[𝐅𝐚𝐧𝐟𝐢𝐜𝐭𝐢𝐨𝐧 𝐚𝐬 𝐕𝐢𝐧𝐧𝐢𝐞 𝐇𝐚𝐜𝐤𝐞𝐫]
❦︎ ━━ "Você não sente raiva, sente amor"
Querendo deixar seu passado para trás e arrumar a sua bagunça, Maya vai para Seattle, mais especificamente, Universidade de Seattle. Ela só não sabia que...
Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
𝐌𝐀𝐘𝐀 𝐁𝐄𝐀𝐔𝐅𝐎𝐑𝐓 🥀 ________________________
Entro no meu dormitório e tranco a porta, largo minha bolsa em qualquer lugar e vou me despindo indo em direção ao banheiro. Eu necessitava de um banho quente para relaxar.
Ligo o chuveiro e entro debaixo sentindo as gotas quentes entrando em contato com minha pele, me causando arrepio pelo corpo estar gelado. Fecho os olhos, passando as mãos pelos cabelos e tentando relaxar.
Confesso, os últimos meses têm sido "loucos" e cheio de novidades, não imaginei que mudar de cidade seria tão agitado. É estranho, mas eu meio que sinto saudade do meu pai, claro, não dos momentos tensos que ele proporcionou, mas sim das vezes em que seu humor estava bom e ele fazia papel de pai.
Eu realmente queria saber se naquela noite mamãe não fosse embora, será que as coisas seriam diferentes? É uma curiosidade. Já pensei em ir atrás dela, mas não tenho rastros, nem nada, então fica difícil.
Saio da imersão dos meus pensamentos e desligo o chuveiro, me enrolo na toalha e saio. Seco meu cabelo com outra toalha e o penteio.
Sento na cama e respiro fundo, eu estava com muita preguiça para botar uma roupa, tomar banho é bom mas cansa.
Deito na cama apenas de toalha, esse é o bom de morar sozinha. Fecho os olhos e mergulhando nos meus pensamentos adormeço.
(...)
— Maya! Acorda! Maya! - acordo sendo sacudida por alguém, sento assutada na cama e sinto meu rosto molhado por lágrimas.
A droga do pesadelo novamente. Minha respiração estava ofegante e as lágrimas deslizavam rapidamente pela minha bochecha.
Sinto braços em volta do meu corpo, eu estava imóvel.
— Está tudo bem, já passou. - Era a voz de Nessa, sua mão acariciava meus cabelos e me puxava mais para si.
Com o tempo vou conseguindo me acalmar, e me desvencilho dela. Percebo que não havia apenas nós duas no quarto, mas Vincent também estava ali, e eu apenas enrolada em uma toalha.
— Por que ele está aqui? - pergunto limpando meu rosto.
— Vincent ouviu você gritando e me chamou, já que eu sou a única que tenho a chave do seu quarto. Você teve mais um dos seus pesadelos. - O tom de voz da Nessa era preocupado, assim como seu olhar.
Eu a entendia, era sempre a mesma coisa, eu gritando assustada e chorando.
Olho para Vincent, que estava escorado no batente da porta. Seus olhos passeiam pelo meu corpo e eu puxo a coberta. Um sorriso de canto aparece na sua boca.
— Obrigada por ter chamado a Nessa, agora já pode ir. - digo ríspida.
Talvez eu possa estar exagerando? Sim, mas ainda estou brava com ele.
— A disponha. - O loiro me olha uma última vez e sai, deixando a porta aberta.
Bufo e Nessa ri, fechando a porta.
— Seus pesadelos estão passando dos limites. - A morena senta na ponta da cama, e eu me jogo para trás, respirando fundo.
— É, eu também acho, Nessa. - digo passando as mãos pelo rosto.
Vejo que já estava escuro, pelo visto eu dormi a tarde inteira.
