Ver toda a família reunida é sempre um deleite para eles. Os Clarkes inspiravam um sentimento de unidade e mesmo que Tessa agora fosse orgulhosamente uma Lukewood esse sentimento existia nela e era algo que passaria para o seu filho.
Havia sido mais fácil do que ela imaginara superar todos os acontecimentos indesejados em sua vida e se concentrar nas coisas boas. O começo disso sem dúvidas fora a festividade de apresentação oficial de Max.
— Ele vai ser muito mimado. — Ház sussurrou para a esposa enquanto observavam os irmãos dela carregando inúmeros presentes para o sobrinho. Ela sorriu.
— Olhando assim, ninguém diria que eles estavam mortos de medo da minha barriga explodir não é? — Ela se recordou do dia do nascimento do Max e sorriu.
— Mas eu também estava com medo, apenas disfarcei bem. — Ela deu um tapa de brincadeira em seu braço rindo com incredulidade.
— Você disse que eu estava linda. — Disse em um tom acusatório e ele deu de ombros como a própria imagem da inocência.
— Um homem precisa saber quando embelezar as palavras.
Ela não teve tempo de retrucar pois Henri se aproximou deles com um sorriso.
— O meu sobrinho é muito inteligente. — Eles concordaram é claro, como todo pai e mãe completamente rendidos pelo filho.
— Quais os seus planos agora irmão? — Ele deu de ombros.
— Meus planos não vão mudar até que eu descubra o que aconteceu com o nosso pai. — Ele disse simplesmente, com a mesma tranquilidade que se discute talvez, sobre algo trivial como o clima. Isso preocupava a todos na família, mas nem mesmo se abrissem a cabeça dele com um machado e tentassem arrancar essa ideia fixa daria certo. Ele estava obstinado e nunca desistia do que quer. Sua tenacidade era ao mesmo tempo uma benção e uma terrível maldição. — Talvez eu tenha encontrado uma pessoa para ajudar com as investigações. — Ele acrescentou com um ar misterioso e nenhum dos dois se atreveu a perguntar quem seria esta misteriosa pessoa, o Henri é conhecido por saber manter a boca irritantemente fechada.
Ele se afastou deixando o casal a sós novamente.
— Ele não vai desistir nunca. — Ház constatou. Ele mesmo já tinha desistido de tentar imaginar coisas, era evidente que nada seria descoberto mesmo que tivesse sido uma atitude criminosa como Henri tinha certeza que fora. Alguns crimes simplesmente não deixam pistas.
— Talvez essa “pessoa” o faça seguir em frente. — Ela disse com um leve sorrisinho de canto. Ele a encarou incrédulo arqueando uma sobrancelha.
— Acha que é uma mulher? — Ela deu de ombros.
— Não seria ruim se fosse. — Disso ele não discordava, não seria ruim, no entanto duvidava com todas as forças que sua esposa estivesse correta.
— Não é uma mulher. Eu aposto. — Ele disse apenas por força de expressão, mas ela levou a sério e concordou.
— Vinte e cinco libras para quem estiver certo? — Ela lançou a proposta sorrindo. Ele considerou e olhou para Henri que agora enchia a mãe de beijinhos.
Com toda certeza não é uma mulher, isso significava que se provaria com razão para a esposa e ainda lucraria vinte e cinco libras da teimosa.
— Tudo bem, espero que não sinta falta desse dinheiro. — E assim eles ficaram um longo tempo até que finalmente descobrissem qual dos dois estava correto.
O importante é que um dos dois ficou muito contente com suas vinte e cinco libras.
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O conde de Lukewood - volume 1 os Clarkes
RomanceO conde Ház de Lukewood havia se mantido longe de Denalhia por cinco anos, mas para ele este tempo não foi o suficiente. A temporada casamenteira de 1813 o forçou a retornar a seu lar de origem. Gostava e acreditar que conseguia compreender perfeita...