Tocando Minha Alma 🐿🐰 (Chaesoo)

Silêncio e Acenos

Kim Jisoo Pov.

        Demorou pouco menos de cinco minutos para que eu ficasse incerta sobre o que tinha feito — parte minha gritava que era um erro, mas a outra parte... A parte maior...

Estava totalmente inebriada, envolvida demais no aroma adocicado de Rosé para se importar.

—Queria congelar o tempo nesse momento, pra que durasse... — Ela sussurra, tão perto que eu sentia o calor do seu halito contra as minhas bochechas.

Comprimi os lábios, sentindo uma espécie de peso no peito.

—Queria poder não precisar congela-lo. — Eu digo, num tom arrastado.

Eu nunca me permiti revelar o quão frágil e boba sou até agora... Com ela.

Ela sorriu, acariciando meu rosto com as mãos e beijando a ponta do meu nariz, aparentemente tentando me fazer relaxar um pouco.

—Não está a nosso alcance, então vamos apenas tentar focar no agora, certo? — Ela sugere, esperando eu assentir antes de beijar minha testa e me abraçar contra si, fazendo cafuné no meu cabelo. Fechei os olhos. — Então... Só deixa eu cuidar de você enquanto ainda posso, Kim Jisoo.

E ela realmente cuidou.

Examinou cada uma das minha feridas e as tratou com cuidado e carinho, como se fosse uma real profissional e seus beijos fossem o melhor remédio de todos. Eles eram.

—Normalmente eu odeio que me toquem, ou que me vejam ser fraca, — Eu solto distraidamente, enquanto trago o rosto de Rosé de volta pra mim. Queria beija-la mil vezes. Talvez mais. — mas eu não ligo de parecer frágil na sua frente, Chaeyoung.

Ela sorriu largo, me dando um beijo desajeitado por causa do mesmo, antes de dizer:

—Você não precisa ser ninguém além de si mesma perto de mim, contanto que me chame de Chaeyoung de novo uma porção de vezes... — Ela adiciona com um sorriso sapeca que combinava perfeitamente com suas bochechas coradas. Eu sorri. — Não sei como você descobriu meu nome coreano, mas eu gosto de como soa.

Eu lhe dei um empurrãozinho, envergonhada pelas suas palavras.

—Para de me provocar... Sou eu quem amo a sua voz. — Eu reclamo, fingindo irritação.

Mas Rosé estava com uma expressão diferente, atônita.

—Você ama minha voz?! — Ela parecia prestes a explodir de excitação.

Eu ri, assentindo e mordendo o lábio.

—Eu amo, Roseanne. — Eu digo, num tom de provocação pra parecer menos uma declaração, mas Rosé parecia ter recebido o mesmo impacto de uma, por isso desviei o olhar. — Que horas são?

Foi então que todo o brilho dos seus olhos pareceu tomar lugar a angústia — e só por aquilo eu já havia me arrependido de ter perguntado.

Estourei nossa bolha deliberadamente, por que?! As vezes eu simplesmente não penso...

—Estamos a salvo, — Ela diz, depois de uma breve analisada no seu celular, parecendo aliviada. — mas temos que ir agora mesmo.

Eu assenti, um tanto ressentida pela forma como ela propositadamente evitava meu olhar agora.

—Certo. — Eu oralizei, a observando recolher suas coisas e pegando minha mochila do chão. Quando percebi que ela havia pego tudo, soltei um minimo "vamos" para tentar chamar a atenção dela, mas não deu certo.

Ela estava tremendo.

Engoli em seco, andando um pouco atras dela com a cabeça baixa, tentando lhe dar espaço para se recompor antes de se encontrar com a namorada.