Capítulo Dezoito - Dor

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DANIEL

-Megan.

-Daniel – ela assinalou com a cabeça e menos de um segundo virou de costas para mim, mas antes segurei o seu braço o que a fez me olhar com a sobrancelha levantada

-Você está bem?

-Estava – ela olhou para minha mão e rapidamente a soltei – tenha uma boa noite. - Lhe segurei novamente o que a fez me olhar com raiva – eu disse boa noite Daniel

-Por favor Megan! Eu ao menos queria conversar com você

-Você ainda não entendeu não é Daniel. – ela se soltou e começou a falar alto o que acarretou atenção para nós dois – eu não quero falar com você.

-Eu não vou fazer uma cena com você aqui Megan! Mas você não pode fugir de mim para sempre.

-Me observe.

Quando ela me deu as costas novamente me pus a andar até que uma mão me segurou – Aqui não mano. Tem gente demais olhando para vocês. Se não se sentar agora, vão estar perto de te reconhecerem.

Fechei meus olhos com força e me deixei ser levado por Gustavo e me forcei para não olhar na direção que ela foi

-Você sabia que ela estaria aqui? – perguntei

-Juro que não. A Eloise não teve tempo para falar comigo hoje, pelo o que parece. – exclamou emburrado – Mas vejam só? Ela está aqui.

Ri de lado – e isso te deixa triste irmãozinho?

-Gostaria de conhecê-la melhor ok? – ela cruzou os braços e fez bico como uma menininha o que me tirou a primeira risada do dia

-Finalmente – David levantou os braços e revirei os olhos – eu já tinha pensado que você tinha desaparecido seu mão de vaca.

-Estou quase fazendo isso se você quer saber – falei sarcasticamente e me sentei no canto a procurando

-O que houve? – Carlos perguntou se aproximando olhando para nosso irmão

-Megan.

A mesa se calou e começamos em conjunto a procura-la

-Ali – Lucas apontou para o canto e olhamos ao mesmo tempo minha ex-esposa calada e nos observando também, juntamente com mais cinco mulheres, contando com Eloise e Larissa.

-Devíamos dar um oi? – Tom perguntou mexendo no guardanapo

-Acho melhor não. – Bruno falou ainda as olhando – Daniel e Megan juntos é tipo brasa. Se deixar solto, pode incendiar o lugar.

-Muito obrigado Bruno. – bufei

-Estou mentindo por acaso? – Bruno me olhou e retornou a olha-las que voltaram a comer – vamos deixar ela com as amigas. Ela não parece tão bem como você.

Carlos balançou a cabeça – nenhum está bem! Não estamos bem com todo essa situação. Mas precisamos ser fortes para não deixar demostrar para quem realemnte importa.

-Arthur e Aghata não merecem sofrer por algo que foi totalmente minha culpa. – comentei e olhei novamente para ela que virou a cabeça – muito menos ela merece.

Os pedidos chegaram e como um passe de magica toda animação que tínhamos desapareceu assim como meu humor. Saber que Megan estava no mesmo lugar que eu me fazia de cinco em cinco minutos que eu não podia me levantar e ir até ela. Eu era agora como um chiclete no seu sapato que ela sempre tentava esfregar no asfalto. Meus irmão sempre tentavam puxar algum assunto comigo, mas até eles se cansaram e ficaram calados também assim como todos.

Perdoe-meOnde histórias criam vida. Descubra agora