CAPÍTULO 1

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Creio no riso e nas lágrimas como antídotos contra o ódio e o terror. —Charles Chaplin.
  

Fim de tarde e eu estou aqui sentada em um barzinho esperando essa garota louca chamada Gaby que nada além, nada a mais é minha prima e melhor amiga. Só ela mesmo para querer sair agora depois de um dia cheio e cansativo, espero que ela chegue logo. Já é um porre ficar esperando 10 minutos imagina 1 hora, e em um lugar cheio de homens com olhares de malícias. O que é? nunca viram uma jovem de 24 anos com uma saia preta lápis e uma camiseta social branca, sentada sozinha em uma mesa?? Vestimenta inadequada pra um lugar assim? Foda-se, só quero que essa garota chegue logo antes que eu perca minha paciência com esses olhares nojentos que acham que eu não percebo, e vá embora.
Saltos ecoam pelo piso perto de mim, antes dela se sentar:
- Isabelly, primeiramente desculpa, desculpa mesmo poxa eu fui para a casa trocar de roupa e quando estava vindo meu carro estragou tive que chamar o guincho para levar pra oficina e vim de táxi até aqui...
- Gaby...
- Eu até iria cancelar nossa noite hoje pela demora, mas achei que você iria ficar mais brava ainda, me desculpa vou recompensar nossa noite eu juro, não vou mais me atrasar.
- Gaby respira, ui calma você sempre se atrasa mais que bom que você tem um motivo dessa vez pois eu já estava preste a pegar minhas coisas e sair desse lugar aqui por causa desses babacas que ficam olhando, mais que bom que você está bem e veio pelo menos.
Minha prima se encosta na cadeira, aliviada.
- Ahhh Isabelly tá bom, então vamos sair daqui o quanto antes pois quero te levar para um lugar diferente hoje!

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Puta merda, puta merda o que a Gaby tem naquela cabeça pra me trazer nesse lugar? Sério, sério mesmo ela acha que eu preciso de um namorado? Eu sei arranjar um. Quer dizer do meu jeito meio estranho mais eu sei, que culpa eu tenho se no final não dá certo? mas um festival para achar um pretendente ainda mais com o nome "find your love " já é demais pra mim. Para ela eu não devo passar de uma louca encalhada que só pensa na minha carreira e em nada mais, mas que mal existe em pensar na minha carreira em primeiro lugar sendo que é meu bem mais importante e não estou preparada para ocupar minha mente com relacionamentos agora?!
Que saco, simplesmente agora ela some e me deixa nessa mesa sozinha esperando um desconhecido ocupar a cadeira na minha frente. Eu ainda posso sair daqui mais porque eu não estou cogitando essa idéia? Bom talvez eu queira ver como vai ser isso, se eu não gostar vou poder estourar com a Gaby com razão.
- Silêncio, silêncio pessoal, acalmem se já iremos começar só irei explicar as regras para quem está hoje aqui pela primeira vez - diz um homem magro com o cabelo escuro todo penteado para trás de camiseta preta e calça jeans.
- Bom, basicamente "find your love" funciona assim: as mulheres ficam sentadas nas suas mesas e os homens quando o sino tocar irão até uma mesa e vão se sentar, lá terão 2 minuto para conversar e para se conhecer com a mulher que está sentada na mesa que escolheu. Se vocês se entenderem podem sair com a pessoa e curtir a noite e se esse não for o caso quando o sino tocar denovo eles trocaram de mesa, entendido? E aí será que até o fim da noite vocês vão achar o seu amor ? Preparem-se que já iremos começar - o homem pega o sino e toca - Boa sorte a todos pombinhos!
Affs agora não dá tempo de fugir Isabelly, só resta se acalmar.
Um homem loiro de camiseta azul igual seus olhos e calça jeans branca desbotada senta na cadeira a minha frente.
- Olá me chamo Théo, como a senhorita se chama? - animado ele diz.
- Me chamo Isabelly, olá.
- Bom nunca te vi para esse lado, conheço quase todos daqui.
- Ah, não moro para esse lado de Nova York mesmo, minha amiga acabou de me trazer para cá de surpresa, nem sei como ela conhece aqui na verdade.
Ele sorri
- Foi isso que eu pensei, era meio impossível uma mulher como você passar despercebida por aqui, juro que os homens estariam caindo aos seus pés por aqui, para ter um momento ao seu lado.
- Ah meu deus haha, menos - "puxa saco" penso comigo.
- Oh desculpa, eu não sou assim normalmente, simplesmente não resisti perdão.
- Ah não, está tudo bem. - "Não, não está."
- Bom, com o que você trabalha? Pela vestimenta eu posso jogar um palpite de advogada talvez? - diz ele sorrindo e analisando minha roupa.
- Haha oh não, eu sou perita criminal, ah e as roupas são porque eu estava em uma reunião importante sobre um caso.
- Ah nossa, não vou abusar muito da cota da sua paciência então hoje , como vocês são profissionais que tem que saber como e quando cada pessoa morreu então também devem saber como executar uma - diz Théo com um sorriso largo e contagiante; que me pego sorrindo também.
- Então não confie em mim posso te matar daqui a pouquinho, esconder seu corpo que ninguem vai descobrir - digo rindo para entrar na brincadeira -, e você trabalha com o que?.
-Eu estou fazendo faculdade ainda de jornalismo mas já trabalho na rede de jornalismo "Here And Now" escrevendo e fazendo matérias.
- Ah sim, que legal Théo, espero que consiga ter uma grande carreira pela frente.
Assim que termino de falar o sino toca
- Droga, te vejo por aí Isabelly, talvez mais para frente, até pode ser um caso que você esteja resolvendo vai ser o qual eu irei publicar - diz ele com uma sombrancelha erguida sorrindo.
Respondo com um sorriso gentil.
- Até mais Théo, vejo seu nome nos jornais ou talvez veja você na tv, boa sorte galã.
Ele sorri e vai para outra mesa, onde uma loira está sentada.
Bom talvez isso aqui não seja tão chato assim como pensei.
Um cara alto forte, cabelos marrom e de camiseta listrada, boné preto e Jean escuro se senta na minha frente de um jeito despojado.
- Olha olha se não é uma belezura na minha frente, achei que nunca iria achar uma gostosa nesse lugar, mais achei depois de tempos - diz ele olhando para Minhas roupas e em seguida abaixa o olhar para as minhas pernas.
- Meu nome não é belezura e nem gostosa mais se o seu fosse nojento eu não iria duvidar, talvez o problema aqui não seja que aqui não tem gostosas e sim que se escondem dê você. E você não me achou estou sendo obrigada a ficar aqui sentada por 2 minutos com você! - digo tentando manter minha calma mesmo sendo difícil.
- Ain língua afiada, é das bravas que eu gosto mesmo, me diz aí, tá afim de ir para meu carro daqui a pouco? Estou te dando uma chance que não dou para essas outras eu não confio nelas, só querem ir para minha cama para depois mentirem que estão grávidas para tentar arrancar uma parte do meu dinheiro e eu não quero filhos mais eu vou confiar em você, você parece diferente.

