𝐋𝐨𝐯𝐞 𝐢𝐧 𝐭𝐡𝐞 𝐝𝐚𝐫𝐤 || 𝐍𝐨𝐚𝐧𝐲

• trinta •

"Mesmo que nós estejamos passando por isso
E isso faz com que você se sinta sozinha
Apenas saiba que eu morreria por você
Amor, eu morreria por você, sim
A distância e o tempo entre nós
Nunca farão com que eu mude de ideia, porque amor
Eu morreria por você" - Song: die for you.

- Noah Urrea -

Depois da excursão eu só vi Any uma vez, era uma noite chuvosa. Ela bateu em nossa porta totalmente ensopada pedindo para falar com Savannah.

Any também não entrou em nossa casa, a conversa com Savannah foi breve, mas quando minha irmã entrou em casa ela estava arrasada, chorava e tremia sem conseguir falar.

As suas últimas palavras dela, direcionadas a mim foram: "obrigada por tudo".

Ela sorriu fraquinho, sua voz embargada e os rosto inchado, parecia que ela estava se despedindo permanentemente. Afastei aquela sensação estranha, afinal. Eu veria Any no dia seguinte na escola.

Mas, ela não apareceu no dia seguinte, nem no outro. Any faltou durante duas semanas direto.

Seu sumiço estava me deixando desespero... E o pior o de tudo que parecia que ninguém ligar.

Savannah sempre tentava me falar algo mas, começava a chorar desesperadamente a ponto de soluçar, então, eu acalmava ela dizendo que podia me contar depois.

- eu tô preocupado, será que ela tá bem? Será que vem hoje? - falei nervoso, encostando no armário da escola.

Meus amigos se olharam apreensivos e Hina se pronunciou.

- tenho certeza que ela está bem - afirmou a japonesa, com um sorriso nervoso.

O sinal tocou e fomos para sala, me sentei numa carteira. E olhei para porta esperando ela chegar.

- bom dia alunos - disse a professora chegando.

- como já estão todos aqui, coloquem apenas o necessário sobre a mesa. Já irei distribuir as provas - disse a mais velha fechando a porta da sala.

- professora, pode esperar um minuto? Tá faltando a Any - pedi quebrando o silêncio.

Todos me olharam e depois olharam para a professora, mas ela apenas me ignorou.

Eu olhei para a porta novamente, esperava ansiosamente que Any chegasse correndo e entrasse na sala, com seu mau humor matinal e presença forte.

Mas, nem sinal dela.

- a Any vai vir, Sra. Winchester, por favor, só mais um minuto - supliquei, quebrando o silêncio novamente.

Eu queria acreditar que ela iria a aula, precisava ter certeza que ela estava bem.

A professora me olhou com pena, tirou os óculos quadrados de grau, passou a mão pelo rosto. Colocou o óculos sobre a mesa e direcionou a atenção a mim.

- Any não vem mais, ela precisou ser internada as pressas - disse e fui pego de surpresa de forma abrupta.

- o câncer no pulmão dela... - a professora continuou falando e a interrompi.