13- Can you feel my heart?

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Mal pude ver as horas passarem tendo Ezio me fazendo companhia, fazia horas que estávamos ali na sacada conversando, ele havia visto como eu estava triste e com saudades da minha mãe então não me deixou sozinha por um segundo se quer.

Fomos perceber que o tempo passado mais rápido do que esperávamos quando uma das moças que trabalham na casa veio nos comunicar que o jantar estava quase pronto, então fomos de encontro aos outro na sala.

Quando chegamos a sala o sorriso que estampa o meu rosto foi desaparecendo aos poucos, bem a minha frente sentados no sofá estava Callon e Celina, eu não conseguia acreditar que ele havia trazido ela aqui, como ele podia? Tivemos uma reunião na parte da manhã falando sobre como qualquer um pode estar trabalhando com o circulo e agora ele traz essa fêmea para cá. Incrível como Callon pensava somente com a cabeça de baixo e como não conseguia ver além do próprio umbigo.

Minha expressão havia mudado por completo e dava para notar uma certa irritação emanando de mim, Ezio e Marcos me perguntaram se estava tudo bem e minha raiva era tão grande que mal conseguia responder, afirmei com a cabeça que estaria tudo bem e me concentrei para não perder o controle.

Assim que Celina me viu ela veio me cumprimentar, sua alegria e carinho só me irritavam ainda mais, porem minha mãe havia me educado muito bem então eu a cumprimentei, de forma não muito intima para que ela percebesse que eu não queria conversar, mas não funcionou.

— Sabia que te veria uma hora ou outra. – Celina falou brincando.

— Eu não esperava que fosse tão cedo. – Falei com um sorriso falso no rosto.

— Você é uma graça Celeste. – Ela disse rindo. – Já escolheu entre os dois? – Ela perguntou olhando para Marcos e Ezio que me olharam na mesma hora sabendo o que iria acontecer.

Eu não conseguia acreditar na audácia dela de me perguntar algo tão pessoal assim, como se ela fosse minha amiga, como se eu tivesse que escolher.

— Acredito que isto não seja da sua conta e nem da ninguém, estamos muito bem os três isso que importa. – Falei com o maxilar trincado. – Que eu saiba ninguém aqui lhe pergunta como esta sendo pra você ser um passatempo para Callon e viver chupando suas bolas, metaforicamente e fisicamente. – Completei alternando o olhar para Callon e ela.

O silencio ocupava a grande sala em que todos estavam, todos olhavam para nós temendo que o pior acontecesse, todos pensavam que eu estava prestes a perder o controle, temiam que Celina respondesse algo e isso levasse ao caos de meus poderes, até mesmo Callon percebeu que sua acompanhante havia passados dos limites e por este motivo eu teria o ultrapassado também. Então uma das moças que trabalham na casa entrou na sala e disse que a comida estava pronta.

— A comida está pronta, acho melhor irmos antes que esfrie. – Falei com suavidade caminhando para a sala de jantar.

Fui a primeira a deixar a sala indo para a sala de jantar e me sentando em meu lugar, os outros indo aos poucos, Callon e Celina foram os últimos a ir, provavelmente ela deveria ter ficado indignada por ele não ter dito uma palavra sequer para defende-la e ele deve ter explicado seus motivos e advertido tal pergunta invasiva que ela havia feito. Nem mesmo Callon havia feito uma pergunta tão direta para mim, ele sabia que isto seria desrespeito.

O olhar de todos ainda se voltavam para mim, eu simplesmente os ignorei e comecei a comer em silencio, então Marcos e Ezio começaram a conversar sobre caças de servos, para desviar a tensão, o que funcionou muito bem e todos começaram a conversar e a comer. Em forma de gratidão ofereci a eles um sorriso sincero.

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Após o jantar fui para o meu quarto, em uma conversa comigo mesma havia chegado a conclusão que já havia socializado demais aquela noite. Tomei um banho quente e demorado na banheira e depois coloquei minha camisola e me deitei, mal fiquei acordada, meu cansaço mental era tamanho que peguei no sono quase que no mesmo instante em que deitei.

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