Epílogo

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Se passaram longos cinco anos, os gêmeos agora estavam com seus 20 anos e se tornaram heróis profissionais, assim como o restante de sua classe. Todos ainda eram amigos, mas só se viam para sair de vez em quando.

O trabalho era puxado, a violência não diminuiu depois da queda da liga dos vilões, para os outros, foram como um incentivo, afinal a liga conseguiu acabar com a carreira do All migth. Tendo em vista que o Endeavor era mais fraco, acreditavam ser possível.

Mas claro que não é bem assim, sua fama foi aumentando ainda mais, e endeavor se tornou um homem diferente. Ele tentou ao máximo reerguer sua família, e ter o perdão de todos.

As mágoas não seriam apagadas tão fácil assim, e nesses cinco anos ele se esforçou muito. Os filhos do herói começaram a visitar constantemente sua mãe, que parecia bem melhor comparado ao estado que ela entrou naquela clínica psiquiátrica.

Hoje ela já não vive com medo, e não sente mais medo do lado de fogo de seus filhos que lembram o homem que tinha acabado com a vida dela. Tudo que ela queria era recuperar o tempo que perder ao lado deles, e estava conseguindo.

Depois de uma luta no festival esportivo contra Midoriya, Shoto finalmente conseguiu aceitar sua individualidade, usa-la não o tornaria alguém como seu pai. Shin demorou mais para aceitar, só veio a usa-la anos mais tarde.

Para Dabi, não foi tão fácil conviver próximo ao pai, ele não conseguia perdoa-lo, não importava o quanto tentasse. Mas seu ódio por ele desapareceu, ele apenas não o vê mais como um pai.

Todos agora tinham suas próprias vidas, Shoto saiu de casa com 18 anos, e comprou um apartamento perto da agência em que trabalhava, já Shin ficou por mais um tempo morando com Natsuo e Fuyumi.

Shin On

Abri os olhos com dificuldade, os raios de sol invadiam o quarto, tornando difícil enxergar. Ao olhar para o lado, sorri ao ver o rosto tão amável de Katsuki enquanto ainda dormia. Depois de vários dias conseguimos o mesmo dia de folga, e passamos a noite juntos.

Levantei e fui até a cozinha preparar o café, e encontro Natsuo já cozinhando. — Bom dia Natsuo nii chan. — Disse me aproximando para ver o que ele cozinhava.

— Bom dia nee chan. Acordou tarde hoje. — Disse me olhando com um sorriso brincalhão. — Noite longa ?

Ao ouvir sua piada idiota meu rosto inteiro ficou vermelho, dei um peteleco em sua testa e sentei na cadeira atrás do balcão emburrada.

— Idiota, idiota, idiota. — resmunguei.

— Eu nem falei nada. — riu ele.

— E precisava? — Disse balançando a cabeça negativamente.

O ajudei preparar o café, e voltei para o quarto, encontrando já meu namorado desperto e se trocando. — É... hmm... já vamos servir o c-café. — gaguejei.

— Não precisa ficar com vergonha cada vez que me vê. — Fanziu a testa. — Vou ter que sair antes, te mando mensagem depois.

— Que? Não era sua folga? — Disse já desconfiada.

— É uma emergência. — desviou o olhar.

Ele vestiu a camisa, e me deu um beijo rápido saindo já apressado. Fiquei um tempo parada processando o que havia acabado de acontecer, porque ele sairia com tanta pressa....

Desci as escadas de mau humor, e fui tomar café, um tempo depois escuto a porta da sala sendo aberta, e um cheiro de café invadindo a casa. — Alguém em casa? — ouvi a voz do shoto nii, e fui até ele.

— Shoto nii, quanto tempo. — pulei em seus braços o abraçando.

Com os dias tão corridos, era raro receber uma visita dele.

— Também senti sua falta. — Sorriu me colocando no chão. — Trouxe café.

