30- Mount everst

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Semanas haviam se passado e Callon e eu estávamos morando no palácio de Serdarin já, nosso reinado estava apenas começando e haviam muitos burburios sobre nós em todos os reinos próximos, os boatos sobre nossos poderes e como lidávamos com os inimigos eram espalhados rapidamente, a cada dia que passava uma nova historia era inventada sobre o rei ser uma verdadeira besta do submundo indomável e a rainha ser a própria morte em vida.

Callon e eu riamos com as historias que chegavam a nossos ouvidos e ficamos lisonjeados, porem nenhuma se comparava a um terço do que poderiamos fazer.

Os reinos vizinhos ainda estavam reciosos em ter laços conosco, menos Odridia, pois tínhamos uma aliada lá, Lyss seria coroada em uma semana a rainha de seu reino e então estabeleceríamos os laços e negócios reais com o reino. Os demais reinos nos mandaram apenas mensageiros para assistir a coroação e nos desejar festividades e prosperidade no reinado.

Marcos e Dalia ficaram realmente em Serdarin e a tornei líder dos feiticeiros, fazendo assim parte da legião quando Rohan decidiu sair por vontade própria. Ele disse que não concordava com minhas escolhas e que não confiava em mim, então não iria trabalhar comigo, então renunciou o cargo e eu o dei a Dalia com muita felicidade.

Rohan e eu havíamos tido muitos problemas e todos eles era pelo feiticeiro não confiar em mim, em meu potencial, não me respeitar e não me aceitar. Ele renunciar do cargo foi a melhor coisa que poderia ter feito, me poupou de um trabalho, e eu acredito que ainda fui misericordiosa com ele por não te-lo exilado por todas as vezes que ele me desrespeitou como sua rainha.

Freda e Cairos continuaram na legião, longe de Rohan eles ficavam mais tranqüilos, sem desconfiar de mim ou de minhas escolhas, eles faziam o trabalho deles e falavam comigo apenas quando precisava, mas já era uma relação muito melhor do que estava.

Iris além de ter o cargo na legião se tornou nossa intermediaria, resolvendo questões diplomáticas com outros reinos, confesso que uma parte de mim duvidava se ela havia aceitado o novo cargo pela chance de poder ver Lyss com mais freqüência, eu não entendia muito bem a relação das duas, se era apenas amizade ou algo amoroso, Iris sempre foi muito reservada nessa questão de relacionamentos ou possíveis relacionamentos. Mas eu estava ali observando tudo e sempre torcendo para que ela fosse feliz, fosse com Lyss, com outra pessoa ou sozinha.

Quando todos estavam em Serdarin, Marcos, Dalia e Iris ficavam no palácio com Callon e comigo, adorávamos a companhia um do outro, mas o palácio era enorme e sentíamos falta de ter mais pessoas conosco. Se bem que quando estávamos sozinhos nos divertíamos muito vestindo apenas nossas coroas, ou as vezes nem elas.

Fazia uma semana que estávamos no palácio e Callon havia me tomado em quase todos os locais possíveis e imagináveis, éramos duas maquinas incansáveis, dois demônios sedentos por prazer e morte.

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Na noite após a coroação de Lyss, Callon estava na varanda do palácio quando eu cheguei e o abracei por trás, nunca me cansaria de seu cheiro, se sua pele, dele em si. Callon se virou para mim, apoiando as costas no parapeito da varanda e ficamos alguns segundos apenas olhando um para outro, apreciando aquele momento, como se não fosse algo real, como se tamanha felicidade não fosse possível para nós.

— Apesar de tudo o que acontecer vou estar aqui pra você. – Ele falou olhando para mim com uma das suas mãos em meu rosto.

— Apesar de tudo o que aconteceu eu estou aqui pra você. – Respondi para ele.

Me inclinei para beija-lo e no mesmo instante Marcos, Dalia, Iris e Lyss chegaram fazendo barulho para nos atrapalhar, o que nos fez rir.

Fomos até eles com algumas garrafas de vinho e enquanto Callon e Marcos serviam para todos eu fiquei parada de longe os observando, todos rindo, brincando e conversando, eu havia ganhando uma segunda família aqui e mataria quem quer que fosse para protege-los.

Callon me olhou me chamando e então eu fui até eles e ficamos a noite inteira bebendo, conversando e brincando.

Serdarin precisava mudar muitas coisas e Callon e eu estávamos dispostos a fazer isso, queríamos proteger nosso lar e quem amávamos, então iríamos fazer de tudo para acabar com qualquer possível ameaça ou inimigo.

Slayer e Malina estavam fugidos ainda, mas os melhores soldados das legiões estavam atrás deles, e eu já havia colocado um feitiço por todo o reino, assim que pisassem em Serdarin eu saberia.

Meu pai e a bruxa teriam um fim tão trágico quanto o de Ezio e seus soldados, pelo menos uma coisa dos boatos que estavam sendo espalhados era verdade, Callon e eu não tínhamos misericórdia.


********NOTAS DA AUTORA********
Oii gente, estou aqui pra dizer pra vocês que esse é o último capítulo da história Leigões- A feiticeira, espero que vocês tenham gostado de ler o tanto que eu gostei de escrever.
Essa foi a primeira história que eu escrevi totalmente sozinha e do zero, é uma realização pessoal e tem um significado muito grande pra mim. Espero que eu tenha conseguido passar pelo menos 1% do que eu queria passar com a história.
Sei que tenho muito o que melhorar, mas a evolução vem com a prática, então né kkkkk, enfim, obrigado de verdade a todos que acompanharam até aqui, quando comecei a postar não imaginei que iria ter tantas pessoas lendo logo de primeira, quando vi os primeiro 5 já fiquei super animada e cada vez que o número subia minha animação pra escrever também subia.
Não vou alongar mais, obrigado novamente a todos, vocês fizeram parte de uma parte essencial de um momento delicado da minha vida❣️

Legiões- A feiticeira Onde histórias criam vida. Descubra agora