Capítulo Vinte e Cinco - Enfermidade

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MEGAN

-Aghata – tudo estava em câmera lenta enquanto eu me abaixava e colocava minha filha em meus braços, pálida e fraquinha. Olhei para todos os lados desorientada e pedindo alguma direção a Deus do que eu deveria fazer

-Tatá? – Arthur me tirou do meu torpor quando chegou perto da irmã e respirei fundo colocando as ideias nos lugares

-Turtie, pega meu celular – me levantei e fui para o meu quarto colocando minha filha na cama e abrindo meu guarda-roupa pegando um casaco

-Aqui. – Arthur me estendeu o celular e mandei o mesmo ficar na cama com Aghata enquanto corria para o quanto de ambos

Droga! Quando eu mais preciso meu carro não está aqui. Até que uma luz acendeu em minha cabeça e me lembrei que eu não estava mais sozinha nessa. Disquei o numero e esperei ele atender enquanto pegava uma pequena bolsa de Aghata e colocava seus documentos e coisas necessárias

-Megan?

-Por favor, diga que está em casa! – supliquei e olhei para cama percebendo o vomito nos lençóis

-O que aconteceu? – perguntou afobado e escutei o roçar dos lençóis

-Preciso que você venha nos pegar agora para irmos ao hospital – respondi e peguei um casaco de Aghata indo em direção ao meu quarto vendo meu menino que não saiu do lugar

-Estou indo. Os dois estão bem?

-Arthur está, o problema é a Aghata. Ela desmaio a poucos minutos, estou sem carro... – falei sentindo meus dedos dormentes enquanto vestia minha filha com cuidado

-Está tudo bem! Chego ai em instantes.

-Por favor, venha logo!

Me levantei e coloquei minha mão em minha testa sentindo as primeiras pontadas de dor. Escutei um pequeno fungado e olhei meu filho que enxugava os rostos. Sem esperar o puxei para meus braços e o apertei forte e lhe dei um beijo em sua testinha – a Aghata vai ficar bem ok? Vou levar ela para o hospital com o papai e lá os médicos vão saber o que fazer. Agora vou falar com a vovó Rosa para que você fique com ela, e depois vamos buscar você.

Ele apenas balançou a cabeça e ainda com ele em meus braços liguei para vovó Rosa – vovó?

-Oi meu amor.

-Tem como à senhora ficar com Arthur por algum tempo? Tenho que levar Aghata para o hospital.

-Claro querida! O que aconteceu?

-Ela estava com febre e dores na barriga desde ontem, e agora de noite, desmaiou. – me sentei na cama ajeitando meu menino sentindo meus braços tremerem

-Estou indo me encontrar com vocês.

Ao desligarmos, coloquei meu filho no chão e peguei Aghata. Pelo tempo os dois deveriam estar perto. Sai do apartamento e cheguei perto do elevador vendo que ele estava subindo e que pararia em um andar pelo caminho. Fechei meus olhos tentando passar força para as duas pessoas que necessitavam da minha calma, e pedi a Deus que nada de ruim acontecesse a minha menina

-Megan?

Vovó Rosa estava com sua feição preocupada, e Daniel se aproximou e tentou puxar minha filha inconsciente dos meus braços, mas eu não conseguia solta-la.

-Vai ficar tudo bem Megan!

Respirei, lembrando que uma psicóloga como eu deveria saber ter ordem em seus sentimentos. Com força, o deixei pegá-la

-Oi querida! – vovó Rosa chegou perto de mim e apertou minha mão – cuidarei do pequeno Arthur

-Obrigada vovó. A propósito, esse é Daniel Taylor, o pai das crianças.

Perdoe-meOnde histórias criam vida. Descubra agora