Capítulo Vinte e Seis - Ameaçados

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DANIEL

-Você deveria ter me ligado assim que deram a entrada no hospital. Como está minha netinha? Posso visita-la?

-Foi tudo muito rápido mãe, me desculpe. E quando cheguei em casa com Arthur já era muito tarde, e graças a Deus posso levar Aghata para casa hoje.

-Que bom filho. Vou ligar para Megan e falar com minha netinha. Se cuide e por favor e dê um beijo no meu netinho.

-Tudo bem! Até logo mãe.

-Beijos meu amor.

Olhando para todos os lados consegui achar um lugar distante para estacionar o carro. Peguei meu boné e meu óculos escuros e olhei para meu filho que terminava de tomar sua agua. Meu filho conseguia ser mais saudável que eu.

-Pronto campeão?

-Pronto. – ele pegou seu pequeno boné e enfiou com tudo em sua cabecinha o que me tirava sempre um sorriso. Sai do carro e sem demorar peguei meu garoto no colo e formos em direção ao hospital

-Papai, sabia que eu gostei muito de ver o senhor jogando bola?

-Muito mesmo?

-Muito , muito. Eu posso jogar bola com o senhor um dia?

-Claro que pode – ele me deu um sorriso – o papai promete que vai te levar um dia.

E meu coração esquentou de amor quando Arthur agarrou meu pescoço e encostou sua cabecinha em mim.

-Papai olha – ele apontou com seu dedo pequeno para um senhor com uma pequena barraca de flores – a Tatá e a mamãe vai gostar. Podemos comprar? – quando me olhou com aqueles olhinhos brilhantes, eu não podia dizer não.

Já viu que tipo de pai eu sou não é?

Nos aproximamos do senhor que nos recebeu com um sorriso – Olá meus jovens. O que desejam?

-Uma flor pra minha irmã, e mamãe – Arthur se prontificou

-Claro. Vamos ver. Para sua irmã – então ele pegou três flores brancas – você dará lírio, que significa pureza e inocência – ele entregou para Arthur

-Pureza e inocência – Yuri repetiu e balançou a cabeça determinado como se tivesse anotado a informação, sorri achando graça

-E para sua mamãe – ele pegou três rosas da cor rosa – significa amor. Que tal essa?

-Sim – Arthur estendeu a mão para pegar as flores da mão do senhor, e em seguida estendeu para mim

-Você não vai dar filho?

Ele negou – o senhor que vai dar a ela papai. Eu vou dar a Tatá.

Sem escolha peguei as flores.

-Boa tarde senhor Taylor – a recepcionista sorriu cordialmente, junto com as outras duas que estavam atrás do balcão com a mesma

- Já está em horário de visita?

-Sim está. – então ela olhou para meu filho – como é lindo seu outro filho.

Algumas pessoas paravam para nos ver passar, e senti que Arthur estava desconfortável com toda aquela atenção – está tudo bem filho! – ele olhou para mim curioso e o peguei no braço indo diretamente para o quarto da minha filha. Quando chegamos à sala em que Aghata estava, escutamos uma gargalhada gostosa, e ao abrir a porta, descobri o por que.

-Faz de novo tio Caio – Aghata pediu a risadas

-Nada nessa mão – ele levantou sua palma da mão esquerda de frente e virou para trás – e agora... – ele se aproximou de minha filha que estava mais corada e com uma trança em seus cabelos, e tirou uma moeda de seu ouvido – olha ela aqui.

Perdoe-meOnde histórias criam vida. Descubra agora