O Estrangeiro (Em revisão)

Capítulo Six - سِتٌ (✓)

Olá, mil perdões pelo capítulo ter saído mais longo do que planejei, mas tive que finalizar dessa maneira. Espero que gostem assim como eu.

Estou ainda mais apaixonada...

Alexander

Eu não era o mesmo.

Eu nem me reconhecia mais.

Onde estava aquele Alec que dizia que estava casado com a profissão?

Aquele Alec que não planejava as coisas a longo prazo porque não valeria a pena esperar acontecer um romance, uma vida a dois?

Aquele Alec que acreditava que nunca acharia alguém especial?

E onde estava aquele Alec frio que nunca conseguiu sentir desejo por homem algum antes?

Eu nunca havia planejado o futuro realmente. Sempre vivi deixando as coisas acontecerem naturalmente, aproveitando o que eu mais apreciava na vida que era meu trabalho. Adorava criar. Inovar. Desenvolver. Desafiar a mim mesmo. Ter a liberdade de não colocar limites na minha própria rotina. Era por ser assim que eu estava naquele país, para cumprir com algo que há muito tempo buscávamos: participar de um evento daquele porte como a Expo Dubai.

Refletindo sobre isso, eu me peguei respondendo às minhas próprias perguntas rapidamente após tais pensamentos.

Aquele Alec conheceu um homem chamado Magnus Bane.

Um deus encarnado naquela terra do ouro. Terra de belezas estonteantes. Mas Magnus se sobrepunha a todas elas.

Um Sheik melhor do que qualquer conto poderia contar. Sua beleza jamais seria descrita de forma tão perfeita nos livros, como a beleza que tive o privilégio de admirar. De tocar. De sentir. De amar.

Um líder que nenhum país jamais teria. Um homem de honra. Um homem justo, que foi capaz de se colocar em perigo por alguém que ele nem ao menos conhecia. Ele arriscou sua posição como futuro Xeque, não acho que eu tenha noção da grandiosidade disso. Ele arriscou seu relacionamento familiar. Ele me protegeu mesmo quando eu não entendia o porquê.

E por fim, um amante incomparável. Eu não tinha parâmetros de comparação, mas não precisava de um para saber que ele é e seria melhor do que qualquer um que eu poderia conhecer. Um homem carinhoso e também carente pelo meu toque. Para mim, principalmente, é incrível a sensação de ter sido escolhido por ele. Ele foi o meu primeiro homem. Eu fui o seu.

Meu homem. Meu.

Eu nunca seria capaz de expressar tudo que senti nessas últimas 24 horas. Senti tanto amor, desejo, tensão, alegria, medo e ansiedade. Dizer adeus, mesmo que por um breve instante, doeu mais do que eu pensei que doeria. Eu não tinha mais a mínima possibilidade de viver sem ele.

Ragnor era um homem estranho, porém tranquilo. Foi designado por Magnus para me proteger, e sabia que ele o faria, pois vi de leve o sorriso que ele deu quando Magnus lhe confirmou que eu era quem ele havia escolhido. Pareciam amigos. Poderia confiar nele.

Quando chegamos ao hotel, Ragnor havia me dito que ficaria de guarda no lobby e que seria discreto. Foi aí que descobri que ele falava a minha língua, muito bem por sinal, e ele deu um número para alcançá-lo caso precisasse.

Ao subir para meu andar fui imediatamente à procura de Jace porque eu havia tentado ligar para o seu celular, mas só dava caixa postal. Ele não estava no quarto quando cheguei lá, então o esperei, aproveitando para relaxar e tomar um banho demorado.