CAPÍTULO 13

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                      WANESSA SMITH

Eu sabia, sabia que confiar nele não ia me trazer coisas boas. Mesmo assim, eu confiei, confiei em suas palavras e no seu olhar, erro meu, fui muito idiota.

Olho Carlos indo embora com aquela mulher, ele simplesmente me deixou e foi embora com ela, essa mulher que nem sei quem é ou o que representa para ele. Quem anda com seguranças? Que tipo de mulher é essa?

Jogo o dinheiro na mesa do restaurante e saiu andando rápido em direção a saída, eu me sinto traída, magoada e furiosa. 20 minutos atrás ele estava me fazendo gozar feito louca dentro do carro e agora me deixou sozinha para ir com outra mulher.

- Que noite humilhante! - Reclamo em voz alta, já fora do restaurante.

Peço um taxi e o espero por uns 5 minutos, ao olhar em volta, percebo que o carro do Carlos ainda está aqui, ótimo, ele foi no carro da mulher ruiva.

Já dentro do táxi, encosto minha cabeça na janela do carro e começo a chorar, em silêncio, sentindo cada lágrima que desce dos meus olhos, maldito seja você Carlos Scott.

Chego na minha casa, entro devagar e meio aérea, jogo minha bolsa no sofá, vou até cozinha, pego uma garrafa de vodka e viro na boca, foda-se, eu preciso ficar bêbada, muito bêbada.

Ligo o som alto, uma música que sinceramente eu nem sei o nome, só queria fingir que estava bem e continuar a ficar bêbada. Passo a mão pelo meu corpo, paro entre minhas pernas, droga, continuo molhada, aquele filho da puta está com a minha calcinha, bastardo idiota.

Viro a garrafa de vodka na boca, danço e choro, continuo a derramar lágrimas por ele, por que ele me deixou? Quem é essa mulher que ele não podia ignorá-la por mim?

Eu não reparei nela direito, mas o seu olhar era intimidador, possessivo e quando o Carlos disse que ia com ela, seu olhar era de satisfação, ela sentia prazer em mandar nele e ele parecia acostumado a seguir as ordens dela. Ela é muito bonita, deve ter por volta dos 30, eu acho, ruiva, elegante, eu sinceramente senti ciúmes, inveja, não sei, não sei o que sentir.

Pego meu celular e noto algumas chamadas perdidas do Carlos, a música está tão alta que eu nem escutei o celular tocando, não importa, eu não iria atendê-lo mesmo. Ignoro suas chamadas e mensagens, peço uma pizza e a espero, beber tanto assim me deixou levemente alegrinha e com fome.

Ando pela sala com dificuldades, acho que bebi demais, estou vendo tudo em dobro na sala da minha casa, Gaby ficaria orgulhosa da sua amiga seriamente bêbada ou com raiva por eu ter bebibo sem ela.

A campainha toca, arrasto minhas pernas dormentes até a porta e abro-a, nossa, que entregador gato. Ele parece ter saído de uma história em quadrinhos, olhos verdes, cabelo branco, definitivamente pintado, tatuagens pela cara, roupas pretas, corrente fina no pescoço e um sorriso sexy na boca, quero beijá-lo.

- Sua pizza senhorita! - Que voz grossa a dele, sexy demais.

- Pode me chamar de Wanessa e você é? - Estou realmente curiosa.

- Enrico, muito prazer Wanessa! - Ele me oferece um sorriso educado.

Pego a pizza da sua mão e a deixo rápido em cima do sofá, volto a porta, Enrico continua em pé esperando o dinheiro da pizza.

- Enrico, que horas termina seu turno? - Não foi uma pergunta inocente.

- Você é minha última cliente, por que? Me olha curioso.

- Estou entediada, bêbada e, eu já disse entediada? - Sorrio para ele- Não quer ficar e me fazer companhia? - Pergunto provocativa, fitando-o com os olhos.

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