Último capítulo: 25

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Ross segurava a arma trêmulo e eufórico, com um de seus olhos fechados ele parecia mirar firmemente a direção de Sam. A frente do mesmo, Tony tomava o campo de visão de Ross. Os alunos todos estavam apreensivos, o DJ do baile havia cessado a música diante a situação extremamente perigosa. Sarah lacrimejava copiosamente, apreensiva com o que poderia acontecer. Tony então virou a cabeça para trás olhando para Sam, que compulsivamente balançava sua cabeça indicando repreender Tony.

- Me desculpe, amigo! - murmurou Tony com um sorriso amargo de lamentação, fixando os olhos de Sam. Após isso, Tony empurrou Sam bruscamente, fazendo-o cair sobre o chão.

Foi nesse momento que Ross Becker puxou o gatilho da arma. Tony virou para frente com os olhos arregalados, mas nem mesmo seu ato impulsivo pode conter o que estava a acontecer. A apreensão fazia muitos verem o acontecido como uma cena em câmera lenta de um filme. O estrondo ecoou o pátio calado do colégio Barkley, a bala saiu de dentro do cano da arma de Ross e percorreu a distância necessária para atravessar a parte superior direita do peitoral de Tony Cooper. Por alguns segundos, Tony permaneceu trêmulo em pé, com os braços abertos e a camisa social branca por baixo de seu terno banhada a sangue. Tony franziu o cenho e contraiu os lábios, era possível notar a sua dor. Tony então perdeu as forças sobre suas próprias pernas e caiu no chão, enfraquecido, passou a mão sobre o lado superior direito de seu peitoral, a bala havia atingido uma região delicada. Sam, Sarah, Maggie, Katy... E todos os outros alunos olhavam assustados para a cena de Tony Cooper no chão, baleado e perdendo cada vez mais sangue, após se colocar a frente de uma arma para salvar a vida de seu melhor amigo Sam Jones.

- TONY, TONY. - clamou Sam, levantando-se desesperado do chão e agachando-se ao lado de Tony, colocando a cabeça do amigo em seu colo.

Sarah, Maggie e Katy olhavam boquiabertas, ambas choravam muito, já não era mais possível esconder a emoção. Joel olhava para Ross, seu semblante entregava uma face perplexa. Ele havia atirado. Ross então abaixou a arma, assustado com a situação e se dando conta do que houvera feito, separou os lábios, abrindo-os em uma demonstração de arrependimento. Mas não havia como voltar atrás.

- Ross Becker, polícia... Você está preso, vire-se e solte a arma! - gritou o delegado de policial de Greenfield, acompanhado por mais cinco policiais que apontavam suas pistolas para Ross.

- Filho... Por favor, solte a arma... Por tudo que é mais sagrado, o papai está pedindo! - implorou um inquieto homem calvo ao lado dos policiais. Era o pai de Ross.

Ao ouvir essa voz familiar, Ross se virou, ficando de frente aos policiais. Boquiaberto e eufórico, Ross fixou os olhares em seu pai. Ele demonstrava arrependimento profundo pelo que houvera feito, prova disto é que não continuou com seu plano. Apenas um disparo foi suficiente para lhe abrir a mente.

- Você... Você... É o culpado disso aqui... - Ross direcionou tal fala a seu pai, que negava com a cabeça. - Tudo é sua culpa... Faltou amor, faltou carinho, faltou um pai... Você vai carregar essa culpa para o resto da sua vida, papai!

Ross então fechou o semblante, era possível ver lamentação. Ele então engatilhou a arma e colocou sobre sua cabeça. Ross soava frio, suspirou profundamente.

- ROSS, NÃO! - Gritou seu pai, desesperado.

- Adeus papai. - despediu-se Ross ao puxar o gatilho contra sua própria cabeça. Ele caiu no chão bruscamente no mesmo momento, indicando a letalidade do ato.

A escola olhava espantada o pai de Ross correr com os olhos marejados de lágrimas até o filho, de olhos cerrados, falecido sobre o chão. A polícia correu até Ross, o delegado checava o pulso do mesmo, enquanto seu pai chorava compulsivamente.

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