Tocando Minha Alma 🐿🐰 (Chaesoo)

Um Instante Em Falso

Jisoo Pov.

          Já faziam dois meses que estavamos fazendo isso. Trocando cartas, ligações e momentos perdidos em vestiários ou quartos aleatórios de Jin — normalmente para conversas sérias, mas também por saudades sérias.

Tínhamos então criado uma amizade com os dois. Nanjoom e Jin. Eram parte do nosso convívio agora.

Tudo estava indo bem demais, estávamos sendo astutas e driblando os problemas... Nos descuidamos.

—Essa carta é na verdade daquela garota, não é?! — Ele gritou, esfregando a carta na minha cara. Chorei, meu rosto já estava dolorido de tanto ele fazer isso. — Você tem de alguma forma a visto não tem?!

Me encolhi, negando milhões de vezes de olhos fechados, morrendo de medo.

Acontece que quando um dos seguranças dele viu Jimin muito suspeito resolveu acompanha-lo... Pegou a carta da vez e a entregou para Jiyung.

Quando Jiyung leu ele veio até meu quarto gritar comigo.

—E-essa letra nem é dela! P-pode perguntar de q-qualquer professor n-nosso. — Tentei argumentar, soluçando.

O aperto no peito que eu tinha toda vez que ele gritava comigo nem chegava perto do que eu tinha agora que ela também estava em risco.

—VOCÊ ACHA QUE EU SOU IDIOTA, GAROTA?! — Ele berra, puxando meu cabelo. Grunhi. — Eu soube por uma ligação que este maldito garoto tem ajudado a encobrir você e essa vadiazinha!!!

Mordi o lábio, me segurando pra não berrar de volta quando ele ofendeu Rosé.

Calma Jisoo, você precisa aguentar as emoções e agir de maneira racional...

—Eu admito que gosto do Jimin! Mas Jin é quem o senhor me prometeu, por isso trocamos cartas... — Esse era o plano caso isso acontecesse.

Ele bufou, cruzando os braços.

—Você acha mesmo que eu vou acreditar em você?! Garota estúpida, mesmo se for verdade os Park's nada tem com a nossa família! — Ele parecia menos possesso agora, no entanto.

Melhor o garoto errado do que uma garota...

Respirei fundo, limpando as lágrimas.

—Por que o senhor não pede pra nosso professor avaliar e dizer se é verdade ou não? Ja que não confia em mim.

Era um tiro no escuro, mas tudo que eu tinha.

Jiyung pensa por um segundo antes de concordar, saindo do quarto para poder ligar pra um deles. Na mesma hora pego meu celular e mando mensagem pra Jin.

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Jin

Vocês são até que fofas juntas

Eu:

Jin! Rosa.

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Esse era o nosso código pra quando algo assim acontecesse...

—O sr. Michel vai vir aqui daqui uns minutos! — Jiyung avisa, num tom cortante e ameaçador. — Vá para a sala, eu quero você por perto quando ele estiver te desmentindo.

Eu assenti, esperando ele fechar a porta antes de gritar e chutar minha escrivaninha, jogar todas as coisas de estudo no chão e pisar.

—Que se foda toda essa merda! Eu odeio tudo isso! Eu odeio tudo! — Gritei de novo, pressionando os olhos com as mãos. — Eu só queria sumir...

Mas sussurrar isso pra mim mesma não ia ajudar em nada. Eu sabia. Então me recompus e desci as escadas.

Quando cheguei lá o pobre professor ja tinha chego, ainda com roupas de casa e com cara de assustado ele nitidamente tinha tanto medo do Jiyung que saiu correndo de casa na hora.

E olha que ele nem mora com esse monstro...

De fato tenho mais motivos pra temer.

Logo me vejo com Jiyung e o professor definindo a vida da minha garota e posso quase sentir o gosto do grito na minha garganta. Eu estava surtando silenciosamente.

O que nós faríamos se eles descobrissem?! E se a letra de Rosé não fosse boa o suficiente?!

Mas era. E o professor confirmou isso.

—Sem sombra de dúvidas é a caligrafia desenhada e cuidadosa de Park Jimin! — Ele garantiu, meio desconcertado por esse ser seu trabalho. — E-eu dou aula pra ele desde o primário...

Mesmo assim Jiyung não parecia estar satisfeito.

—Hum. Pode ate ser que seja, mas isso não significa nada. Ele pode ter transcrito! — Bateu o punho contra a mesa, assustando o professor. — Suma.

E simples assim, o mesmo saiu correndo de volta pra sua casa simples, totalmente impotente.

Eu não pensei nessa possibilidade, que merda!!! Porque eu não pensei nisso?!

Engoli em seco, esperando o pior.

—Você acha que se safou, garotinha?! Nada disso desmente a ligação que meu segurança ouviu! — Ele rosna, me empurrando pro lado ao passar por mim. — Amanhã mesmo eu vou resolver isso.

E foi assim que ele resolveu acabar com a minha vida.

No outro dia ele iria até a diretoria exigir a expulsão de Roseanne Park.