Capítulo Trinta e Um - A festa 1° parte

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MEGAN

-Os convites ficaram lindos. – Eloise abriu o convite o analisando e levantou sua cabeça – fiquei sabendo o que aconteceu.

-É.

-Você devia ter ido a a policia dar parte daquela mulher.

Dei de ombros – não vi necessidade Êlo. Se eu fizesse isso, iria alimentar o ego dela.

-E o seu pé?

Levantei minha perna e comecei a balançar meu pé o que lhe tirou um sorriso – você parece mais feliz. Voltar a falar com eles te deixou feliz, o que significa que você sentia a falta deles.

-Sentia das pessoas que eu achava que eram meus amigos.

-E agora?

-Agora está tudo bem! – suspirei – fiquei um pouco assustada com tudo. Mas eu entendo que na nossa realidade alguns jovens não têm forças para lutar contra o vicio. E eles foram um desses jovens.

-É uma historia triste. Mas todo mundo tem uma historia para contar, não é?

-Pois é.

-E as decorações? – perguntou guardando o convite e mudando de assunto – não sei pra que você me deu convite já que vou arrumar tudo.

-Você ficou bastante tempo fora, e quando vai arrumar a festa dos únicos sobrinhos que tem ainda reclama? – falei fazendo cara feia para minha amiga que fez um bico – as decorações vão chegar no dia anterior.

-Ai – Elo apoio a mão na cabeça e fechou os olhos – em imaginar já estar dando uma preguiça. – então ela abriu os olhos que ficaram arregalados me deixando confusa – e como é que vamos nos arrumar? AI MEU DEUS – ela colocou as duas mãos na cabeça – eu vou parecer uma desleixada na festa com um monte de gente me olhando. Temos que fazer cabelos, unhas dos pés e das mãos, maquiagem.

Revirei os olhos. Minhas amigas costumam ser tão dramáticas – a gente dá um jeito. Uma mão lava a outra e deixa de ser escandalosa – levantei – vou terminar de entregar esses convites.

-Claro. E o pai dos seus filhos? Aliás, você deu convite a ele?

-Claro que falei Êlo. Você acha que eu sou uma megera?

-Tenho minhas duvidas. PRÓXIMO.

Sai da sala da minha amiga deixando a porta aberta vendo um jovem entrar, e fui andando por um tempo cumprimentando algumas pessoas até chegar na sala desejada.

Dei dois toques na porta – senhor Alfonso?

-Pode entrar.

Abri a porta visualizando um senhor de cabeleira branca atrás de uma mesa lendo alguns papeis. Ele levantou o olhar e deu um grande sorriso – Megan.

Ri para ele e entrei – com licença.

-Toda. No que posso ajudá-la? – colocou os papeis na mesa

-Antes de tudo, eu queria agradecer por ter permitido me deixar por mais dias com minha filha operada.

-De nada. A senhorita é ótima no que faz, e também tem direito de cuidar de sua garotinha. Como ela está? – perguntou com um sorriso. Senhor Alfonso sempre foi uma das melhores pessoas desse hospital, sempre se preocupando conosco - seus funcionários - e nos ajudando quando pode.

-Muito bem obrigada. Vim aqui lhe entregar um convite da festinha deles.

-Oba – ele esfregou as mãos, e rindo entreguei o convite da festa dos pequenos. Ele leu por algum tempo e deu um sorriso – vai ter muito cachorro quente?

Perdoe-meOnde histórias criam vida. Descubra agora