Chapter Six

803 78 2
                                    

| Olá, Quinn. Bom dia.

| Por favor se desculpe com os seus amigos por mim, infelizmente surgiu um imprevisto na matriz da empresa que fica na Coreia.             
| Preciso ir e resolver o problema, ainda não sei a gravidade da situação e não sei por quanto tempo ficarei fora. Talvez uma semana ou mais.
|Por favor se cuide, me ligue mesmo que eu não esteja aí. Farei o meu melhor para atendê-la, está bem? Se cuide e até mais.

Foi assim que acordei, são cinco e meia da manhã, e sao cinco e meia da tarde na Coreia.

Avisarei a eles não se preocupe. |

Espero que não seja algo grave, não se preocupe comigo, sabe que ficarei bem. |

Você também, me ligue se precisar de algo, (embora eu não vá ajudar em nada.) me ligue também mesmo se não precisar de nada. Se cuide. |

Suspirei e continuei deitada até que o alarme tocasse. Ainda tenho vinte minutos restantes.

E agora? O que eu faço? Como vou passar por esses oito meses e meio sem me apegar a esses bebês?

A resposta é bastante óbvia, no fundo eu sei disso, mais ainda assim tento não aceitar ela. Eu sei que no meu coração eles são meus filhos pelo simples fato de estar crescendo dentro de mim, mais meus cérebro me diz que estou sendo apenas uma encubadora, um pequeno e seguro receptáculo. Só isso.

Preciso urgentemente encontrar uma solução para que quando nascerem eu poder ficar com eles por pelo menos o primeiro ano de vida deles.

Jun Yeol não parece que alguém que não permitiria que eu fique ao lado dos bebês, ele deixaria. E mesmo que não deixe, eu vou ficar!

Nenhum de nós dois pedimos por isso, e é direito meu estar perto deles. Eu sou a mãe e ninguém vai me impedir de ficar com os meus filhos.

Me assusto com o alarme e me levanto xingando a droga do celular, quase o jogo na parede. Aliás preciso de um novo.

Pego uma roupa qualquer por que não estou com a menor vontade de sair do quarto hoje, mais tenho aula. Infelizmente. Tomo banho e me arrumo de qualquer jeito, não estou com ânimo algum para absolutamente nada.

- Que cara é essa? Tá parecendo um tomate podre.

- Não estou com paciência para as suas gracinhas hoje, então fica quieta. - bebo um gole de café para ver se meu ânimo dá as caras.

- O que foi? Parece que você chorou a noite inteira. - diz mamãe.

- Obrigada por constatar o óbvio mãe. - após a minha resposta pensei que ninguém abriria a boca para dizer mais alguma coisa, mas a minha adorável irmã as vezes pede para morrer.

- Brigou com o Jun Yeol não foi? - suspiro fundo - Viu só? Eu falei que eles tinham brigado no jardim.

- Vocês brigaram? - papai me olha querendo uma resposta.

- Será que dá para vocês parar de falar no nome dele? Ao menos por hoje? Estou cansada e tem um zilhão de coisas na minha cabeça, um pouco de paz e silêncio seria ótimo. Obrigada.

* * *

Ao chegar na universidade a primeira coisa que fiz foi procurar entre as várias meses espalhadas pelo campus os meus amigos, e fui em direção a eles quando os encontrei.

Inseminada por EnganoOnde histórias criam vida. Descubra agora