Fiquei o dia todo com ele. O fiz cancelar o almoço com a namorada e também o fiz ficar ali comigo. No fim do dia, após nosso banho de banheira, nos organizamos e fomos embora dali. Como ele tinha vindo de carro, seguimos para o estacionamento e ele me levou até em casa.
- Sei que você remarcou o almoço para um jantar, mas tem certeza que não quer entrar e ficar comigo? - perguntei pela última vez antes de sair do carro e desistir de fazê-lo ficar comigo. Droga, o que estava acontecendo comigo?
- Não dá, quero ficar numa boa com ela. - ele disse me dando um beijo na bochecha - mas se quiser, venho dormir com você.
- Tá, tudo bem. Mas manda mensagem antes para ter certeza se eu ainda quero que você durma comigo - pisquei e sai do carro. Escutei o som da risada dele e logo em seguida o cantar de pneus.
Entrei em casa e fui em direção a escada. Felizmente todos estavam na cozinha e por algum motivo estavam comemorando. Queria que fosse a morte da minha irmãzinha mas infelizmente não era.
Fui direto para o meu quarto e tomei um lindo banho colocando uma roupa confortável mas quente, já que o clima tinha esfriado. Mandei mensagem para a galera e marquei no karaokê que frequentávamos. Desci as escadas conferindo se tudo estava em minha bolsa e acabei nem percebendo meus pais na sala.
- Então mocinha, onde pensa que vai? - meu pai disse parando na minha frente, entre a porta e eu.
- Vou sair com meus amigos, algum problema Miller? - cruzei os braços e arqueei a sobrancelha.
- Nessa sua agenda super agitada, não tem espaço para ficar com seu família não? - ele disse e provavelmente estava meio chateado com a situação, porém ele escolheu o lado dele.
- Até que não. No momento, eles são a minha família e são as pessoas que eu quero estar perto. Eles me fazem bem. - escutei ele suspirar - aliás, muito irônico você me cobrar tempo, sendo que gasta todo o seu com a minha doce irmã.
Passei por ele e abri a porta. Entrei no meu carro e segui para o local do encontro. No caminho, fiquei pensando em algumas coisas. Eu iria sair de casa, arranjar um emprego e nunca mais séria obrigada a passar por essas situações ou até mesmo ser obrigada a conviver com a Marina.
Sem depender de nada do Nathan e da Kate, eu posso mandar tudo a merda e viver minha vida feliz para sempre que nem a porra de uma princesa. Estacionei e travei o carro em seguida. Entrei no lugar e procurei nossa mesa com os olhos e fui até a mesma.
Logo começamos a conversar e pedimos algumas coisas. Olhei ao redor e vi uma placa dizendo que precisavam de uma cantora para alguns shows que eles promoviam. Levantei e fui até o balcão para saber mais. E pelo o que eu fiquei sabendo, fiquei bastante interessada.
Era um salário bom, três noites na semana e tinha a porra de várias assistências. Preenchi uma ficha e voltei para a mesa. Decidi não contar para ninguém, afinal o que ninguém sabe ninguém estraga. Subi no palco e cantei algumas músicas, assim como meu bando.
Quase quatro horas depois, saimos dali e voltei para casa. No caminho, passei no posto e enchi o tanque, pois amanhã tinha aula e ele já estava quase no fim. Subi para o meu quarto e a casa estava em silêncio. Tirei toda a minha roupa e entrei no chuveiro. Coloquei uma lingerie e um moletom e me joguei debaixo das cobertas. Liguei o ar, coloquei o Celular no carregador, peguei o controle da televisão e a liguei. Coloquei em um filme qualquer e assisti até pegar no sono.
Meu celular despertou e acordei alegrimente para ir para a escola (contém ironia 🤡). Tomei um banho para acordar e coloquei uma roupa confortável e conferi se minha roupa de educação física estava na mochila.
Fiz algumas coisas que costumo fazer e peguei minha mochila saindo do quarto. Deixei a mesma na cadeira da sala e entrei na cozinha, sentando no meu lugar e começando a comer. Dei bom dia a todos e foquei em me alimentar e em sair dali o mais rápido possível.
- Brooke? - minha mãe disse chamando minha atenção e olhei para ela mastigando meu misto - precisamos conversar com você filha. Eu e seu pai não estamos bem com tudo isso que vem acontecendo e o rumo que nossa relação teve.
- Sério filha, isso é uma merda - meu pai disse - pode por favor se por no nosso lugar e tentar colaborar também? Prometemos fazer nossa parte
Eles se olharam e em seguida me olharam. Suspirei e não consegui não concordar com a cabeça. Anos de prática me levaram a saber que primeiro se eu tentar fugir dessa conversa é pior, pois eles convocam todos e fica uma merda e dois se eu tentar questionar ou dizer que não novamente vai ficar uma merda. A saída mais rápida e prática é concordar e aceitar, mesmo não aceitando porra nenhuma.
Meu celular começou a tocar, graças a Deus, e eu saí da cozinha com comida na mão e ele no ouvido. Era do karaokê, eles realmente gostaram de mim e da minha voz. Agradeci e marquei uma hora pra ir lá e conhecer tudo. Terminei de comer o que estava em minha mão e sai dali o mais rápido que pude indo para o meu carro.
Dirigi até a escola e infelizmente a vaga que estava livre era ao lado da do Thiago e ele estava beijando a vadiazinha. Peguei meu celular conferindo se tinha alguma mensagem ou ligação e nada.
Apesar de não ter lembrado do que marcamos, ele não sabia disso, portanto estava na frente. Respirei fundo e peguei minhas coisas passando pelos mesmos e não falando nada. Dei uma olhada no Thiago e virei entrando na escola. Ele notou e provavelmente se lembrou já que me olhou com uma cara de arrependido. Dei de ombros e fui até meu lugar me sentando. Ia ser uma longa manhã.
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A batida do meu coração
Teen Fictiono anjinho que virou rebelde e decidiu viver a vida a sua maneira. Livro da Brooke Cooper Miller Segunda temporada de 'Porque eu?'