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O cinema era incrível.

Juliette podia dar os créditos a Los Angeles por terem o restaurado, entretanto, não podia não dar os créditos a Sarah, provavelmente Ceci pela decoração.

Na entrada do cinema até a sala que Sarah tinha fechado para elas assistirem havia uma trilha de pétalas de rosas pelo chão, formando um tapete. As luzes estavam parcialmente reduzidas, dando um ar mais romântico ao ambiente, a morena acreditava que devia haver um cara num violão em algum lugar, só esperando um sinal, porque não era possível aquilo.

A morena estava custando a acreditar que havia encontrado alguém que não só a entendia, se preocupava com ela, mas também alguém que quer perder seu tempo fazendo esses grandes gestos somente para ela.

- Sarah isso está... - Juliette diz mas suas palavras morrem no final das frases, de emoção - Essas flores estão... Isso tudo é ...

- Lila que deu a ideia das flores - Sarah diz enquanto ambas seguiam o caminho até a sala, a loira ia explicando o que fez em cada parte do cinema - Ela disse que eu devia compensar cada buquê que eu não dei esses anos todos que havia sido uma babaca com você. Coisas como: Dia das mulheres, dia das mães, aniversários, parabéns por algo na empresa, essas coisas.

- Eu não acredito que ela disse isso. - Juliette fala negando com a cabeça. Onde Ceci havia aprendido a ser assim?

- Acho que Cecília era uma Andrade antes mesmo de todo mundo pensar nisso - Sarah diz e Juliette assente concordando.

Logo um coro de risadas das duas é escutado, até no seu primeiro encontro lembrariam da garota que havia mudado suas vidas.

- Então senhorita Freire... - Sarah fala segurando na maçaneta da porta - Bem vinda ao seu encontro. - Sarah fala abrindo e revelando a sala de cinema.

Era uma sala relativamente normal, tirando todas as máquinas de lanches da cantina ali, as pétalas continuaram o seu caminho até as cadeiras onde elas sentariam, que já tinha de antemão os lanches prontos e colocados.

-  O que vamos ver? - a morena pergunta quando as duas finalmente se sentam e a morena pega a pipoca colocando no colo

- Então... - A loira põe a mão na nuca novamente - Eu e a Ceci ficamos discutindo horas sobre qual o seu filme favorito...

- E...? - Não chegamos a nenhum consenso. - Sarah confessa fazendo a morena rir - Você tem muitos filmes favoritos Juh!

- Mas conhecendo vocês duas, tiveram uma solução para isso.

- Não chegamos a um em comum, mas chegamos a dois. - Sarah fala e Juliette assente. - E não vou contar antes. Quero surpresa.

- A não...

- Shi... - Sarah fala já evitando os protestos da coreana - Vai começar. - A loira fala e assim que começa os créditos iniciais, Juliette solta um grito

- TITANIC! - Ela grita e se vira para Sarah- Você quer que eu borre minha maquiagem no nosso encontro?

- Ninguém mandou seus filmes favoritos te fazerem chorar. - Sarah fala - Agora vamos assistir!

A loira fala e se vira para a tela, notando após alguns minutos um calor na sua mão e logo uma sensação familiar. Juliette estava assistindo o início do filme com sua mão segurando a da loira, o coração da loira havia errado uma batida com o gesto tão simples mas tão significativo.

(...) A Andrade estava concentrada, já era o final de Titanic, a famosa cena da porta.

A loira não chorou, mesmo finalmente entendendo o quanto aquela cena era de alta carga emocional, mas ela não chorou, não chorou porque um mundo sem Juliette nem sequer era imaginável, entretanto, fungados baixos foram captados por sua audição, e se a cena não havia a destruído, ver Juliette chorando fez isso.

O Acordo. - SarietteOnde histórias criam vida. Descubra agora