— Natsuo nii chan já preparou por incrível que pareça. — contei.

— Choveu hoje? — brincou.

Eu ri com seu comentário, e nos sentamos no sofá. O Shoto nii passou o dia inteiro em casa comigo, e com certeza notou minha inquietação, pois sempre perguntava o que estava acontecendo. A cada cinco minutos eu olhava o celular esperava uma mensagem daquele loiro idiota. 

— Desisto. — Disse me jogando no sofá.

— O que ele fez dessa vez? — perguntou preocupado.

— Nada, era sua folga, mas saiu dizendo que tinha uma emergência. — revirei os olhos. — Mas duvido muito.

Já sem esperanças de um retorno, de repente escuto a notificação do celular, e rapidamente corro para olhar. " Passo em 10 minutos. " Depois de uma dia inteiro esperando uma mensagem explicando o que houve, ele me manda isso, não posso acreditar.

Enquanto o tempo passava, tomei um banho, e vesti uma roupa casual. Desci as escadas, ouvi a companhia e fui atender. — Desculpe a demora. — Disse ele num tom arrependido.

— Hm. — desviei o olhar.

— Vamos? — diz segurando minha mão.

— Vamos para onde tão de repente? — Disse confusa.

— Surpresa. — deu um sorriso brincalhão.

Por sorte eu tinha me trocado antes, peguei a chave e saí. Entramos em seu carro, e seguimos viagem rumo a tal surpresa, me pergunto se ele passou o dia todo preparando isso...

Chegamos em frente a uma residência, era uma linda casa com um pequeno jardim, olhei para ele, e ele parecia bem ansioso. — Viemos visitar alguém? — perguntei confusa.

— Vamos entrar. — me puxou com ele.

Ele caminhou comigo por toda a casa, e não parecia haver ninguém, minha cabeça estava em meio a um mar de confusão, e ao entrar no quarto principal, meu coração começou a acelerar. Havia um porta retratos, e nele estava nossa primeira foto juntos.

— Você disse que queria que estivéssemos mais perto, já que não temos tanto tempo. — diz pegando uma chave do bolso. — Agora podemos morar juntos.

Dias atrás conversamos sobre isso, e eu contei que gostaria que déssemos mais um passo, eu não imaginava que seria tão rápido. Eu estava muito feliz, queria muito estar com ele todos os dias, eu sentia tanto a sua falta...

— Você quer? — perguntou meio sem jeito.

— Mas é claroooo. — Disse o abraçando.

Ele parecia aliviado, não acredito que ele pensou na possibilidade de eu negar. Ele se afastou um pouco, e tomou meus lábios num beijo, que aos poucos foram se enchendo de luxúria e desejo. Antes que as coisas esquentassem ainda mais, ele se afastou um pouco para olhar em meus olhos.

— Eu te amo. — Disse enquanto movia meu cabelo para trás.

— Eu também te amo. Mas na próxima vez que me ignorar o dia todo vai se ver comigo. — brinquei.

— Aham, sei. Você não mata nem mosca. — debochou.

— A é senhor Bakugou? — cruzei os braços o olhando ferozmente.

— Desculpa desculpa, não esta mais aqui quem falou. — Levantou os braços se rendendo.

— Idiota. — Ri.

Depois desse dia, nós começamos a morar juntos, dando início a etapa mais feliz da minha vida. Depois de tudo que eu passei, agora sim eu tinha tudo, tudo que eu sempre quis, minha família mais unida, o Toya de volta, o homem que eu amo, não posso desejar nada melhor que isso.

Daqui pra frente, espero construir um futuro ainda mais brilhante, ao lado das pessoas que eu amo, e quem sabe um dia formar a minha própria família. Agora quero aproveitar essa nova vida ao máximo máximo lado de todos.

Fim.

Lados opostos - Irmã gêmea do Todoroki ShotoOnde histórias criam vida. Descubra agora