Capítulo 8

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Brooke

Já era de noite quando pausei a série e desliguei a televisão. Ester estava dormindo e eu aproveitei para chamar meu bonde pra cá, para resolvemos alguns assuntos pendentes.

Fazer o que? Esta no meu sangue : Liderança e Poder. Eu tinha me inspirado na série Arqueiro e eu e meu bonde nos reunirmos a noite para resolver esses assuntos.

Fui ao closet e troquei de roupa, além de prender meu cabelo. Meu celular vibrou em meu bolso e eu o peguei vendo a mensagem avisando que tinham chegado. Eu tinha um apartamento no mesmo andar que servia como nossa "base secreta".

Sai do apartamento deixando um bilhete para a Ester, e fui para o outro apartamento encontrando todo mundo lá. Entrei e tranquei a porta em seguida. Suspirei e me sentei na minha cadeira olhando ao redor vendo a galera.

- Descobriu alguma coisa? Sua mãe disse alguma coisa? - disse para o Thiago sendo direta. Estava preocupada com o que poderia acontecer daqui pra frente

- De íncio não mas, ela foi falar com meu pai e minhas escutas captaram tudo. Segundo o que ela disse, sua mãe é Bissexual. Ela teve um envolvimento com uma mulher que não acabou muito bem. Parece que foram vítimas de um grupo de homofóbicos, o que levou a morte da mulher.

Respirei fundo e fechei meus olhos. Ser a filha do maior e neta do segundo maior gangster tinha suas vantagens, pelo menos disso eu tô livre. E tinha um bônus da família da Ester, eles eram mafiosos. Ponto triplo.

- Uou, nunca imaginei a Kate se pegando com uma garota - Jaxon disse e fez a cara de quando ele imagina as coisas, logo em seguida fez uma cara de safado

- Que sujo cara, ela é nossa cunhada - Jazzy disse e jogou um travesseiro nele.

Ficamos conversando sobre isso até que surgiu uma ocorrência. Parece que tinha um carregamento de suprimentos de remédios que iria chegar a um hospital de bairro e foi roubado.

Rapidamente nós vestimos e fomos em direção ao local. Alice era a nerd da informática. Ela nos guiou pela missão e tivemos que tomar bastante cuidado já que no fim eram fornecedores do meu pai.

Fizemos a entrega dos remédios e voltamos para o apartamento. Como já se passavam das 3 da manhã e no dia seguinte tínhamos aula, liberei todos e voltei para meu apartamento.

Entrei na ponta do pé e encontro uma Ester toda enrolada e de beicinho deitada na cama. Ela odiava quando eu saia para as ruas assim. Tinha medo de me descobrirem ou de acontecer alguma coisa comigo.

Tomei um banho rápido e coloquei uma lingerie me deitando ao lado dela. Coloquei meu celular para carregar e ativei meu alarme. Lembrei que não tinha me alimentado e quase levantei mas fiquei com preguiça e resolvi comer apenas no manhã seguinte.

___________________Na manhã Seguinte

Chegamos na escola e eu estava morta de fome. Fui direto para a cantina e Ester veio comigo. Como ja tínhamos resolvido tudo com meus pais, não iria precisar mais fingir que somos inimigas então ficamos juntas enquanto esperava abrir.

A tia da cantina fez uma cara engraçada quando me viu, já que eu sempre passava aqui antes da aula. Peguei algumas coisas e sai rumo a sala. Me sentei e como enquanto conversava com Ester. Ela tinha pego algumas coisas pra ela também. A galera chegou e já veio tudo morto fe fome também, foram na cantina e voltaram alguns minutos depois comendo.

Nossa primeira aula era vaga por isso, ficamos de boa. Umas amigas da Ester ficaram com a gente e me olhavam torto, eu imagino que por ter passado tanto tempo sendo inimiga dela. Fiquei de boa e relaxei em relação a isso.

Me ajeitei na cadeira e passei meus braços pela cintura da Ester. Ela estava sentada no meio das minhas pernas e conversava animadamente com uma amiga sobre uma festa que a escola ia dar.

Deitei a cabeça em seu ombro e fiquei em silêncio apenas escutando. A minha galera estava jogando baralho e eu fiquei olhando. Meu celular vibrou e eu o peguei. Era uma mensagem do meu pai perguntando se ia comer em casa e eu achei super estranho já que quem geralmente me mandava era minha mãe.

Respondi avisando que iria pra casa e suspirei colocando o celular com a tela virada para baixo na mesa. Logo o horário vago acabou e o professor de biologia entrou. Hoje era apresentação de um trabalho e como sempre gostava de me livrar, resolvi ser o primeiro.

Usávamos gravadores minúsculos nos ouvidos que ajudava nessas horas. Nós gravamos nossas falas e se rolasse uma pergunta a gente se virava. Ia ser desperdício de material, tínhamos acesso a muita coisa legal graças a nossa família.

Após a apresentação, voltei a minha cadeira e notei umas pessoas falando baixo e me olhando. Respirei fundo e olhei na direção deles com a sobrancelha arqueada, logo voltaram a atenção para a equipe que estava apresentando.

Mesmo assumidas, eu e Ester não podíamos ficar muito "juntas" na escola. Foram muitos anos fingindo ser inimigas e as pessoas ao nosso redor meio que passaram a sentir isso. Ela estava do outro lado da sala com umas amigas e conversavam sobre alguma coisa que provavelmente tinha no celular de uma delas.

Dei de ombros e deitei minha cabeça no ombro do Thiago. Peguei em sua mão e fiz nosso sinal. Ele confirmou com a cabeça e eu pedi para meu pai colocar mais um prato a mesa, já que o Thiago iria para lá.

O fim da manhã chegou e eu arrumei minhas coisas e sai da sala conversando junto com a galera. Ester veio até mim e me deu um selinho se despedindo de mim e de todos. Ela iria para casa de uma das amigas dela ajudar a menina a montar um novo guarda roupa.

Observei ela ir e fui para o meu carro com o Thiago depois de me despedir de todos. Fiquei conversando sobre coisas aleatórias durante todo o caminho e assim que ele virou a esquina entrando na minha rua, engoli em seco.

Ele pediu para o porteiro abrir o portão e assim que ele abriu, entrou com o carro e estacionou. Desci com minha bolsa e Thiago fez o mesmo. Encarei o portão de casa e suspirei. Olhei para o Thiago e juntos fomos em direção a porta.

A batida do meu coraçãoOnde histórias criam vida. Descubra agora