Senhor esse cara deve ter uma autoestima e um ego intocável para chegar com um assunto assim logo de primeira, não sou obrigada a aguentar mais posso me divertir com isso também não é mesmo?!

- Oh que pena, eu sou mulher de casar por isso sou diferente, eu bati o olho em você e vi que você é o homem da minha vida, nunca senti o que senti quando te vi por outro alguém, meu coração tá batendo forte, já imagino nós se casando, nossa casa, nossos filhos correndo pela sala e você atrás.
ain vamos aproveitar amor que eu estou em período fértil para começarmos a fazer nossos filhos porque eu estou tão apaixonada por você que só quero ter um filho seu, seu gostoso, vai ser uma enorme felicidade ir para sua cama e lhe conceber um filho nosso, hoje a noite.
- Você é louca?? Escutou o que eu disse? Eu hein, sai daqui louca eu não quero filhos, nem que seja com você, achei que pelo menos você era diferente aqui mas Acabei me enganando completamente. Só tem louca nesse lugar.

Ele sai apressado antes de dar os 2 minutos batendo nas outras cadeiras sem nem olhar para trás.
Estou rindo com cada absurdo que eu tenho que aguentar, oh céus sério alguém suporta aquele ser humano será? Bom, provavelmente eu não conseguiria nem manter perto.

O próximo é um homem alto na faixa de uns 1,77 cm e meio forte com o cabelo castanho claro penteado impecavelmente. Está vestindo uma camisa social branca meio aberta e uma calça social preta que combina com seus sapatos pretos que brilham mais que seu sorriso. Ele se senta de vagar e de maneira elegante sem quebrar o contato visual comigo nem por 1 segundo.
- Olá como se chama? - sua voz sai grave.
- Olá me chamo Isabelly.
- Olá Isabelly, me chamo Anthony de la Roche muito prazer - diz ele estendendo a mão para um cumprimento.

A VINGANÇA JÁ FOI SELADA Onde histórias criam vida. Descubra agora