15• Party Wolves

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*Yana*

Estava na varanda da mansão do Jungkook observando as estrelas que brilhavam em todo o céu azul escuro. Eu sentia que alguma coisa iria acontecer depois da descoberta sobre o Rain e o Cody, sabia que algo não estava certo. Tentei recuperar algum traço de memória aonde o Cody falava de sua família mas não consegui encontrar, ele nunca citou uma palavra em referente ao tio e nem a própria prima.
- Yana... Amor? - Ouvi a voz do Baker me tirando do meu devaneio e sorri fraco para o mesmo, que agora estava com o cabelo molhado na testa.
- Oi.
- Você estava longe, o quê que está te incomodando? - Perguntou preocupado segurando meu rosto com suas mãos e dando um leve selar em meus lábios.
- Em tudo. Na fraternidade, suas irmãs, minha prima, você, nosso namoro.
- O que tem ele?
- Você sabe que eu ficarei pouco tempo aqui, somente esse ano e depois voltarei para casa. Isso... - Apontei para seu peito e depois para o meu. - Você sabe que é momentâneo, não sabe?
- Só se você quiser. - Tirei sua franja que caia em seus olhos e o encarei os mesmos, que agora brilhavam junto com as estrelas.
- Não depende de mim, Jungkook. Por isso não quis começar, porque sabia que eu te machucaria quando eu fosse embora e não somente assim...
- Yana, não importa o futuro, o que vale é o que temos hoje. Foda-se o futuro, até lá nós vamos arranjar algum jeito de ficarmos juntos.
- Se você ao menos soubesse o porquê estou aqui...
- Por que? Me conte. - Segurou meus ombros e encarou ainda mais, me deixando sufocada.
- É melhor eu ir banhar e depois irmos dormir. Amanhã é sua festa e não quero estragar por causa do cansaço. - Tirei suas mãos de mim e fui em direção ao banheiro de cima.

Fiquei pensando várias e várias possibilidades de achar logo esse fornecedor e vazar desse país, não conseguiria me despedir da fraternidade e nem do Baker que sempre me ajudaram desde quando cheguei aqui. Não queria colocá-los numa situação que eu odiava que acontecesse com as pessoas que eu amo. Sim, eu sou egoísta, mas não suportaria vê-los sofrer por minha culpa.
Sai do banheiro vestida com a blusa preta do Baker, que ficou um vestido para mim. Encontrei o mesmo falando algo no telefone mas logo desligou quando me viu chegando no quarto.
- Era quem? - Perguntei me sentando na cama.
- Os caras da fraternidade falando sobre os preparativos da festa de amanhã.
- Não era para você está lá com eles?
- Era, mas prefiro minha vezes aproveitar a noite com minha namorada. - Chegou mais perto de mim me derrubando de costas na cama, ficando por cima de mim e beijando meu pescoço. - Sabia que eu amo seu cheiro de morango?
- Os meninos devem morrer de raiva sabendo que você não está ajudando eles.
- Eu... - Beijou minha clavícula. - Não... - Meu queixo. - Ligo. - Selou nossos lábios com um beijo feroz que me pegou de surpresa. Circulei minhas pernas em sua cintura e o mesmo segurou a minha me puxando para o seu colo, nos deixando sentados sob a cama.
- Você não cansa de ser gostoso, não? - Arfei.
- E você não cansa de ser também, não?
- Gosto de uma competiçãozinha. - Olhei sapeca para o Jungkook que me encarava rindo.
- Eu sou o mestre nos jogos de competição, meu amor. Você perde comigo.
- Perco? Tem certeza, Baker? Não lembro de perder quando deixei você implorando para ser tocado mais cedo.
- Aquilo foi golpe baixo, não se faz com o cara que está doido por você. - Eu ri de sua cara.
- Você também perdeu no jogo de ontem que estávamos jogando no vídeo game.
- Eu deixei você ganhar, é diferente.
- Ah cala a boca. - Bati em seu ombro. - Admite logo que eu sou melhor.
- Foi verdade ué, eu deixei só para ver seu sorrisinho de felicidade.
- Aishh... - Sai de seu colo fazendo o mesmo resmungar frustrado, e deitei na cama colocando o cobertor em cima do meu corpo. - Você é sem graça.

- Ei, não me faça arrancar esse cobertor, Yana. - Vi seu olhar sério, mas brincalhão.
- Vou dormir agora, anjo. Temos que acordar cedo.
- Não mesmo, a gente ainda vai aproveitar.
- Jungkook, não comece.
- Você que está pedindo.
- Não ouse. - Ele se aproximou e puxou o cobertor, me fazendo cócegas por todo meu corpo. - QUE DROGA... PARA... JUNGKOOK.... NÃO...
- Só paro se você implorar por misericórdia.
- QUE ÓDIO.... AII... CHEGA... TA BOM, TA BOM... POR FAVOR.... PARE.- Ele parou e eu respirei fundo tentando recurar meu fôlego e bati novamente em seus ombros. - Seu besta. Implorar por misericórdia é teu rabo.
- Você me deixou na vontade, tive que dá o troco. - Riu com seus dentes de coelhos que eu achava uma graça.
- Eu falei que a gente ia dormir e não transar novamente. Você provocou a situação e saiu perdendo novamente. - Dei língua para o mesmo e puxei a coberta de novo.
- Vem aqui. - Ele se enfiou debaixo e me puxou para deitar em seu peito, cobrindo nossos corpos em seguida. Pude ouvi os batimentos de seu coração fazendo cócegas em meu ouvido, me causando um sentimento a mais. Senti sua mão fazendo um leve carinho em meus cabelos. - Sou o cara mais feliz do mundo por te ter, sabia?
- Deixa de coisa, eu não sou nada.
- Nada? Porra, Yana. Você é tudo para mim, tudo que eu jamais imaginei em ter. Não estou falando isso da boca para fora, mas de coração. - Não fala aquelas palavras. Não fala aquelas palavras. Implorei para mim mesma.
- Você ainda não me conhece por inteira para saber disso, talvez até você mude de idéia. - Falei baixo.
- Você pode ser a pior pessoa desse mundo, mas eu ainda vou te a...
- Boa noite, Baker. - Virei para outro lado saindo de seu abraço, bocejei e fechei meus olhos. - Estou cansada demais.
- Boa noite, linda. - Eu queria chorar naquele momento, mas me segurei porque não permitiria que ele olhasse minha fragilidade. Não queria que ele falasse que me amava, isso só pioraria ainda mais as coisas e também não queria discutir com o mesmo sobre o que pode acontecer com nós dois.

𝐍𝐚 𝐌𝐢𝐫𝐚 𝐝𝐨 𝐀𝐦𝐨𝐫Onde histórias criam vida. Descubra agora