CAPÍTULO 13

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– O QUÊ??? CINEMA? NUNCA ACHEI QUE VOCÊ CURTIA CINEMA. — digo surpresa.
Quem diria que o Anthony era um cara de trazer uma mulher para um cinema hein .
– Desse jeito fico até pensativo se você não gostou dá ideia, e achei que estava na cara que eu gostava de cinema. — ele solta uma gargalhada gostosa.
– ah concerteza estava. Cada vez conheço mais você Anthony. Enfim vamos assistir o que?
– curti filme de ação? — animado ele pergunta.
– adoro!
– então vamos assistir um filme de ação, assistiria até desenho animado por você.
– haha, boa vamos então.

  Estamos sentados nas últimas cadeiras onde ficamos mais alto que os outros, Anthony está sentando a minha esquerda e a minha direita está vago o assento, não tem tantas pessoas nessa sessão. Já se passaram mais ou menos 1 hora do filme e Anthony está com a mão na minha perna desde o começo do filme. Mas agora ele acabou de colocar o braço por cima do meu ombro e ops ele está apertando meu peito? Oh é mesmo, Humm. Olho para ele e ele está assistindo o filme normalmente, como que se apertar meu peito fosse uma coisa que ele fizesse toda hora e em qualquer lugar.
  Começo a sorrir e ele vai abaixando a mão e deslizando pra dentro da minha camiseta, olho imediatamente para ele e ele está sorrindo olhando para o telão do filme.
SAFADO!
Então ele está me provocando, Interessante.
Mordo o canto inferior da minha boca e passo a mão na coxa dele, ele vira e  olha em meu rosto. Mantenho meu olhar vidrado no filme e ele volta a olhar a tela. Vou passando minha mão pra baixo e pra cima na perna dele e ele continua apertando meu peito. Subo minha mão devagar até a região da barriga dele e paro, e quando ele para de apertar meu peito deslizo a mão até a barra da calça dele. Ele vira rápido e me olha arquejando. Olho para ele com um sorriso de canto no mesmo momento. Anthony abre a boca pra falar mas eu continuo pressionando a barra da calça dele e ele fica quieto me olhando. Porém do nada ele tira a mão da minha camiseta e passa a mão na nuca, antes de dizer num baixo em meu ouvido:
– Isabelly, quer sair daqui?
– aham — respondo levantando e puxando sua mão para sairmos.


  Meus pés doem e minha respiração está ofegante. Nessas horas da manhã a floresta está inerte e fria. Meus braços se arrepiam com uma  súbita rajada de vento que passa por mim. Volto a correr quando escuto uma voz atrás de mim. A voz é famíliar então viro meu corpo rapidamente. Achei que estava sozinha aqui.
– Isabelly?
Jake está parado a uma grande distância de mim. Sua voz sai baixa mesmo com o silêncio predominando a floresta inteira.
– Jake? O que você está fazendo aqui?
Mesmo longe vejo sua expressão ficar triste e apavorada.
– eu espero que você me perdoe um dia. Tudo que eu fiz foi para querer o melhor para você. Talvez em outro vida possamos ficar juntos. Agora corre! — suas últimas palavras saem em um grito agudo.
Tiros cortam o ar em direção ao Jake e logo seu corpo cai sangrando.
NÃO! — meu grito rasga minha garganta e sinto lágrimas ensopando meu rosto.
Um homem todo de preto e mascarado sai de trás de uma árvore onde o corpo do Jake se encontra morto. O homem ri e sua risada se espalha por todo o lugar.
Sua arma de vira para a minha direção e eu corro forçando minhas pernas a não amolecerem enquanto choro.  Tiros cortam o ar atrás de mim e meus pulmões ardem enquanto corro entre as árvores, procurando a saída.
De repente um homem forte e alto surgi na minha frente, fazendo eu bater em seu corpo e cair no chão. Sua arma aponta para minha testa enquanto meus gritos dominam a floresta.


Sinto lábios encostando em minha bochecha e abro meus olhos lentamente, encontrando os olhos castanhos de Anthony me observando.
– você parece um anjo. — docemente ele diz.
– bom dia. — abro um sorriso fraco.
  Sento na cama e se espreguiço, fazendo meus músculos acordarem.
– café?
Em pé Anthony pergunta estendendo a mão para mim.
– com certeza — estendo minha mão junto a dele.
Minha barriga ronca de fome e começo a atacar as comidas que estão dispostas na mesa. Mordo um pedaço de bolo de chocolate, que derrete em minha boca fazendo eu gemer de tão saboroso.
– Que bom que você gostou. — ele observa eu devorar meu pedaço.
– adorei. Você que fez?
– poderia falar que sim mas infelizmente não — ele sorri — comprei na panificadora do outro lado da rua.
Minhas sombrancelhas se erguem.
– Quando?
– quando você estava dormindo — ele dá de ombros — seu sono estava tão pesado que fiquei com dó de acordar você e sai comprar comida.
– ah — respondo, bebendo um gole de café e lembrando do meu pesadelo e sentindo uma onda de enjôo, que Anthony não percebe.
– hum, bom... — ele coça a nunca.
– o que Anthony? — incentivo ele.
Ele fecha os olhos e mexe no bolso da calça do pijama. Em um instante ele tira uma caixinha vermelha de veludo e empurra sobre a mesa, para mim.
Meus olhos se arregalam e meus lábios se apertam enquanto pego a caixinha com as mãos trêmulas e abro. Um anel fino prata liso e outro anel solitário com uma pedrinha em cima, brilham sobre meus olhos. Forço um sorriso sem graça e olho para ele.
– o-oque é isso? — meu sorriso nervoso ameaça desmoronar.
Ele engole em seco.
– Eu não sabia como fazer isso, mas quer namorar comigo Belly?
Seu sorriso desaparece quando vê meu rosto ficando pálido.

A VINGANÇA JÁ FOI SELADA Onde histórias criam vida. Descubra agora