Capítulo 66

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Benjamin Castro Belchior.

    Minha ficha ainda não tinha caído. Eu vou ser pai! Só Deus sabe o quanto eu estava esperando por isso mas foi tão rápido que até agora não estou acreditando que realmente tem um bebezinho na barriga da minha esposa.

    Minha noite foi incrível. Eu dormi? Claro que não, fiquei quase a noite toda sorrindo feito um bobo e conversando com a barriga da Karina, a mesma já estava dormindo a tempos mas foi tão gostoso imaginar que lá dentro da barriga dela já tem um filho nosso, um pequeno e delicado fruto do nosso amor.

    Levantei da cama bem cedo na intenção de fazer alguma coisa especial para quando a mesma acordar. Me arrumei colocando uma roupa casual e peguei as chaves do carro junto com a carteira, saindo de casa. 

    Já no mercado comecei a procurar alguma coisa e resolvi montar a cesta de café da manhã, claro que não ficaria igual a primeira que enviei mas é de coração. Comprei tudo que minha esposa gosta, pães recheados, Nutella, frios, geleia, uns donuts e mais algumas coisas, passei na parte de confeitaria do mercado e uma caixinha com seis brigadeiros me chamou a atenção, lembrei que a quase três anos Karina gostou dos que foram na cesta e queria mais, acabei não comprando depois os da mesma mulher, acho que esses podem compensar.

    Paguei tudo e continuei a caçar algumas coisas. Comprei uma caixinha para por tudo e ficaria para Karina usar depois onde quisesse, passei na floricultura comprando um buquê e voltei para casa feliz de ter conseguido tudo. Pensei até em comprar uma pingente que remetesse a um bebê, mas vocês sabem como as pessoas são com figuras públicas, tudo vira motivo de especulações e meus avós e tios não sabem ainda, não achamos legal ambos descobrirem pelas mídias então é melhor evitar por enquanto.

    Voltei para casa morrendo de medo da Karina ter acordado mas lembrei que a mesma gosta de dormir. Ri com meus pensamentos e entrei com as sacolas.

     Me apressei em montar tudo e sinceramente, é muito difícil montar uma cesta de café da manhã, tem que pensar em todos os lugares, onde cabe tal coisa, muito difícil. Escrevi no cartão que veio junto com as flores e sorri satisfeito, estava lindo. Olhei no relógio e faltam dez minutos para as nove da manhã, abri as janelas e portas para correr um vento pela cobertura e sentei no sofá ligando a televisão para esperar minha garota acordar.

Karina Reis Belchior.

     Acordei sentindo falta do Benjamin na cama, ainda estava cedo para o meu gosto mas resolvi levantar. Fiz minhas coisas e sorri enquanto passava meus cremes no corpo, parei acariciando minha barriga olhando pelo espelho. Estava do mesmo tamanho de sempre mas só de imaginar que daqui a uns meses vai estar grande eu fico toda boba. 

— Eu sempre sonhei com isso. — Encarei a porta do closet pelo espelho ao ouvir a voz de Benjamin. O mesmo sorriu se aproximando e beijou meu ombro. — Bom dia, querida.

— Bom dia, amor. Ainda não estou acreditando. — Confessei com um sorriso bobo no rosto e terminei de passar o creme.

— Também não, mas confesso que estou nas nuvens. Foi tudo tão rápido.

— Coloca rápido nisso. — Soltei um riso baixo e peguei um vestido para por. — Acordou a muito tempo?

— Na verdade não dormi. — Deu de ombros e eu o encarei preocupado. — Não se preocupe, estava tão eufórico que o sono não veio. — Me abraçou.

— Você deve estar cansado, amor. — Acariciei seu rosto.

— Pelo contaria, estou super animado. — Beijou minha cabeça. — Vamos contar para meus avós e tios hoje?

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