Acordei incomodada com a luz do amanhecer invadindo meu quarto e minha visão, levantei devagar, minha cabeça estava um pouco pesada por conta da grande quantidade de vinho que eu havia ingerido na noite passada, segui direto para o banheiro e pude ouvir Anna e Clarisse entrando no quarto, a casa e eu décimos que seria melhor para que eu me curasse um banho gelado, então quando entrei na banheira estremeci com a água fria, mas logo acostumei e então tomei meu banho.
Assim que eu sai já estava muito melhor, como eu teria treinamento corporal e com a magia escolhi uma roupa que pudesse me movimentar com mais facilidade. Coloquei uma calça de couro que a perna esquerda era vermelha e a direita era preta e um corpet preto e vermelho para combinar, Anna e Clarisse fizeram um rabo alto em meu cabelo, e minha maquiagem era um delineado com rimel e uma boca vermelha.
Estava descendo a escada para ir tomar café quando encontrei Iris com uma feição não muito boa, com certeza algo havia acontecido, terminei de descer os degraus e fui de encontro a ela para perguntar.
— O que houve Iris? – Perguntei curiosa.
— Callon, ele está todo nervoso e fica descontando em todos. Eu não tenho nada haver com a vida dele pra ele vir descontar os problemas dele em mim. – Ela falou brava.
— Calma Iris, ele é uma pessoa extremamente arrogante e que pensa somente em si mesmo, não vale a pena se estressar com isso. – Falei tentando a calma-lá.
— Você está certa, mas me diga, como acordou, esta bem? – Iris perguntou.
— Fisicamente estou melhor do que eu esperava, mentalmente tenho muito o que entender. – Falei rindo.
Iris me acompanhou até a sala de jantar para que eu não tomasse café sozinha, já que aparentemente todos estavam ocupados essa manhã, conversamos sobre como ela me preferia bêbeda pois eu ficava mais feliz e solta, falamos sobre coisas leves e rimos muito juntas, coisa que não fazíamos a algum tempo. Pensei em contar a ela sobre Marcos e eu, mas eu precisaria de muito mais tempo do que tínhamos no momento, então deixei para outro momento.
Depois do café fui direto para a parte externa para encontrar o Callon, já que ele estava de mal humor eu não queria ter motivo para ouvir referente a atrasos. Cheguei lá e para a minha surpresa quem estava atrasado era ele, um sorriso grande e traiçoeiro cresceu em meus lábios, não podia perder a oportunidade de jogar isto na cara dele, principalmente com ele sendo grosso com todos por não estar num dia bom.
— Ora, se for se atrasar ao menos explique o motivo do seu atraso. – Falei para Callon quando o mesmo entrou no ringue.
— Celeste não venha com gracinhas hoje, não estou para brincadeira. – Ele me respondeu ríspido.
— E quem foi que lhe falou que estou com brincadeira? Estou falando serio, se me cobra algo, o mínimo é que não faça, neste caso o atraso. – Falei de maneira grossa com os braços cruzados e começando a me irritar.
— Não te devo satisfação alguma, quem é a aluna aqui é você, quem deve satisfações é você Celeste. – Seu rosto estava frio e vazio como eu havia visto uma vez.
— Certo, se pensa que as coisas funcionam em forma de hierarquia melhor eu ver se outra pessoa pode me ajudar com os treinos. – Falei me virando para sair do ringue completamente nervosa. – A, só mais uma coisa, já que acha que lhe devo alguma satisfação por hierarquia e que você não me deve, lembre-se que na visão de vocês eu sou a porra da futura rainha! – Falei mais alto do que eu esperava, fazendo diversas pessoas olharem para nós mas eu não liguei, sai do ringue secando as lagrimas de raiva que escorriam de meus olhos.
A raiva que me consumia era algo que eu jamais havia sentido, senti que Callon estava vindo atrás de mim, mas eu não conseguia ouvir o que ele dizia, entrei na casa e passei por Marcos, Ezio e Rohan, eles tentaram falar comigo mas eu mal ouvia suas vozes, continuei andando tentando encontrar uma sala vazia, pude ver de relance Iris, Dalia, Lyss e Freda, elas me olhavam assustadas, mas eu não conseguia conversar com ninguém, não daquele jeito.
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Legiões- A feiticeira
FantasyMinha vida sempre foi simples e monótona, pelo menos era o que eu achava até aquela noite.