Caminhos traçados

Capítulo 41

Dezembro.

Karina Nunes Reis.

Está tudo uma loucura! Dezembro chegou e com ele veio a correria de final de ano. Meus pais estão viajando já a quase duas semanas, voltam agora final de semana, foi difícil convencer minha mãe de não adiar a viagem, a mesma queria ver tudo do casamento.

Falando nesse assunto, é mais complicado do que eu imaginei. Realmente minha sogra tinha razão, é uma correria tentar organizar no final do ano.

Não encontrei ainda nenhum vestido que eu bati olho e amei, não decidimos o lugar do casamento, nada, literalmente só temos decidido a data, graças ao meu sogro que conseguiu marcar ela já que nós mesmos não estávamos com tempo de ir. Vamos nos casar no dia dezoito, e saber a data definitiva está me deixando ainda mais ansiosa.

Hoje eu irei rumo as compras de final de ano, nada de casamento por hoje. Tenho que comprar presentes e decorações para a casa, agora que eu me mudei para um lugar maior, as decorações que eu tenho não são o suficiente e minha árvore de natal é pequena comparada ao tamanho dessa sala , então decidi doar a minha antiga e comprar uma nova.

Perguntei para Jade, Eloá e Laila se queriam ir ao shopping. Apenas Laila está com tempo livre então combinei com ela no estacionamento. São nove e quarenta da manhã agora, Benjamin já saiu para trabalhar, essa noite ele dormiu aqui em casa. Como ontem foi domingo, decidimos fazer uma noite de petiscos e ficamos acordados até tarde.

Hoje está um clima chuvoso e gostoso para ficar deitada mas não posso me dar o luxo dessa vez. Peguei minha bolsa e a chave do carro, saí de casa trancando tudo e segui caminho para o shopping.

Estacionei o carro dentro do estacionamento e não foi difícil encontrar Laila. A mesma estava balançando o carrinho do Lucas. Tranquei meu carro e caminhei até Laila.

- Bom dia. Eu demorei? - Sorri. Laila retribuiu negando e me abraçando.

- Bom dia. Cheguei quase agora. - Sorriu ajeitando a bolsa no carrinho.

- E você, coisa linda? Está quase fechando os olhinhos. - sorri dando um cheiro no Lucas. O mesmo sorriu preguiçoso se encolhendo no carrinho.

- Veio o caminho choramingando. Paulo acordou ele na hora de sair para o trabalho e aí já viu. - Negou enquanto entravámos no shopping. Por incrível que pareça não está cheio, tem um número considerável de pessoas para às dez e vinte de amanhã de uma segunda feira em dezembro. - O que vamos fazer primeiro?

- Eu estava pensando em comprar a árvore primeiro para não ter perigo de acabar as do estilo que queremos, mas ficaria ruim para carregarmos ela pelo shopping todo.

- Podemos comprar e trazer para carro antes, depois compramos os presentes. - deu a ideia.

- Não pensei nisso. Pode ser então. - sorri. - decidiu se vai comprar uma para vocês também?

- Admito que eu e Paulo conversamos muito sobre comprar ou não, até porquê vamos passar o natal na casa dos meus avós, mas queremos que Lucas tenha essa tradição de decorar a casa e a árvore de natal desde pequeno, então decidimos decorar a casa mesmo que não passemos a data lá.

- Eu acho muito legal isso, ele vai amar. - sorri e ela concordou. - Estou com dúvidas se faço uma decoração tradicional, vermelha e dourado ou se eu mudo um pouco já que faço isso todos os anos.

- Eu gosto das decorações diferentes. - deu de ombros. - a minha por exemplo, decidimos que vai ser azul e prata. Vê na loja qual te agrada mais.

- Vou te que fazer isso, não pesquisei nada. - fiz uma careta. - Deixa eu te perguntar... - comecei a falar atraindo a atenção dela. - o que eu posso dar para um bebê que nem nasceu? Eu dou um presente que a Flor vai usar por agora tipo roupinhas e coisas do tipo, ou eu compro um brinquedo que ela demore mais a usar?