DO PASSADO AO PRESENTE

CAPÍTULO 01

                      WANESSA SMITH

Meu dia começou um saco, tive que acordar cedo para terminar de arrumar umas coisas antes das aulas voltarem. Nem acredito que amanhã começa meu último ano no ensino médio, graças a Deus. Eu faço o tipo nerd e certinha, mas não vejo a hora de sair daquela escola e ir fazer faculdade.

Já era noite quando recebi uma ligação da minha melhor amiga, Gaby. Ela é uma irmã para mim, a minha versão doidinha e pode acreditar, se tem eu e Gaby na mesma frase, só vai dar merda.

LIGAÇÃO

- Amiga? Já terminou de arrumar suas coisas? - Pergunta.

- Já sim amiga, por que? -Pergunto já sabendo que vem coisa por aí.

- Vamos para a boate? Não posso deixar minha amiga terminar o domingo em casa, enfiada nos livros - Debocha rindo.

- Não sei não Gaby, você sempre me coloca em roubada - Falo rindo.

- Eu? Impossível amiga. Sempre faço o melhor para te tirar dessa vida tediosa que você leva - Zomba gargalhando.

- Deve ser por isso que sempre acabamos com eu tentando te deixar sóbria né - Brinco - Sabe que meus pais não vão deixar eu sair uma hora dessa amiga. - Explico.

- Foge amiga - Fala rindo - Tenho certeza que vai valer a pena. Faz isso por mim, por favor! - Pede com voz manhosa.

- Espero não me arrepender por isso.

- Não vai amiga. Te encontro daqui 1h aí na frente da sua casa, não demore.

Terminei a ligação e fui logo me arrumar, Gaby sempre faz isso comigo, me liga do nada e me leva para sair, tenho que admitir que sou feliz por tê-la em minha vida.

Me sinto péssima por estar dando uma de rebelde e desobedecendo meus pais assim em plena madrugada fugindo para uma boate. Decido não pensar muito nisso, é final de semana, segunda começa minhas aulas, tenho mais é que me divertir mesmo.

Depois de uma 1h Gaby parou o carro aqui na frente de casa e me mandou uma mensagem, eu desci silenciosamente para não acordar meus pais.

Eu estava vestida com um vestido vermelho de veludo, ele é de alças e super curtinho, mas em mim não fica tanto, fica perfeito no meu corpo.

Entrei no carro e logo vi minha amiga que também está uma deusa.

- Amiga! - Falo admirada - Você está linda demais, vai ser a atração da boate - Esboço um sorriso.

- Impossível, você vai roubar a cena toda com esse vestidinho querida. - Provoca passando a mão no meu vestido.

Nós duas ficamos rindo e vamos para a boate. Quando a gente chegou, entramos sem dificuldades, a Gaby gosta de me levar nessa boate, porquê eles não pedem identidade, se não estávamos ferradas, já que temos 17 anos.

Assim que entramos e começamos a caminhar pela multidão de gente que tem nesse lugar, noto alguns olhares em cima de nós, fomos até o bar e pedimos dois martini, não sou de beber, diferente da Gaby que bebe qualquer coisa com álcool como se fosse água. Eu decidi esquecer um pouco de tudo e curtir a noite ao lado da minha melhor amiga, e de acordo com ela não tem jeito melhor para isso acontecer do que se embebedar até cair.

A gente foi para a pista de dança, e eu me acabei de dançar com a Gaby, estávamos parecendo performistas, dancei tanto que fiquei com meus pés doendo, e se tem uma coisa que aprendi nesses anos de amizade com a Gaby, é que se seu pé doeu, significa que a noite toda valeu a pena.

Já tinha se passado algumas horas desde que chegamos a boate, eu já tínha dançado horrores e meu martini estava quase acabando e eu queria outro, pedi para a Gaby ir buscar, mas a música estava tão alta que ela nem me escutou.