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𝚂/𝚗 𝙿𝚊𝚛𝚔𝚎𝚛

Havia se passado dois dias desde o ocorrido, eu tinha arrumado todo meu apartamento trazendo as coisas de volta. A primeira a comemorar foi Cláudia, que quando soube me ligou gritando estericamente feliz, mas todos meus pensamentos estavam bem longes desde toda aquela situação. A imagem de Billie fragilizada precisando de meus cuidados, se repetia como um filme em minha cabeça.

- S/n! - Minha atenção foi chamada por uma colega de trabalho, estavamos em uma reunião e ela apresentava algumas coisas em slide que eu infelizmente não prestei atenção.

- Sim? - Me levantei e ouvi alguns cochichos pela mesa, me encolhi um pouco juntando as mãos nervosa, podia sentir o olhar da O'Connel sobre mim, isso so tornava as coisas mais humilhantes para mim.

- Sabe do que estamos falando não é? Já faz meia hora que eu estou explicando e só você parece estar longe - A garota vulgo Danielle parecia se divertir com a situação toda, na verdade metade da sala de reunião parecia gostar de me ver envergonhada.

- Me desculpe eu só, estava pensando em outra coisa - Ao tentar contornar so comecei a ouvir mais cochichos e risos.

- Deveria mudar seu nome para Alice, já que vive no mundo da lua - Caçoou sorrindo falso e ela olhou para a morena sentada ao meu lado - Não acha Cláudia? Combina bastante, nossa pequena Alice.

- Eu.. Não sei dizer - Ela riu sem graça e me olhou de canto, mordi meus lábios sentindo um incomodo em meu estômago, eu iria sair pela porta mas vi a estrutura de cabelos rosados se levantar e todos ficaram calados.

- Bom, se estamos inventando apelidos deveríamos criar o seu também Senhorita Bregolli - Ela me olhou de canto e senti minhas mãos suarem.

- Qual seria o meu apelido? - Questionou sorridente ajeitando o cabelo.

- Se estamos apelidando cada um por seus defeitos, você deveria se apelidar de... - Pareceu estar pensativa por alguns minutos, e então sorriu - Marmita.

- Como é? - A ruiva parecia chocada, assim como todos na sala que colocaram a mão na boca segurando o riso.

- Mas é so uma apelido, não quer dizer que seja real não é? - A rosada suspirou e pegou sua pasta saindo da sala, o silêncio pairou no ar e cada um foi saindo aos poucos, a ruiva me olhou com uma cara nada boa e passou por mim falando.

- Você me paga Parker - Ela esbarrou de propósito em meu ombro saindo, Cláudia ainda parecia raciocinar oque aconteceu e logo me balançou parecendo surtar em um sorriso de orelha a orelha.

- A O'Connel acabou de te defender, a cara da Danielle foi impagável, duvido que ela vá fazer alguma piada daqui pra frente - Riu e então ela me olhou um pouco preocupada.

- Ela não me defendeu, so aproveitou a chance de humilhar uma funcionaria, você sabe que ela ama fazer isso, vão acabar criando boatos e ainda vai sobrar para mim - Juntei minhas coisas saindo da sala com a Sulewski.

- Não seja tão negativa, você ouviu a reunião, estão pensando em trazer romances mais leves para a editora, assim vamos alcançar público infanto-juvenil, e o melhor que o Finneas vai estar na festa de inauguração - Já vai fazer 5 anos que a morena trabalha na editora, e ainda alimenta uma paixão platônica pelo irmão da chefe.

- Eu não sei, sinceramente eu não to conseguindo pensar em nada esses dias, mas se der tudo certo eu vou parabenizar a Bregolli pela ideia genial - Sai andando por outro caminho, eu precisava de uma boa xícara de café para ver se acordava dos meus pensamentos fantasiosos. Ao chegar na sala de descanso, vi pelo lado de fora entre a perciana apenas a O'Connel, que estava mexendo em algo na cafeteira.

𝐋𝐎𝐕𝐄 𝐅𝐄𝐓𝐈𝐒𝐇 - Billie EilishOnde histórias criam vida. Descubra agora