O Estrangeiro (Em revisão)

Capítulo Ten - عشرة

Alexander

Meus dedos não paravam. Já estavam doloridos de tanto eu estralar.

Se fosse possível fazer um buraco no piso, só de quantas vezes já andei pra lá e pra cá, eu já teria feito.

Eu não conseguia me controlar. A ansiedade atacou, e nem tinha previsão pra me deixar.

Magnus disse que estaria aqui por volta de 1h da manhã, e até agora, nada. Eu estava nervoso porque mesmo namorando poucos meses com ele, eu sabia que Magnus podia ser bastante autoritário quando queria. E ainda com a raiva que estava daquele homem... Não quero nem pensar no que poderia acontecer caso algo saísse fora do seu controle.

Eu falei tantas vezes pra ele não ir... mas Magnus ficava indignado quando alguém colocava em questão sua honra. Eu o entendia, claro, por ser quem é, mas eu estava nervoso com o fato de ele ir até lá.

"Ok...chega! Se você não parar agora, Magnus que me perdoe, mas eu vou te prender naquela cadeira". Catarina falou exasperada, segurando meus braços, e parando meu corpo firmemente no lugar.

Eu estava em meu hotel juntamente com Catarina e Jace. Magnus não queria que eu ficasse em sua tenda sozinho, ele sabia como eu estava nervoso, então me deixou aqui antes de ir.

Supostamente, Catarina era pra estava aqui me acalmando, mas ela tinha uma idea diferente de me passar tranquilidade.

"Não sei como você consegue ficar tão calma diante dessa situação... Ragnor também está lá. Aquele Sebastian Verlac é um homem sem integridade e escrúpulo nenhum, no mínimo é um psicopata... Me perdoe se eu não consigo parar quieto, mas eu estou surtando aqui com a ideia do meu homem está lá, e algo acontecer com ele enquanto isso...". Falei de uma vez, sem nem ao menos respirar.

"Calma irmão, respira! Ele não é nenhum menino Alec... É um homem que sabe se defender. E Ragnor, é o segurança dele, já viu o tamanho do brutamontes?".

"Ei, respeito pelo meu namorado... Ele tem aquela cara de poucos amigos, mas é só aparência, no fundo ele é sensível...". Catarina respondeu a Jace de uma forma protetora, e dando de ombros.

"Sei... No fundo de qual baú? Ah! Aquele que jogaram no mar e nunca encontraram...". Jace deu um sorrisinho irritante pra ela. Eu sabia que ele estava tentando implicar, só não sabia até que ponto Catarina seria paciente com ele.

"Haha, era pra ser engraçado?". Ela respondeu com o humor ácido.

"Tenho certeza de que riu, mesmo que por dentro".

"Sabe qual é o problema do mundo... é que as pessoas inteligentes estão cheias de dúvidas, e as idiotas, cheias de certezas". Eu sorri de lado. Jace teria que rebolar pra deixar Catarina sem graça. Ela no entanto, estava conseguindo o inverso.

"Ouch! A KitKat tem garras!... ". Catarina levantou de supetão, Jace sobressaltou-se .

"Retire o que disse seu loiro de farmácia... Esse apelido só o Magnus pode usar, porque ele mesmo que criou, e também porque o passatempo dele preferido é me irritar...".

"Tudo bem. Eu paro. E mesmo que eu seja loiro natural, só quem pode dizer isso pra mim também são meus irmãos, então, estamos quites!".

"Ai ai, porque dialogar com você, se posso te ignorar...". Catarina voltou a sentar.

"Eu até fui com sua cara quando te conheci, mas já tô voltando pra te devolver...".

Eu olhei pra Jace com aquela cara de quem diz 'sério? acabou?'...Ele só deu de ombros.