30• Meu Alvo

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*Kate*

*Dias atrás*

- Eu vou voltar hoje para o Estados Unidos, Jungkook. - Estava o visitando pela última mês antes de viajar, e meu coração já estava doendo por ter que deixá-lo aqui nesse presídio que eu sabia muito bem que nosso pai estava lá também. Ver meu irmão através daquele vidro, mais magro, mais abatido e sem aquele brilho de antes em seus olhos, sentia uma vontade enorme de chorar.
- Tenha uma boa viagem. - Ele sorriu. - Quando você voltar trás uma lembrancinha.
- Eu vou te tirar daí. - Pigarreei para tirar o nó que se formava em minha garganta. - Espere mais algum tempinho.
- Kate, você não precisa se apressar, eu estou conseguindo me virar e graças aos céus que os caras da minha cela são gente boa.
- Mas tem ele aí dentro.
- Ele não vai triscar em mim, não depois da briga do primeiro dia.
- Você já se envolveu numa briga, Jungkook?
- Uma longa história que deixarei para outro dia, mas agora preciso que você pare de se preocupar, ok?
- Falar é fácil. - Revirei os olhos e ele sorriu. No mesmo momento sentir meu celular vibrando com várias mensagens da Yana. O que ela queria agora? Por que eu? Ela precisava de ajuda? Mil e uma perguntas vieram na minha cabeça.
- Parece importante, pode ir. - O encarei.
- Já entrei em contato com o advogado e estávamos resolvendo sua questão.
- Estarei aqui, maninha.
- Tchau, Jungkook. - Coloquei a mão no vidro frio e o mesmo também fez. - Te amo.
- Também te amo, Kate. Fique bem. - O guarda me acompanhou até a saída e logo peguei meu celular.

- Kate, preciso de sua ajuda.
- Sei que você deve está se perguntando o porque você, mas explicarei tudo.
- Vou para os Estados Unidos hoje a noite, me encontre nesse endereço, por favor.
- Ok. Estarei lá. - Respondi e guardei meu celular. Fui para a casa arrumar minhas malas e as do Jonny.

*Hoje*

Eu e a Yana estávamos no quarto estudando as informações que o pai dela nos deu. Peguei o notebook do meu marido e entrei no meu sistema para encontrar mais algumas notas que ajudaria no plano.
- Você vai mesmo matá-lo? - Perguntei. Ela tirou os óculos e coçou seu couro cabeludo.
- Para terminar isso, preciso. Sei que você é contra minha família e também a mim mas preciso dá um fim no monstro que iniciou tudo. - Explicou agoniada.
- Não é que eu sou contra vocês, sou contra a matança da Máfia. Porque na real, o que vocês fazem é tudo crime.
- Nem tudo para falar a verdade. Matamos, como posso dizer, as pessoas que podem causar algum dano aos inocentes.
- Mesmo assim é crime, Yana. - Ri e ela deu de ombros. - Mas só quero saber, porque desse vez eu também quero participar.
- O que? - Ela arregalou os olhos para mim. - Não, não.
- Quero ir com você.
- Não, Kate. Eu te chamei apenas para me ajudar com alguns negócios que só a Inteligência tem, você não sabe quem são esses caras, e principalmente, quem é o Piero Morgan. Até eu mesma tenho medo daquele homem.
- E o que vai fazer então?
- Ele soube da morte do filho dele e está procurando por mim. Meu tio Jin tirou o nome da Joey e dos outros da ficha do Cody. Piero só sabe que seu filho tentou me matar e falhou, então foi morto pela namorada. - Yana levantou e foi preparar um café expresso. - Darei o que ele quer, só que ele não vai saber que meu pai e todos que tem contrato com a minha família também estarão no meio para me proteger caso ele tente algo contra mim.
- Suponho que esses contratos são de famílias mafiosas daqui. - Falei e segurei o copo de café que a mesma me entregou. - Obrigada.
- Exatamente, minha amiga. Temos alianças com várias famílias pelo mundo.
- Você vai se entregar e esperar o reforço chegar? Entendi. - Tomei um gole do meu café. - Uma idéia burra eu diria, mas nunca vi vocês em ação para falar algo, então...
- É uma tática burra sim, mas a mais fácil de se infiltrar no meio deles. Terá uma reunião amanhã e eu serei uma bomba escondida para eles.

𝐍𝐚 𝐌𝐢𝐫𝐚 𝐝𝐨 𝐀𝐦𝐨𝐫Onde histórias criam vida. Descubra agora