One of those chilly but warm nights

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S/n p.o.v. on

Mais uma vez chego no mesmo lugar, encontrando quem sempre encontro, os dois coelhos de pelagem desafiadora ao conceito das trevas, seus olhos são mais claros, comparado ao pelo e brilham com a luz vinda das lâmpadas da casa cinza com paredes de vidro, pois não posso as considerar janelas por tal altura e largura, na minha opinião, é exagerado, contudo, é estranhamente um belo prédio, mas não é minha casa então tento não julgar, muito.
Agacho-me e acaricio os animais peludos, é tão macio, nunca achei nada que se compara com a suavidade do pelo deles.

Acredito que pertençam aos proprietários da residência, que muito provavelmente estão dormindo e não percebem a fuga de seus animais de estimação. Ou simplesmente os deixam soltos esperando que alguém venha e os roube, eu seria a maior suspeita se acontecesse... Mas como? Eu não tenho a bravura suficiente para sequer os pegar no colo.

Por várias noites eu os visitei, e tudo que consegui fazer foi passar a mão neles, com muita dificuldade. Quero conseguir pegar eles no colo, mas não consigo, toda vez que me mostram os dentes eu me assusto e tiro minhas mãos deles.

Quero ir mais longe hoje! Vim decidida que o farei! Meu medo não vai me dominar dessa vez! Eu consigo! Tiro minha mão do outro e no momento em que tenho ambas as mãos em apenas um, ele me mostra os dentes, sem ao menos pensar duas vezes me levanto indo para trás, assustada. Por que diferiria? Por que sou ass-

HJ: — Por que – uma voz desconhecida, porém familiar, soa atrás de mim. — não o pega como queria? – finalmente escuto seus passos antes ocultados pelo meu medo.

— Tenho medo dos dentes deles. – ele passa por mim

O observo pegar um dos coelhos. Vem até mim e em minha frente para, uma proximidade que não tenho nem com amigos, tão pouco com estranhos.

Não estou reclamando, pelo contrário, estou muito feliz em ter um homem tão belo diante mim!

Sinto arrepios, não pela brisa fria da noite, mas sim por conta dele usar seu braço livre para me abraçar!

Intriga-me como todo o frio que sentia é substituído pelo calor vindo do corpo do belo estranho, o qual me encontro fascinada por. Quero gritar! Quero muito gritar!

— Ele não morde. – nunca quis tanto acreditar em uma mentira tão óbvia. — Não estou certo, Charm? – ele encosta sua testa na cabeça da criaturinha. — Viu?

Orbes que posso, facilmente, e teria prazer de me afundar.

Por que acreditar em um estranho? Então, por que não? Passa o animal pro meu colo, eu consegui...

Ele me solta.

São muitas informações para meu cérebro, sou incapaz de processar tudo em simultâneo!

Eu não consigo fazer sentido do que ele diz enquanto anda ao meu redor, estou em choque comigo mesma, eu consegui pegar.

Sinto ele me abraçando por trás, — Gostaria de me acompanhar em um passeio com os dois? – Seu tom é tão gentil, estou encantada por sua voz, maravilhada pelas suas feições, com certeza esculpidas pelos melhores escultores dos céus.

Viro meu rosto e encontro seus olhos, eu nem sequer me dou o trabalho de pensar para o responder.

— Sim. – Vejo um sorriso se formando em seus lábios, volto minha atenção para o roedor, mas a cena dele sorrindo continua se repetindo na minha cabeça.

O que me traz a realidade é a ausência dele, boa parte do meu cérebro é consumido por pânico, eu quero sair correndo, porém, tudo o que consigo fazer é encarar a bola de pelos, aumentando cada vez mais minha ansiedade.

Soulmates | Stray Kids - Hwang HyunjinOnde histórias criam vida. Descubra agora