Capítulo 27

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Brooke

Acordo com alguém me sacudindo e vejo que era o Thiago. Resmungo e me viro enfiando a cabeça no travesseiro e entrando debaixo das cobertas. Escuto a risada dele ao longe e sinto a coberta sendo tirada

- Não importa o quanto eu ame você - digo alto ainda com o rosto no travesseiro - Se não me deixar dormir, eu vou te matar

- Mata nada - ele disse debochando e me pega no colo. Deito a cabeça em seu ombro e abraço seu pescoço

Minutos depois sou colocada em um banco, provavelmente o carro dele. Me ajeito no banco e olho ao redor, me dando por vencida já que não iria conseguir dormir. Noto que tem malas no banco de trás e ele entra do lado do motorista comendo um doce.

- Pra onde vamos? - pergunto pegando o doce da mão dele e me aconchego no banco

- Segredo - ele pega o doce da minha mão - pode dormir, te acordo quando chegarmos

Bufo e deito o banco. Pego a coberta que estava na parte de trás e me enrolo voltando a dormir. Enquanto o sono não vinha, fiquei imaginando alguns cenários de para onde nós estávamos indo e se iria gostar

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Sinto alguém me balançar e respiro fundo reunindo toda a paciência que existia em mim. Viro para o lado abrindo os olhos e um Thiago me encarava. Me sentei e subi nele ficando com uma perna de cada lado.

Deixei minha intimidade em cima da dele e coloquei suas mãos na minha cintura olhando nos olhos dele. Levei minha mão a sua nuca e trouxe pra perto iniciando um beijo quente. Senti sua mão pressionando minha cintura e ele mordeu meu lábio inferior.

- Filho da puta - sussurrei em seu ouvido gemendo baixinho. Mas, logo sai de cima dele abrindo a porta do carro e me levantando. Ajeitei meu pijama e cruzei os braços.

- É sério isso ? - ele disse me encarando e tentando se controlar - vai me deixar na vontade?

- Você não me deixou dormir - dei de ombros e o encarei de volta

- Droga Brooke - ele fechou os olhos respirando fundo. Ficou uns segundos em silêncio até que saiu do carro, sem falar mais nada.

Ele se afastou indo até um carrinho de colocar mala e abriu a porta de trás pegando as malas que estavam no banco. Abriu o fundo tirando algumas coisas que estavam lá, trancou o carro e saiu andando.

- Tá bravo comigo? - disse andando rápido para acompanhar o mesmo. Ele continuou sem falar comigo e seguiu para a entrada, de provavelmente um hotel, e foi para a recepção pegar as chaves.

Eu estava de pijama, de manga longa e calça, e mesmo assim senti olhares sobre mim. Me aproximei dele e passei seu braço em meu pescoço. Ele me olhou e olhou ao redor. Notou um grupinho de adolescentes olhando para mim e conversando alguma coisa. Ele encarou e logo todos foram embora.

Ele pegou a chave e pegou na minha mão indo para o elevador. Assim que chegamos no nosso andar, ele usou a chave para abrir a porta e trancou a mesma após a gente entrar e um rapaz deixar nossas malas na sala.

- Não tem para onde fugir - ele disse vindo até mim e me colocando contra a parede

- e quem disse que eu quero? - coloquei minha mão em seu ombro, agora exposto, e passei minha unha de leve. Ficamos nos encarando por um tempo até que nos beijamos.

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- Nunca mais, me deixe na vontade daquele jeito - ele disse tentando controlar a respiração - eu tive que me controlar pra não tirar a sua roupa no meio do estacionamento e te comer ali

- Eu ia adorar - pisquei pra ele que deu risada. Me levantei e comecei a me vestir. Tínhamos tomado banho mas a carne é fraco e não nos controlamos - O que estamos fazendo aqui?

- Queria ficar com você - ele se levantou também e pegou uma cueca branca vestindo a mesma

- Certo, e o que vamos fazer agora? - viro pra ele fechando meu sutiã e coloco a mão na cintura - preciso saber pra saber que roupa colocar

- Prefiro você sem nada - deu de ombros e foi até a mala dele abrindo e procurando alguma roupa

- Tarado - fui até ele dando um tapa em sua testa de leve e rindo. Me afastei e fui até a minha mala. Olhei pela janela e lá fora estava fazendo sol, então peguei um short e uma blusa que tinha ali e comecei a me arrumar.

Fui ao banheiro com minha bolsinha terminei de me organizar. Voltei para o quarto e ele estava sentando mexendo no celular. Assim que notou minha presença, levantou guardando o celular no bolso junto com a carteira.

- Avisei a minha mãe e a sua mãe, não precisa ficar preocupada. - ele pegou na minha mão e saímos do quarto indo em direção ao elevador - disse que estávamos em uma viagem secreta

- E como elas querem que a gente fique junto, óbvio que não questionaram - disse rindo e ele concordou. Olhei no relógio e vi que ainda estava bastante cedo.

Descemos e fomos tomar o café da manhã do hotel. Estava morta de fome, se normal eu já sinto fome imagina depois de uma noite não dormir e o tanto de exercício que fiz agora de manhã?

- Não sei pra onde vai tanta comida - ele disse me olhando e roubando um pãozinho de queijo

- Quem tá comendo não tá reclamando - dei ombros e continuei a comer.

Logo terminamos de comer e fomos passear um pouco pelo hotel. Ele ficava na beira da praia e tinha vários lugares diferentes. Olhamos tudo e reservamos algumas coisas para fazer mais tarde.

- Sério que não vai me contar o real motivo da gente estar aqui? - me sentei ao lado dele em um sofá que tinha ali em frente ao mar

- Deixa rolar, tá bom? - ele se virou o rosto para mim e passou o braço nas minhas costas - você não precisa estar sempre no controle de tudo. Se permita relaxar e aproveitar.

É oficial, eu vou matar esse garoto.

A batida do meu coraçãoOnde histórias criam vida. Descubra agora