Brooke
Tive que pensar em alguma coisa rápido para fugir de falar com o Thiago e então pensei em algo que sempre funcionava. Peguei meu celular dentro a bolsa e coloquei pra tocar daqui a 5 minutos. Travei o mesmo e fiquei com ele em minhas mãos. Enquanto esperava, fiquei olhando um carro que estava na pista e o cara até que corria bem, não era um dos melhores porém também ao era tão ruim assim. Escutei um suspiro do lado em que ele estava sentado e continuei olhando o carro. Eu sabia que se eu olhasse meu plano de não falar com ele iria por água abaixo.
Eu ainda não sabia direito o que estava sentindo em relação ao namoro dele com a senhora vadiazinha perfeita, mas sabia que não era coisa boa. E eu me conheço para saber que quando eu fico cismada com alguém eu devo dar ouvidos. O Thiago sempre tocava no assunto de namoro comigo e eu sempre arranjava um jeito de escapar. No início era porque não sabia se queria mas depois acabou virando o nosso "lance".
- É sério cara? - ele disse e me olhou - Boo, você sabe que eu não tive culpa.
- Não teve culpa? - olhei incrédula pra ele - meu cu Thiago.
Olhei para o lado e nossos pais e tios estavam se aproximando. Me levantei e passei por eles indo até um bar que tinha ali. Pedi um refrigerante e mostrei para meu pai que olhava de longe. Ele concordou e voltou a conversar. Revirei os olhos e voltei minha atenção ao barman pedindo uma dose da melhor vodca que ele tinha. Meu celular tocou e eu peguei o mesmo desligando a chamada.
Tomei a mesma de uma vez e pede outra tomando em seguida. Peguei meu refrigerante e o abri junto com o canudo. Coloquei o mesmo na lata e voltei para onde eles estavam. Infelizmente, não podia ficar bebendo no bar mas isso não quer dizer que eu não possa beber, só tenho que tomar cuidado.
Todo mundo ia correr e eu estava meio desligada pra isso. Sentei novamente e observei toda aquela agitação pré corrida. Infelizmente o Thiago não ia correr e eu tenho 99% de certeza que ele não ia correr para poder ficar sozinho comigo.
Os corredores foram para seus carros e meu pai perturbando os meninos dizendo que ele era o melhor. Sorri de lado vendo ele se gabando porque eu estava ali e suspirei fundo. Porque a vida não pode ser simples assim?.
Senti uma mão tocar minha perna e virei a cabeça olhando o dono dela. Coloquei o canudo na boca e fiquei tomando meu refrigerante enquanto olhava o filha da puta mais gato e babaca do mundo.
- O que você quer que eu faça Brooke? - ele disse e levantou a sobrancelha. Ele me conhecia o bastante para saber que comigo apenas pedir desculpas não iria funcionar.
- Não precisa fazer nada Thiago - terminei de tomar o refrigerante e fiquei mexendo o canudo e olhando para a lata
- Eu te conheço e sei que não esta bem. Eu sei que pisei na bola, mas tenta entender por favor. Ela é minha namorada, eu tinha que ficar lá. - ele se aproximou e olhou em meus olhos - afinal, eu não sou muito fiel a ela graças a uma menina de olhos lindos - ele sorrio fraco de lado e acariciou minha bochecha - você pode me desculpar?
- Posso, só não fode se novo com a gente pois não vai ter segunda chance - digo depois de um tempo em silêncio e ele concordou.
Fomos para perto da pista e assistimos a corrida. Fizemos alguns comentários e até gritamos torcendo. Eu estava realmente feliz de estar ali com eles. Eu não sabia mas, estando ali notei que era o que eu estava precisando ultimamente.
Meu tio Chris ganhou, pois o carro do meu pai acabou passando por cima de uma pedra que furou o pneu dele e ele estava puto com isso. Eles voltaram e pegaram bebidas no bar. O tempo todo ficavam fazendo piadas para o meu pai que acabava caindo na pilha deles.
Eles correram mais algumas vezes e meu pai ganhou algumas e perdeu outras assim como o resto. Eu e o Thiago ficamos ali assistindo, bebendo , comendo e torcendo para eles e as vezes a gente até ria e participava das conversas deles.
Meu pai sentou do meu lado e passou o braço por trás de mim na minha cadeira e eu encostei a cabeça nele. Antes de falar alguma coisa, um cara e três seguranças se aproximaram e meu pai ficou em alerta assim como os meninos.
O cara era bastante estranho e de cara deu uma fora perguntando quanto ele estava me pagando pra ficar com ele. Meu pai odiava isso, e claro que não deixou barato. Fiquei ali quieta e meus tios Chaz e Alfredo sentaram do meu lado. O Thiago estava do lado do Chaz e Ryan sentou do outro lado.
Meu pai negou um negócio que ele estava propondo e ele disse que não iria desistir e que depois entraria em contato para explicar melhor. Observei ele ir embora e meu pai revirou os olhos. Meu pai passou algumas instruções para o Chris e voltamos a conversar todos juntos.
Não demorou muito para gente ir embora e assim que cheguei com meu pai em casa subi para o quarto. Entrei e agradeci a Deus por não encontrar a dona Kate por aí. Tranquei a porta e tirei a roupa indo para o chuveiro. Tomei um banho rápido e coloquei a roupa suja no balde. Me enrolei na toalha e fui para o closet pegando um lingerie e meu pijama.
Fui até a cama colocando tudo nela e tirei a toalha me vestindo. Coloquei a toalha no lugar dela lá no banheiro e liguei o ar me deitando. Conectei meu celular no carregador e conferi os alarmes. Ótimo, tinha pouco tempo para dormir. Deixei ele na mesinha do lado e me deitei indo dormir.
VOCÊ ESTÁ LENDO
A batida do meu coração
Novela Juvenilo anjinho que virou rebelde e decidiu viver a vida a sua maneira. Livro da Brooke Cooper Miller Segunda temporada de 'Porque eu?'