Capítulo extra (parte 1)

233 25 2
                                    

11 de julho - Domingo.
09:12

Diego Castro Belchior.

Fui o primeiro a acordar. Ontem chegamos tarde em casa, ficamos conversando até uma e alguma coisa da madrugada, isso porquê fomos os primeiros a ir embora da casa da Jay, soube que Laila saiu de lá quase três da manhã e se dependesse da Jade e do Augusto tinham ficado mais. Minha irmã está grávida mas tem mais energia que todos da família juntos.

Aproveitei que sobrou alguns salgadinhos da festa para esquentar e comer, só para enganar o estômago já que vou na padaria comprar algumas coisas para o café da manhã das minhas meninas. Já aceitei que nasci para ser o única homem da casa, minha esposa diz não querer mais ter filhos mesmo eu tentando convencê-la do contrário, mas na verdade não vou ficar triste de não termos outro, sou muito feliz com nossas duas garotinhas e não trocaria elas por nada nesse mundo.

Maria Flor está enorme e ainda divide o mesmo gosto que eu, sempre que vamos no shopping saímos com alguma Barbie, Elô até tenta nos parar mas não consegue, a única coisa que ela consegue é que eu não compre mais casas, mês passado tentei comprar mais uma e ela fez greve por duas semanas, foi a maior tortura que eu poderia receber e funcionou, não vou comprar mais nenhuma.

Já Maria Antônia é a caçula da casa e totalmente ao contrário, ela não vê graça nenhuma nessas bonecas, prefere mil vezes coisas de casinha como panelinhas, comida, fogão e etc, ela tem uma cozinha completa na brinquedoteca e ama trazer aqueles frangos de plástico para experimentarmos.

Terminei de comer os salgadinhos que esquentei e fui para o quarto. As meninas essa semana estão dormindo no nosso quarto, resolvemos pintar o delas e a previsão é que acabe daqui a uns dias, vamos colocar mais algumas coisas que estão chegando. Minha esposa estava acordada mexendo no celular, assim que me viu abriu um sorriso preguiçoso.

- Bom dia, princesa. - Me aproximei beijando seu rosto e Eloá abraçou meu pescoço retribuindo. - Achei que dormiria mais.

- Esqueci de silenciar as notificações. - Fez uma careta sentando na cama e aproveitei para ajeitar seu cabelo que estava para o alto. - Dormem igual a você. - Negou rindo e eu sorri olhando as meninas. As duas estavam dormindo com um braço atrás da cabeça e o outro largado encima do corpo.

- Pelo menos alguma coisa tinha que ser igual a mim. - Ri e Eloá sorriu convencida. Diferente do meu irmão que tem três cópias em casa, aqui quem tem é a Elô, são poucas as coisas que Tontom tem igual a mim e Flor é a cópia todinha da mãe.

- Não se sinta mal, você me ama. - Brincou levantando da cama e eu sorri abraçando a mesma.

- Amo mesmo. - Lhe dei um selinho. - Vou comprar algumas coisas para o café da manhã, quer algo específico?

- Pode ver se tem aquelas empadinhas de leite condensado? Estou com uma saudade de comer. - Assenti. - Obrigada. - Beijou meu rosto indo para o banheiro.

Coloquei uma camisa pegando minha carteira e chaves e saí de casa, fui na padaria do mercado para aproveitar e comprar algumas coisas que estão faltando. Terminei de comprar tudo e voltei, só de chegar na porta já conseguia ouvir as risadas das meninas. Sorri entrando e fui recebido da maneira que eu mais amo.

- Papai! - As duas correram em minha direção me abraçando. Deixei as sacolas no sofá e retribuí o abraço.

- Bom dia, minhas princesas. Dormiram bem? - Enchi as duas de beijos.

- Sim, a Tontom acordou chorando, papai, aí eu dei a boneca dela para ela se acalmar. - Flor explicou abraçando a irmã. As duas são um grude o dia todo, se uma vai no banheiro a outra vai atrás.

Caminhos traçadosOnde histórias criam vida. Descubra agora