ela disse com sua voz rouca. - Não fui eu.

Encarei o pedaço de madeira agora caído sobre o chão do banheiro. O desespero ameaçou voltar a tomar conta de mim, mas respirei fundo e tentei controlar minhas emoções.

- Eu pensei que...-deixei as palavras morrerem na minha boca, não querendo dar voz aos meus pensamentos.

- Você pensou que eu estava fazendo tudo aquilo de novo.

A mágoa na voz de Natasha era clara e evidente. Pensei em negar, mas seria inútil, ela tinha ouvido os meus gritos e tudo o que eu havia dito anteriormente e, acima de tudo, ela tinha visto o medo em meus olhos.

Tentei levantar e meu corpo cambaleou um pouco, Natasha se apressou para me pegar, mas seus braços caíram de volta antes que ela pudesse encostar em mim.

- Tudo bem se eu ajudar você a ir até a cama? -ela perguntou com cautela, próxima, mas ainda sem nenhum contato.

- Natasha, eu sinto muito. -mantive a falta de contato, apenas porque eu não sabia se ela estava respeitando meu pedido anterior ou realmente queria estar longe.

Ela não respondeu de imediato e eu sabia que aquele significava que as coisas não estavam bem.

Ela finalmente colocou suas mãos em mim. Uma em um dos meus braços e a outra sobre a minha lombar e, lentamente, me guiou para fora e até a cama. Uma vez que eu estava sentada, Natasha rapidamente caminhou até o frigobar e voltou com uma garrafa de água.

- Você precisa de mais alguma coisa? -ela perguntou depois de me entregar a garrafa.

Não sabia ao certo como responder aquela pergunta. Eu precisava que ela me ouvisse, mas eu sabia que isso não iria acontecer.

O que não significa que eu não continuaria tentando.

- Eu não tive controle sobre os meus pensamentos. -tentei explicar. - Conscientemente eu sabia que não era você, mas minha mente trabalhou rápido demais e o pânico tomou conta de mim.

- Não! -ela cortou assim que terminei de falar. - Nós não estamos entrando nesse assunto. Não estamos entrando nessa mentira.

Suspirei profundamente, colocando a garrafa de água sobre a mesinha ao lado da cama. Ela estava de costas para mim agora, suas mãos apertando suas têmporas em sinal de estresse.

Meu lado racional sabia que não era o mais correto comprar essa briga agora. Nenhuma de nós duas tinha condições de enfrentar isso, mas ainda assim continuei.

- Olha pra mim, Natasha! -pedi, tocando em seu ombro para fazer com que ela se virasse.

- Wanda, agora não! -ela disse, ainda na mesma posição.

- Eu estou aqui, dizendo que sinto muito, porque realmente sinto. -deixei a irritação tomar conta de mim. -Não sei se você percebeu, mas eu entrei em pânico. Não era como se estivesse agindo racionalmente. - Só havíamos nós duas aqui, Natasha! O que mais você queria que eu fizesse?

- Eu queria que você não tivesse me dado esperanças! -ela gritou! - Com seus flertes e palavras bonitas que me fizeram acreditar que eu tinha feito você ver algo além do monstro que eu sou!