Capítulo Dois - Voltando

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"Amor não é um lugar
Para ir e vir quando quisermos
É uma casa que entramos
E nos comprometemos a nunca partir"
Warren Barfield - Love is not a fight

 

DANIEL

-VOCÊ NÃO PODE FAZER ISSO COMIGO – gritou Luiza enquanto eu estava trocando de roupa. Eu a tinha informado que irei embora da Alemanha e tentava a convence-la que nunca tivemos nada – depois de todo esse tempo você vai me deixar?

 – Eu já lhe expliquei. Não tem o porquê eu ficar mas aqui, o meu contrato acabou e eu tenho uma família me esperando.

-E nós? Eu te amo Daniel

A olhei por um momento e neguei com a cabeça – nunca existiu amor Luiza, e você sabe disso.

Então ela começou uma sessão de nomes para me descrever - você nunca vai encontrar uma mulher que te ame mais do que eu nessa vida.

Eu já encontrei ela a muito tempo, então o que tenho a dizer é que eu jamais vou encontrar alguém que me ame como ela como me amou. Balancei a cabeça decidindo não estender a discussão e fui ao banheiro.

Demorei uns minutos lá dentro e logo depois escutei a porta fechando com força. Eu estava decidido que iria embora para minha família, meus amigos e para o lugar de onde eu deveria nunca ter saído. Eu iria comprar minha passagem e ligaria para empregada para arrumar toda a minha mala. Iria deixar minha cobertura fechada por um tempo indeterminado e eu sabia que assim que eu chegasse minha mãe não permitiria eu ficar em outro lugar a não ser perto dela por um bom tempo. Já vai fazer um ano e alguns meses que não vejo todos. Minha mãe, meu pai, Carlos, e Gustavo meu irmão mais velho. Tinha meus amigos que dificilmente eu falava com eles no telefone. O caso é, o quanto antes eu resolvesse tudo aqui, mais rápido eu iria embora. 

Três dias depois

Eu nunca parei para imaginar o quanto eu estava sentindo falta da América. consequentemente mais uma vez meu coração bateu rápido e Megan veio em minha mente. Tenho que parar de pensar em Megan. Não vai adiantar de nada eu sonhar com ela se eu não sei ao menos seu paradeiro. O avião aterrissou, teve aquela burocracia de esperar minhas malas que não eram poucas e tentar encontrar minha família naquele lugar que parecia um formigueiro. Eu estava com boné e óculos escuro torcendo que nenhuma fã me reconhecesse e me atrasasse

-MEU BEBE- uma voz familiar gritou atrás de mim. Eu sabia que ela era a única que me reconheceria no meu disfarce já que foi ela que trocou minhas fraudas. Ao virar pra trás vi minha mãe chorando, meu pai dando um sorriso, meus irmãos, e quatro pessoas que eu conhecia muito bem. Minha mãe se jogou nos meus braços quase me derrubando, pegou meu rosto e começou a me analisar. Eu iria lhe dar um beijo quando eu senti uma dor enorme no meu braço

-AI! É bom ver como à senhora estava com saudades de mim mamãe.

-Seu filho desnaturado! Você tem que passar um ano longe, e eu não quero saber o que mais fazia para poder voltar pra casa? – minha mãe fazia um escândalo no aeroporto fazendo que passassem perto de nós soltasse uma risadinha. Sim riam da vergonha alheia

-Estou de volta mãe. E agora é para realmente ficar! – ela entendeu bem minha mensagem e me deu um abraço mais forte do que o primeiro

-Demorou a voltar para casa garoto – disse meu pai me dando um abraço e uma típica tapinha nas costas.

-Estou de volta coroa. – olhei para o resto que estava me olhando. Lucas, David, Thomas, e Bruno estavam se segurando pra não fazer algo com meus irmão. O que não demorou muito até que o escandaloso do Lucas gritou pulando em cima de mim fazendo o resto dos meus amigos fazerem o mesmo

Perdoe-meOnde histórias criam vida. Descubra agora