Após todo o alvoroço por conta do meu contato com o Deus da escuridão todos fomos jantar. O clima do local não estava dos melhores levando em consideração minha atual situação com Rohan e algumas outras pessoas, mas principalmente ele.
Passamos o jantar inteiro encarando um ao outro e todos em silencio, ao fim do jantar Lyss nos chamou para ir ao pub e todos aceitamos, merecíamos nos distrair um pouco.
Fui para o meu quarto e tomei um banho, assim que sai chamei Anna e Clarisse para me auxiliarem, meu vestido era preto, totalmente colado ao corpo, de mangas compridas e largas, com um decote acentuado nos seios. Clarisse fez um meio coque em meu cabelo e enrolou a parte que ficou solta, e Anna fez meus olhos bem dramáticos pretos e em minha boca um batom vermelho bem vivo.
Desci para encontrar meus amigos e eles me aguardavam na sala, logo que entrei pude ver Iris com um vestido verde decotado que destacava a cor de sua pele e suas curvas, Marcos com um terno totalmente azul e camisa preta realçando a cor de seus olhos, Lyss com um vestido dourado que marcava bem seus seios e seu quadril, Callon com um terno totalmente preto e sua tirara, destacando ainda mais sua beleza e Dalia com um vestido branco que acentuava sua beleza.
Parada olhando para todos pude perceber que nunca me acostumaria com a beleza de seres místicos, todos eram lindos, somente de olha-los eu ficava encantada, nunca que eu chegaria aos pés da beleza deles.
Após um tempo de eu ficar admirando a beleza de meus amigos volto para a realidade e os chamo para irmos ao pub. Ao longo do caminho Marcos foi mexendo comigo, dizendo o quanto eu estava linda, que eu não poderia me esquecer de dançar com ele hoje quando os milhares de machos viessem aos meus pés.
Claro que Marcos estava brincando comigo, eu sabia que não estava feia, mas não iria ter uma fila de machos me querendo, mas ver a forma que ele falava de mim, como ele me exaltava, isso me fazia bem, e é claro, havia o bônus de ver a cara fechada de Callon, de quem não estava gostando nenhum pouco da conversa.
Chegando ao pub entramos sem demora e logo nos sentamos no nosso lugar de sempre, pedimos algumas doses de tequila para animar e comemorar a guerra interna que eu havia criado nas legiões, conforme brindávamos todos nos riamos e naquele momento eu me peguei os observando rir, com dias tão difíceis como estávamos tendo era difícil vê-los rir de forma sincera e descontraída. Naquele momento entre os risos, eu senti paz e soube que eles seriam minha família dali para frente, então me juntei a risada e ao brinde, e viramos o shot de tequila.
Tomamos muitos shots e muitos drinks, eu sentia meu corpo totalmente livre, sem peso, eu não pensava em tragédias, mortes ou problemas, naquele momento eu estava vivendo.
Decidi ir dançar, Marcos não me acompanhou no momento em que eu fui, estávamos todos muito alterados para conseguir pensar em algo então não o julguei e muito menos o repreendi. Fui para a pista de dança e comecei a dançar, de forma libertadora, passando a mão por meus braços, minha cabeça, colo, meu corpo inteiro mexia conforme as batidas da musica, eu estava totalmente entregue a musica.
Ao longe vi Callon se aproximando, ele veio andando de forma largada, algo que nunca o vi fazer, ele estava bêbado e muito mais atraente que o normal.
Callon se aproximou de mim e meu coração já acelerou, minha respiração ficou totalmente irregular, ele colocou meu cabelo para atrás do meu ombro e isso me fez ficar ainda mais nervosa, e então ele se aproximou ao meu ouvido.
— Dança para mim querida, eu sei que você quer. – Sua voz saiu roca e diferente do que estou acostumada.
Meu corpo estremeceu com o que ele disse, um arrepio passou pela minha nuca até as minhas pernas, meu coração estava totalmente acelerado, a distancia entre nossos corpos era pouca, o suficiente para me incendiar de dentro para fora.
Callon permaneceu com sua mão em minha nuca até que eu afirmasse ou negasse, mas ambos sabíamos a resposta, nós dois sabíamos que eu seria incapaz de negar isso a ele, então olhei em seus olhos verdes e assenti com a cabeça.
Em questão se segundos nossos corpos estavam ainda mais próximos, Callon havia me puxado pela cintura, então eu comecei a dançar, assim como estava dançando antes, mas agora olhando dentro de seus olhos, suas mãos estavam em minha cintura acompanhando o ritmo, assim como o restante de seu corpo.
Callon me rodou e me virou de costas para ele, conseguia sentir seu hálito quente em meu pescoço e isso me fazia arrepiar por inteira, conforme dançávamos pude sentir uma elevação na calça de Callon e isso fez com que meu coração acelerasse ainda mais.
Eu me virei para ele novamente e continuamos dançando até que a musica acabasse, assim que a musica acabou eu fui direto para o banheiro, precisava jogar uma água em meu pescoço para tirar esse calor.
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Fiquei um tempo considerável no banheiro me recuperando do que havia acabado de acontecer, da proximidade do corpo de Callon ao meu, de como fiquei totalmente rendida ao pedido dele e como ansiava por seus lábios tocarem os meus.
A adrenalina em meu corpo era tamanha que minhas mãos tremiam e meu corpo ainda ardia, eu explodia em chamas por dentro, mas não podia ser mais uma a ir para cama com ele e no outro dia ser descartada como ele fazia.
Eu precisava parar de pensar nele, em como ele me deixava, em sua boca em meu pescoço, sua respiração em minha orelha, suas mãos quentes, seus olhos profundos, cheios de crueldade e beleza e no volume de sua calça roçando em minha bunda.
Sai do banheiro e segui para buscar um copo de água em uma tentativa de que me ajudasse, quando encontrei Marcos encostado na parede do corredor do banheiro, assim que passei por ele, o mesmo me puxou, o que me fez prender o ar.
Marcos e eu já tínhamos intimidade, já estávamos nos relacionando, gostávamos um do outros, no momento não acreditei que poderia ser algo ruim juntar o que desejo que tenho por ele e o desejo que estava por Callon, para assim esse fogo crescente que havia dentro de mim pudesse se apagar.
Marcos passou a mão por meus cabelos levando meu rosto bem próximo ao seu, ele então me observou, mordeu os lábios inferiores e deu um sorriso cafajeste, só então me beijou, nosso beijo fora como primeiro beijo, não o da sacada, o outro, Marcos me beijou com intensidade, com ferocidade e eu o correspondi na mesma intensidade, em desejo de matar quaisquer que fossem meus desejos profundos.
As mãos de Marcos deslizavam por todo o meu corpo, ele já o conhecia então não pedia permissão, suas mãos brincavam percorrendo toda a extensão da minha nuca até minha bunda. Nosso beijo ficava intenso a cada segundo, por mais que uma parte minha estivesse fazendo isso para suprir algo com Callon eu me sentia muito atraída por Marcos ainda e esse beijo só me mostrava isso, mesmo que eu não conseguisse responder sua declaração.
Quando enfim nos soltamos, nos olhávamos com desejo e respeito, nossas respirações estavam irregulares por conta da intensidade do beijo. Nós arrumamos nossas roupas que haviam ficado bagunçadas e voltamos um de cada vez para a mesa onde todos estavam.
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Legiões- A feiticeira
FantasyMinha vida sempre foi simples e monótona, pelo menos era o que eu achava até aquela noite.