26- The devil in I

26 5 0
                                    

Corpos e sangue espalhados por todo o local, o silencio era agonizante, Iris, Freda, Rohan e Dalia estavam parados com suas armas ainda nas mãos sem acreditar no que havia acontecido, na cena que estávamos presenciando. Lyss estava ao meu lado me segurando pela cintura para que eu não caísse, e eu estava parada sentindo as lagrimas escorrendo em meu rosto, meu corpo inteiro tremia, parecia que eu iria desmoronar.

Marcos estava sentado ao chão com a cabeça de Callon em seu colo, o qual já não respirava mais, ao me abaixar pude ver sua ultima lagrima escorrer pelo seu lindo e perverso rosto. Callon havia morrido se sentido culpado por me fazer algum mal, mas mal ele podia saber as diversas emoções e sentimentos que causava em mim.

Eu não conseguia acreditar ou aceitar o que havia acabado de acontecer, não era justo que eu perdesse novamente uma das pessoas que eu gostava, Ezio já havia tirado minha mãe, agora Callon, o que ele iria fazer? Tirar todos um a um? Desespero começou a tomar conta de todo o meu corpo observando que de fato Callon não acordaria mais, que eu teria perdido um de meus amores.

— O que vocês querem? Dou o que quiserem, tragam ele de volta! – Gritei desesperadamente olhando para o céu.

— Me levem no lugar dele, ou me digam seu preço, faço qualquer coisa. – Supliquei ao céu chorando.

Percebendo que eu não seria respondida deitei minha cabeça junto a de Callon e Marcos começou a acariciar ela, coloquei minhas mãos sob o peito de Callon e continuei a chorar muito. Então duas figuras apareceram próximo a nós, meus olhos estavam cheios de lagrima e eu não conseguia ver direito, então tive que limpar com os pulsos pois minha mão estava coberta de sangue do Callon.

Assim que meus olhos estavam limpos tratei de olhar para as figuras e logo reconheci uma delas, era a morte, meu coração parou por alguns segundos por medo dela levar o corpo de Callon, então tratei de me impor a frente dele.

— O que querem? Você não precisa levar o corpo dele. – Falei com os maxilar trincado.

— Você nos chamou Celeste, disse para dizermos nosso preço, nós viemos. – A morte respondeu.

Todos nos olhavam tentando entendem quem podia ser aquelas duas pessoas e porque falavam daquela forma comigo, então eu olhei para eles e apresentei a morte para todos e a expressão de todos mudou.

— Certo, qual é o preço de vocês? – Falei olhando para ambos ainda sem saber quem era o homem ao seu lado.

— Trazemos ele de volta e você faz algo para nós em troca. – O homem de cabelos brancos e olhos vermelhos falou.

— E o que ela teria que fazer? E quem é você? – Marcos perguntou nervoso com a situação toda.

— Sou Hades. – O homem falou com uma voz serena e cruel.

O olhar de todos meus amigos e o meu fora de surpresa e de tensão, eu só queria trazer Callon de volta, mas qual seria o preço que eu iria pagar? O que o Deus do submundo e a Deusa da morte iriam querer de mim.

— E o que eu teria que fazer? – Perguntei olhando para ambos os Deuses.

— Não é o que você teria que fazer e sim quem teria que ser, você se tornaria precursora da morte, sendo uma mensageira da morte. – A morte falou.

Meus amigos olhavam para mim e em seus olhares sentia que não era uma boa idéia que eu aceitasse, podia ver o olhar de Rohan me lançando avisos sobre não aceitar este acordo, mas meu coração me mandava aceitar. A confusão em minha cabeça é tamanha, pois meu coração me manda fazer algo e minha mente me diz para fazer outra.

— Tudo bem, fechado, mas tragam ele de volta logo. – Falei sem conseguir olhar no rosto de todos meus amigos.

Os Deuses assentiram e então uma rajada de vento começou a passar por nós, meus cabelos voavam para todos os lados sem parar, a morte se aproximou graciosamente do corpo de Callon e o tocou em seu coração e logo depois se afastou, então o vento passou e pude ver o peito de Callon inflar com sua respiração novamente e naquele momento foi como se eu estivesse voltando a respirar com ele também.

Legiões- A feiticeira Onde histórias criam vida. Descubra agora