17- Enemy

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Com todos os corpos jogados ao chão da sala de minha antiga casa eu desci com calma para o chão e fiz os corpos dos soldados do circulo sumirem, minha magia estava mais poderosa e eu conseguia fazer coisas que antes não conseguia com muita facilidade.

Me sentei ao chão e abracei o corpo de minha mãe e naquele momento me permiti chorar novamente, sofrer por sua morte, a única pessoa que eu tinha nesta vida havia partido, agora eu tinha somente meus amigos.

Callon se aproximou a mim após bastante tempo que eu estava agarrada a minha mãe morta, ele estendeu os braços com gentileza e eu o olhei chorando e então fui para o colo dele. Marcos pegou o corpo da minha mãe e então todos saímos da casa e fizemos o caminho de volta para Serdarin.

Ninguém conseguia dizer uma palavra, eu sentia que todos estavam me apoiando mas não sabiam como dizer algo. Seguimos o caminho inteiro em silencio, e por mais que pareça estranho o silencio foi reconfortante, no colo de Callon, em meio as minhas lagrimas eu me acalmava.

Chegamos em Serdarin e fomos direto para a casa, entrando nela Callon e Iris subiram comigo até o meu quarto, ele me deixou em minha cama e então saiu. Iris ficou comigo em meu quarto em fazendo companhia, para que eu não me sentisse sozinha, eu queria tentar conversar mas estava cansada demais então eu acabei dormindo.

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Acordei com a claridade em meu rosto, me virei querendo dormir mais, então me recordei de tudo o que havia acontecido na noite anterior. Ezio matou minha mãe, ele a matou com um sorriso no rosto, a matou um dia antes de meu aniversario, ele merece sofrer, acredito que apenas a morte seja pouco para ele.

Me sentei na cama pensando em minha mãe e apenas um vazio e o ódio estavam em meu coração, acredito que no momento de sua morte eu passei por todos os estágios do luto, negação quando gritei, raiva quando matei, barganha quando declarei a morte de Ezio, depressão quando me agarrei ao corpo e aceitação que seria no momento em que eu estava pensando. Mas algo faltava, eu queria adicionar mais um estagio para prazer pessoal, vingança, Ezio e todos do circulo morreriam por minhas mãos.

Fui tomar um banho para iniciar o meu dia, saindo do banho escolhi um vestido preto com detalhes em dourados e uma fenda na perna esquerda, deixei meu cabelo preso em um coque com tranças e fiz uma maquiagem básica, delineador e rimel, e na boca um batom vermelho escuro.

Desci as escadas e pude escutar barulho de pessoas falando já, pareciam estar preocupados com meu possível estado emocional e como eu havia lidado com o que havia acontecido ontem, antes que eu pudesse entrar e me envolver pude ouvir Callon dizendo que eu havia lidado da melhor forma, e que se não fosse eu poderíamos estar todos mortos, que eu era mais forte que todos pensavam e que ele tiinha suas crenças de que eu lidaria da melhor forma que eu pudesse.

Ao ouvir aquilo um sorriso começou a crescer em meu lábios, o qual eu já repreendi na mesma hora, não era porque Callon havia falado algo bom de mim que ele era uma pessoa boa ou legal.

Respirei fundo e entrei na sala de jantar, a qual todos se encontravam, no momento em que entrei todos olharam para mim como se eu fosse uma bomba prestes a explodir ou uma criança que não sabe lidar com seus próprios sentimentos.

— Como você esta Celeste? – Marcos me perguntou.

— Melhor do que você. – Respondi o julgando com o olhar, Marcos estava com as mesmas vestes ainda. – Nunca ouviu falar em banho? – Perguntei brincando.

Pude ver o clima da sala ficar mais leve conforme todos viram que eu estava bem, no momento em que brinquei com Marcos pude ouvir todos rirem e brincarem com ele também.

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