Meus três meses enfim chegaram e com ele veio o sono em excesso, as dores nos seios que não dar trégua, as perguntas ansiosas e a ansiedade em me formar. Minha barriga está visível agora, não está tão grande mas quem olha percebe que estou grávida. A médica nos falou na última consulta que era normal o tamanho ja que é uma gravidez gemelar, ela disse que apesar dos poucos meses eu venho me cuidando muito bem.
Me emociono todas as vezes em que vejo o porta retrato na minha mesinha de cabeceira, Mila fez a gentileza em colocar uma foto da ultrassom para cada um. As vezes quando penso demais em como vai ser minha vida, ouço o som dos corações dele batendo. Choramos bastante quando ouvimos pela primeira vez, lembro que chorei o caminho todo na volta também o Jun até ficou preocupado. Expliquei que eram lágrimas de felicidade e ansiedade, apesar de estar apenas com três meses não vejo a hora de pegá-los no colo e mimar muito.
A senhora Ryu ansiosa toda já está começando a procurar modelos para os quartos mesmo sem saber o sexo, também está começando a lista para o chá revelação que ela e o Jun insistiram para fazermos. E bem, são eles quem vai arcar com tudo, então não vou brigar com causa disso como da última vez.
Por falar em última vez, Jun Yeol e eu estamos cada vez mais próximos. Se vamos ter filhos juntos então o mínimo que fazermos é nos dar bem, mas ouso dizer até que somos amigos. É bom passar um tempo com ele, claro que ele está sempre ocupado mas vez ele sempre dá um jeito de me ligar ou mandar mensagem perguntando como estou ou se preciso de algo.
Com os meus três meses também vieram as perguntas da minha família, eles acabaram sabendo que estou grávida de um homem rico. Alguém espalhou assim a notícia, sei bem quem foi na verdade, uma tia minha bem fofoqueira. E aqui estou eu, na casa da minha avó explicando como tudo realmente aconteceu. Ainda bem que o Jun não está aqui para ouvir os absurdos que eles estão falando, eu morreria de vergonha.
- E quem garante que você não armou tudo isso? - um tio meu fala, ele parece um pouco bêbado. - Se ele é rico você com certeza já devia ter visto ele antes.
- Meça suas palavras pra falar da minha filha. - papai fala com raiva. - Ela acabou de explicar a situação!
- Ah qual é cunhado, a gente sabe como esse mundo de gente rica funciona. Como ela foi inseminada do nada e o pai das crianças apareceu? Assim, sem mais nem menos? Eu dúvido muito.
- Respeite a minha filha, Arnald. - mamãe fala tentando não perder a paciência. - Não temos o porquê te dar satisfações das nossas vidas, muito menos da dela ou de como ela engravidou.
- Mas um motivo para não acreditarmos nessa história de inseminação. - a tia fofoqueira fala rindo debochada. Eu juro que até falaria alguma coisa mas ultimamente brigas e discussões me deixam ainda mas assustada, tento evitar ao máximo que posso. Por isso que agora estou ainda mais encolhia na cadeira sem saber o que fazer.
Mila me entrega um copo com água bebo e percebo tem açúcar dentro, tento sorrir para agradecer mas acabo falhando.
- Relaxa, tá? Ignora esses dois nojentos. - ela sussurra. Balanço a cabeça concordando.
- Fala sério, vocês realmente acreditam nessa história? - a fofoqueira fala olhando para todos. - Quais sal as chances de algo assim realmente acontecer? Eu não acredito nisso. Vamos Quinn, nos diga a verdade, está tentando dar um golpe da barriga, não está? Você deveria criar a sua filha melhor irmã. E outra coisa, onde essa esse pai?
- Golpe da barriga? - fala antes que mamãe abra a boca. - Jura? Nossa tia, dessa vez a senhora realmente se superou hein. Não sei quem a senhora puxou para ser tão cara de pau, a vovó não é assim, acho que foi com seu marido. Afinal nunca vi um casal que combine tanto, estou impressionada. Além de fofoqueira tem um ótima imaginação e boas ideias, eu não tinha pensando em dar o golpe da barriga mas depois de lhe ouvir vou cogitar a ideia.
- Quem você acha que é para me chamar de fofoqueira? - ela grita.
- Quem você acha que é para me chamar de interesseira? - levanto da cadeira como ela. - Pelo amor Deus, quem você acha que é para acreditar ou não? Estou pouco me importando com o que vocês acham de mim, a vida é minha e o útero também. O que faço ou não com ele é problema meu, cala a sua boca e meça suas palavras para falar comigo! A única interesseira aqui é você, tome muito cuidado ao falar de mim ou dos meus filhos!
Estamos em frente à casa da minha avó no jardim sentados na mesa que colocamos, todos ficaram em silêncio.
- Ei, não fala assim com a minha mãe. - a filha da fofoqueira tenta.
- Cale-se que a conversa não chegou até você. - respondo com raiva, detesto essa garota.
- Filha, aquele não é o carro do Jun Yeol? - olho para onde mamãe está apontando, o Jun Yeol está saindo do carro e vem andando até nós. Porquê ele está aqui? Como ele sabe que estou aqui?
- Senhor? - a filha da fofoqueira levanta tão surpresa quanto eu. - O que faz aqui?
- Eu quem pergunto. O que faz aqui senhorita?
- Essa é a minha família, senhor. - ela aponta para todos na mesa.
- O que faz aqui? - pergunto quando ele chega perto de mim, perto demais na verdade. - Como sabia que eu estava aqui?
- Não importa agora, vim te buscar, podemos ir? - ele me olha como se me pedisse para ir com ele.
- Posso saber quem é você? - vovó se levanta e se pronúncia pela primeira vez desde a discussão começou, ela até me deu os parabéns pela gravidez.
- Sou Ryu Jun Yeol, sou o pai. - eles apertam aos mãos em cumprimento. - E a senhora?
- Avó da Queen, seja bem vindo à família. Espero que os filhos de vocês venham com muita saúde, estou ansiosa. Será os meus primeiros bisnetos.
- Fico feliz por isso, espero nos encontrarmos mais vezes. Obrigado por suas palavras sinceras, e meus avós também estão ansiosos para a chegada dos primeiros bisnetos. - ele sorrir pequeno para ela, mas o conheço um pouco acho que ele está bravo.
- Tudo bem? - pergunto quando a gente se afasta um pouco. - Como você chegou aqui? Como sabia que eu estava aqui?
- Podemos sair daqui? Sua irmã me mandou mensagem dizendo que estavam falando coisas absurdas sobre você e nossos filhos e por mais que sejam sua família não vou admitir algo assim!
- Eu sei, e sinto muito sobre isso. Era os meus tios bêbados, eu tentei não ligar muito mas já fechei com a cara dela. - falo, ele passa as mãos pelo cabelo e respiro fundo olhando para o chão. - Mas já que você veio aqui... pode me levar para casa? Não quero ficar aqui.
- Claro, foi pra isso que eu vim.
- Vou pegar minhas coisas lá dentro, é rapidinho.
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Inseminada por Engano
RomanceMinha vida era bem pacata, moro com meus pais e minha irmã mais nova. Estudo e tenho toda a minha vida planejada, só não sabia que todos os meus planos serão adiados por algo bem inusitado. Ele chegou como um vendaval destruindo todas as minhas es...