Stand by me

Capítulo 19

- Sarah, eu tô com muito medo... É sério, muito mesmo! - repetia Sam.

- Sam, fica tranquilo... - pediu Sarah - são somente meus pais, eles não vão te julgar ou rir de você... Seja você mesmo, meu amor!

Sarah então ergueu a cabeça e deu um beijo na bochecha de Sam, que por sua vez ficou cabisbaixo a entregou um leve sorriso tímido. Prestes a entrar em sua casa e apresentar Sam aos pais, Sarah então apertou uma das mãos de seu namorado, segurando-a.

- Está pronto? - perguntou Sarah.

Sam mordeu os lábios e passou a abrir e fechar repetidamente sua mão esquerda, tremulando também as próprias pernas. Seu semblante entregava apreensão.

- Sim... - balbuciou Sam.

Sarah o olhou nos olhos e sorriu.

- Vamos lá então! - chamou Sarah ao apertar o interfone de sua casa.

Sarah segurava a mão direita de Sam e o sentia tremular, mas ela também estava ciente de que era a primeira vez que ele encarava tal situação. Com pouco menos de um minuto, a porta da casa de Sarah se abriu, ficando visível um homem com cabelos grisalhos, olhos verdes como a natureza, um sorriso aconchegante e vestido com um suéter cinza e uma calça social, aparentava estar entre seus cinquenta anos.

- Oi querida! - acenou o homem.

- Oi papai - respondeu Sarah - Ah... Este é o Sam, meu namorado... Sam, este é o meu pai!

- Sam Jones, ouvi falar muito bem de você! - impressionou-se o pai de Sarah - muito prazer, sou Erick Davis, o pai da Sarah.

Já familiarizado, Erick estendeu a mão para Sam ao lhe entregar um contagioso sorriso de hospitalidade. Sam por sua vez sorriu cabisbaixo, tentando fazer contato visual com o pai de sua namorada, ele então estendeu vagarosamente sua mão e trêmulo, cumprimentou Erick.

- Vamos rapaz, entre - Erick moveu a mão dando sinal para que entrassem na casa - não fique tímido!

Sarah então olhou para Sam, assentindo com a cabeça para que ele entrasse na residência. Sam por sua vez olhou cabisbaixo para sua namorada e entrou. Sarah adentrou juntamente, mas antes deu um beijo na bochecha de seu pai.

- Mãe - chamou Sarah - este é o Sam... Sam, esta é minha mãe!

A mãe de Sarah estava na cozinha, preparando os últimos detalhes da refeição que serviria aquela noite.

- Ah... Oi Sam! - entusiasmou-se a matriarca da família - muito prazer, Cristina Davis.

Por alguns segundos a mãe de Sarah parou o que estava fazendo e estendeu a mão para Sam, sinalizando um cumprimento. Sam não gostava muito de contato físico, mas sabia que precisava passar por aquele momento uma hora ou outra. Ele então olhou para a mão erguida de Cristina e vagarosamente a envolveu a sua, apertando-a e correspondendo ao cumprimento. Cristina sorriu para Sam.

- É-é muito prazer Senhorita Davis - gaguejou Sam - espero não estar incomodando a senhora...

- Ah não, que isso, não se preocupe... - continuou Cristina - nós estávamos te esperando a dias, é um prazer te ter aqui!

Sam sorriu cabisbaixo. De repente a luz da sala começou a piscar sutilmente, fazendo um leve grunhido de eletricidade. Sam olhou para a luz ao piscar e de pronto ficou agoniado, além de estar em um ambiente novo e em uma situação diferente, sua sensibilidade era notável.

- Querido, precisamos trocar essa luz... - Avisou Cristina.

- Sim querida, daqui a pouco eu pego a nova nas sacolas de compras e troco - concluiu Erick.