Capítulo Treze - Novidades

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DANIEL

Fechei a porta divagar e finalmente pensando que cuidar de duas crianças que são os meus filhos, não deve ser tão difícil não é? Olhei para trás e nenhum dos dois estavam na sala e com certeza estavam em seus quartos. Com um pontapé de animação decidi que seria um dos melhores finais de semana que eles poderiam ter comigo. Fui para o corredor e o primeiro quarto era da minha menina e quando cheguei lá, arregalei os olhos. Aquele quarto arrumado não estava mais arrumado. Ela pegou todas as bonecas, praticamente todas e as colocou em cima da cama. Os brinquedos que estavam em duas caixas estavam todos espalhados no chão

-Vem brincar papai – Aghata me chamou animada e correu para o guarda-roupa

-Filha, se você espalhar todos os brinquedos vai demorar muito para arruma-los – entrei e sentei na ponta da cama que não tinha bonecas

Ela olhou para a situação do quarto e deu de ombros

-Eu arrumo papai. – então ela deu uma risada gostosa me fazendo rir, e sinceramente eu estava duvidando um pouco disso, mas tenho certeza que Megan ensinou nossa filha ser organizada.

Ou ao menos tentou!

Um barulho veio do quarto de Arthur e com rapidez fui ver o que era. Meu filho tinha literalmente colocado ao chão uma estante que estava com bolas de futebol de cores diferentes

-Arthur, você está bem? – me aproximei do meu filho e o peguei no braço para analisa-lo melhor – Imagine se você tivesse se machucado?

-Mas eu queria uma bola – falou manhoso alisando o braço e o coloquei na cama para massagear a área

-Olha uma bola no lado da sua cama Turtie.

-Mas eu queria a vermelha papai, não essa branca – ele me olhou com seus olhinhos brilhando e esqueci de dar a bronca

-Tudo bem, se precisar de alguma coisa pode me pedir, ok?

-Papai estou com fome – Aghata entrou no quarto e olhou para a prancha – brincando de Batman de novo?

-Eu também estou com fome – Arthur ignorou a irmã, mas lhe lançou um olhar feio.

-Vocês não comeram em casa? – me desesperei

-Não porque mamãe disse que o senhor iria dar nosso almoço.

Olhei no relógio que era um escudo do capitão América e era onze e meia

-Ok, vamos para cozinha.

Meu Deus, o que eu iria fazer para eles comerem? Com os dois no meu encalço fui abrir o armário e segundos depois um baque alto me assustou. Quando olhei para trás Aghata tinha derrubado uma cadeira

-Porque fez isso filha? – me aproximei e peguei a cadeira

-Eu queria sentar. Mais é muito alto

Arthur foi tentar subir e quando eu iria dizer para esperar a cadeira caiu

-É muito alto mesmo – meu filho olhou para irmã confirmando e balancei a cabeça

-Eu disse seu bobo.

-Ok. – levantei as cadeiras e os coloquei sentandos, anotando mentalmente que eu precisava comprar cadeiras menores – não se mecham.

Eu não sabia nem cozinhar um ovo. O que daria a eles? Mexendo no armário encontrei a salvação.

-Que tal macarrão instantâneo? – mostrei os três pacotinhos na minha mão com um grande sorriso

-Miojo? Mamãe não deixa a gente almoçar isso – minha filha balançou a cabeça

Perdoe-meOnde histórias criam vida. Descubra agora