25- You should see me in a crown

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Assim que tomei meu café da manhã na companhia de Dalia, Iris e Lyss, segui para a área externa, minha animação para encontrar Callon não estava das maiores, mas seria bom descontar essa raiva dele ter me usado dentro do ringue.

Assim que cheguei entrei direto no ringue, sem falar com ele, Callon olhou para mim sem entender mas não disse nada e então suas sombras começaram a se dissipar pelo ringue inteiro.

Desta vez elas estavam menos controladas, muito barulhentas, como se quisessem me dizer algo, tomei minha posição de luta, respirei fundo e então eu já não precisava mais da minha visão, retirei minhas adagas de Hades da perna que ao toque de minhas mãos começaram a cintilar com meu poder e esperei por Callon.

Pude ver o brilho de sua espada assim que ele a pegou, ela cintilava vermelho, como eu havia visto quando Naoki e outros do circulo invadiram a casa. Callon se aproximou lentamente, como se eu fosse sua presa e ele estivesse indo me caçar, o que ele não sabia é que esta presa estava furiosa e iria lutar até a morte.

Aguardei com paciência até que ele chegasse próximo, queria questionar o motivo de sua espada reluzir vermelho mas estava muito irritada para fazer isso. Assim que Callon estava próximo avancei dando um chute em sua barriga, o qual o peguei de surpresa, logo em seguida fui para cima com as duas adagas tentando acertar a lateral de seu corpo, Callon ainda surpreso começou a se defender.

Eu o atacava com toda minha força, queria ver pelo menos uma gota de sangue dele cair, Callon se defendia com a expressão de quem não estava entendendo, surpreso e assustado. Minha luta com ele não era de treinamento, era para machucar e Callon pareceu ter percebido pois não me atacava, se defendia somente de meus golpes.

Depois de alguns minutos o atacando consegui desarmar Callon, então coloquei as duas adagas em seu pescoço, eu o olhava com os dentes trincados, em meu olhar havia somente ódio.

— Vai fazer o que agora? Me matar Celeste? – Ele perguntou me olhando.

— Deveria, você é tão escroto quanto eu pensava. – Falei.

— E por que agora está pensando isso? – Callon perguntou me analisando.

— Você me usou ontem e agora me descartou, assim como fez com as outras, assim como fez com Celina. – Falei trincando o maxilar.

— Eu terminei com Celina porque não achava justo ficar com ela enquanto desejava verdadeiramente outra mulher. As outras, do meu passado, foram distrações, assim como fui para elas, tenho quase 500 anos Celeste, precisamos de alguma distração em algum momento. – Ele falou tranquilamente.

— Então é isso que sou ou fui para você? Uma distração? – Perguntei furiosa.

— Não, você entendeu errado, estava falando das outras, você é diferente, algo que nunca senti antes, que não entendo e que odeio não entender, mas ao mesmo tempo também adoro a sensação que me causa. – Ele disse tentando se explicar.

— Então o que você quer comigo? – Perguntei.

— O que você quiser Celeste, eu quero você. — Ele falou.

Eu retirei as adagas do pescoço de Callon e então ele recolheu suas sombras, assim que a claridade tomou conta do ringue pude ver Marcos e Dalia nos aguardando a poucos metros.

Dalia e Marcos nos disseram que haviam informações novas sobre o circulo e que precisamos reunir todos o mais rápido possível, concordamos e eles disseram que iriam falar com os outros e nos encontrariam na sala de guerra.

Callon e eu passamos na cozinha para pegar uma fruta para comer e água para tomar e seguimos para a sala de guerra, ficamos lá sentados aguardando até que todos chegassem.

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