Caminhos traçados

Capítulo 83

13 de novembro - Domingo.
08:13

Benjamin Castro Belchior.

     Nem acredito que nossas jujubas já estão com oito meses de vida, parece que foi ontem que eles nasceram. Agora já estão engatinhando, Agnes até deu seus primeiros passinhos essa semana enquanto os irmãos estão com uma certa preguiça de tentar, os três já tem dentinhos, já tentam falar e parece que sou pai de três adolescentes que nasceram esses dias. A introdução alimentar deles foi bem chatinha, tentamos muitas vezes, eles choravam e jogavam tudo no chão mas agora comem até o prato se deixar.

    Não conseguimos fazer a festinha deles esse mês na data certa, precisei viajar pela primeira vez desde que eles nasceram e foi um sofrimento, chorei os três dias que fiquei lá mas chegar em casa com o sorriso dos nossos filhos foi a melhor parte. Então vamos fazer a festinha hoje junto com churrasco e piscina, está um tempo ótimo para isso e a família já está toda animada, tem um tempo que não conseguimos fazer o churrasco dos Belchior's.

    Acordei bem cedo hoje para poder organizar tudo, vou ir no açougue comprar as carnes com meu pai e Diego agora pela manhã, meu sogro ficou de comprar as coisas para fazer pão de alho e os sorvetes. As mulheres da família se dividiram com a comida e a decoração Jade vai fazer junto com o Guto, ela que mais ajuda a gente nessa parte.

    Já estou pronto e de café tomado, apenas babando nas minhas quatro vidas dormindo juntos na nossa cama. Os trigêmeos essa noite não dormiram de jeito nenhum no quarto deles então trouxemos para cá, rapidinho pegaram no sono e estão até agora agarrados na mãe.

    Senti meu celular vibrar e peguei vendo uma mensagem do Diego mandando descer que já estavam ali na frente. Peguei minha carteira e me aproximei beijando o rosto dos quarto, cobri eles melhor porque o ar está ligado e desci saindo de casa. Meu pai e o Di já estavam em frente ao meu condomínio e Flor estava junto com sua bolsinha da Moranguinho e os rabinhos no cabelo.

— Bom dia, família. — Falei e Maria Flor correu para o meu colo. — Caiu da cama hoje, princesa? — Enchi ela de beijos.

— Acordou junto comigo e não quis me largar. — Diego explicou enquanto caminhávamos até meu carro. — Karina e os bebês estão acordados?

— Que nada, estão apagados no nosso quarto. Os três não dormiram de jeito nenhum no deles essa noite.

— Tem hora que esse chameguinho é gostoso. — Meu pai sorriu entrando na frente comigo e Diego foi atrás com a Flor. — Os dentinhos ainda estão incomodando?

— Os de cima das meninas já acabaram de crescer de vez, o do Bernardo que ainda está crescendo então ele tá meio enjoadinho ainda.

— Eu acho essas crianças muito rápidas, Flor nessa idade nem andando estava. — Diego falou e eu concordei saindo com o carro.

— Mas vocês eram assim, Jade foi a que andou mais cedo, começou com sete meses e meio. — Encarei meu pai surpreso. — Pois é, a falar também, com uma ano já falava bastante.

— Está explicado porque hoje em dia ela não para de falar. — Brinquei e Diego riu.

— Tem razão, é por isso mesmo. — Concordou.

— Deixa só ela ouvir vocês falando isso. — Meu pai riu negando. — Já Benjamin foi o mais preguiçoso. — Me olhou e eu fiz cara de paisagem.

— Eu? Jamais, sempre fui agitado.

— Nas bagunças, né. — Diego falou e eu dei de ombros sem ligar. Não posso negar.

— Dido, coloca mundo Bita. — Flor falou com a voz que consegue tudo que quer. Pelo menos com o padrinho babão aqui.