9• Party Savages

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*Yana*

Deixei Maya em casa e fui cedo para faculdade hoje. O diretor tinha me chamado para revisar meus documentos e minha matrícula, o que eu achei estranho porque tínhamos visto no primeiro dia de aula.
- Senhor. - Bati na porta dele.
- Pode entrar, senhorita Yana. - Ouvi sua voz e entrei. - Que bom que você veio, sente-se.
- Trouxe meus documentos.
- Não, não, fica tranquila. Não era isso que queria conversar com você. - Não tava gostando nada daquilo.
- Então o era?
- Queria saber mais sobre você, sua família, já tem tempo que eu não vejo seu pai. - Fiquei em alerta, não tinha nada ver ele se interessar pela minha família.
- Por que isso agora? - Perguntei desconfiada.
- Eu estudei com seu pai e seu tio Luca no fundamental, queria saber como eles estão. - Ele se afundou em sua cadeira e esticou os braços para trás da cabeça.
- Meu pai tá bem e meu tio.. - Pensei, não podia falar que ele tinha desaparecido. - Tá bem também.
- Sério? Fiquei sabendo que ele tinha fugido da família, isso é verdade? - Seu olhar descontraido estava me deixando com raiva. Como ele sabia disso tudo?
- Senhor, eu não sou de falar da minha família pra qualquer um, se puder me desculpar. - Curvei minimamente minha cabeça.
- Não, tudo bem. Eu que sou muito curioso. - Riu.
- Era apenas isso?
- Sim, queria só saber mesmo, mas vou respeitar seu silêncio. - Ele levantou e foi pra trás de mim, segurando meus ombros o que não gostei nem um pouco. - Seu pai te criou bem, você é uma menina boa e educada. - Sai de suas mãos e levantei.
- Se o senhor permitir eu tenho que ir pra fraternidade.
- Claro, pode ir. Qualquer dia a gente se encontra de novo. - Falou com aquele sorriso sínico dele, me curvei e sai.

Eu estava sufocada lá dentro. Ele era completamente doido, isso dava pra ver no olhar, na postura e no jeito de falar.
- AIII.. - Esbarrei em alguém.
- Me desculpa.
- Jungkook? - Disse surpresa.
- Yana? O que você está fazendo aqui essa hora? - Ele perguntou nervoso, eu vi um linha de preocupação aparecendo em sua testa.
- Eu que te pergunto, não era para você está no judô?
- Perguntei primeiro. - Não vou ficar nesse joguinho de você primeiro. - Percebi que ele tava nervoso e assustado.
- Vim conversar com o diretor e você?
- Conversar o que? - Tá sendo curioso demais, Jungkook.
- Me responde caralho. - Xinguei.
- Tá, foi mal. Ele me chamou pra entregar uma encomenda, acho que é o colete para fraternidade dos Wolves.
- Colete? Pra que?
- Acho que é para o goleiro, e como sou o capitão do time tive que vim.
- Hum. - Desconfiei, mas não tava com cabeça pra isso.
- Então amanhã está marcado, não é? Eu te busco em casa? - Ele perguntou.
- Tá sim, mas eu vou está na fraternidade. Me buscar lá.
- Fechou. Agora eu preciso ir, gata. - Riu e saiu andando de costas ainda olhando pra mim. - Está cada dia mais linda, novata.- Inferno de menino gostoso. Se controla, Yana.

Entrei no meu carro e dirigi até em casa para buscar a Maya e depois ia para a fraternidade das Savages.
Buzinei assim que cheguei em frente da minha casa e logo vi Maya vindo correndo, com seu vestido florido.
- Eai, mona. Como foi lá com o diretor? - Tagarela como sempre.
- Tá perfumada esse tanto pra que? A gente só vai pra fraternidade aonde só tem menina, está lembrada né? - Falei.
- Claro que estou, mas preciso está cheirosa, querida. Vai que um bifão chegue lá e eu toda bagunçada. - Revirou os olhos e eu ri. Essas meninas de 15 anos estão muito pra frente. - Ta agora me conta sobre a conversa.
- Se eu pudesse chamar aquilo de conversa. - Disse baixo, prestando atenção na rua.
- Que? Fala com a boca, Yana.
- Ele não queria meus documentos, só queria conversar sobre nossa família.
- Nossa família? Por que?
- Dizendo ele que estudou com os nossos pais. - Olhei de canto e vi a expressão da Maya, ela ficou um pouco incomodada, pressionando a mão entre as pernas.
- O que ele queria saber sobre eles? - Sua voz ficou mais grossa.
- Eu cortei ele, não falaria nada pra um desconhecido.
- Você devia ter perguntado mais, entrado na conversa dele.
- Maya, eu sei o que eu faço. Vim aqui achar o fornecer das drogas e não ficar de papo furado com o diretor da minha faculdade.
- Eu sei quem é o fornecedor, mas você não quis me escutar. - Cruzou os braços.
- Não é o senhor Carlo, e muito menos o senhor Kang. Eu li os papéis do meu pai também e nenhum deles batem com a identidade do fornecedor.
- Que merda. Então vamos investigar mais o diretor, eu estou suspeitando..
- Maya. - Parei o carro na frente da fraternidade. - Eu te disse pra não entrar nisso. Eu que fui enviada, não você, se algo acontecer..
- Para com isso, Yana. Puta merda. Você não confia em mim o suficiente, acha que eu ainda sou criança, mas saiba que eu cresci. Olha pra mim, não sou mais a garotinha que você salvou à 10 anos atrás. - Não era mesmo, minha prima tinha crescido rápido demais e agora não podia controlar suas atitudes.
- Tá, tá. Você pode investigar, só tome cuidado, principalmente com as pessoas. - Eu estava apostando todas as minhas fichas e se eu a perdesse estaria tudo acabado. - E, por favor, não usa nenhum tipo de arma.
- Nem minha pistola?
- Nem sua pistola.
- Aí, obrigada, Yaninha. Obrigada por deixar eu te ajudar. - Ela me abraçou forte que estava ficando sem ar.
- Tá bom. Agora vamos entrar para organizar as coisas da festa.

𝐍𝐚 𝐌𝐢𝐫𝐚 𝐝𝐨 𝐀𝐦𝐨𝐫Onde histórias criam vida. Descubra agora