Capítulo Dezesseis - Razões

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Olá para todas (os), como vocês estão? Já fazia meses que eu tinha decidido parar a historia por conta de algumas situações, mas aqui estou eu para agradecer a cada uma das pessoas que comentaram no meu ultimo capitulo. Dei algumas melhoradas na historia depois que fiz uma breve revisão, e espero de coração que vocês gostem dos capítulos que virão.
Meu sincero agradecimento! 

DANIEL

A partir do momento que eu tinha me acordado, eu sabia que o dia não seria fácil para mim, meus filhos e Megan.

Ah! Megan.

Eu apertava o volante o máximo que eu podia e relaxava quando meus dedos começavam a ficar dormentes e voltava novamente a apertar eles para ao menos tentar me concentrar em meus pensamentos e não ter novamente outra crise. Carlos estava ao meu lado e fazendo gracinha para meus filhos que estavam no banco de trás rindo de suas bobagens. No fundo eu agradecia ao meu irmão pela companhia, ele sabe mais do que ninguém o que acontece quando eu fico nervoso, e tê-lo ao meu lado no momento que as câmeras começaram a filmar a mim, Aghata e Arthur foi um pouco acolhedor. Eu tinha com quem contar no final, mesmo que eu tivesse uma penca de erros

-Você está bem? – meu irmão me perguntou baixo e olhei para o retrovisor os dois pequenos distraídos com a janela

-Já teve a sensação que tudo a sua volta está errado? – soltei um suspiro – eu queria que tudo tivesse sido diferente! Queria não ter sido um idiota completo que perdeu tudo o que tinha entre os dedos. Eu sou um fracassado.

-Você não é um fracassado.

Sorri tristemente parando em frente do semáforo – eu fracassei como homem Carlos. Como marido... agora o que me resta é não falhar como pai. Você não tem ideia o quanto a exposição é difícil para um homem. Imagina para duas crianças de quatro anos?

Carlos ficou calado por um tempo e voltei a fazer o carro andar – você fez escolhas erradas. Uma pior que a outra. Mas não tem o que fazer agora Daniel. Os dois estão aqui com você agora, querendo estar ao seu lado e amando você tanto quanto ama a mãe deles.

Meus olhos arderam e olhei novamente para o retrovisor – eles se tornaram o meu tudo. Pode parecer que eu me mudei para o condomínio onde eles moram por causa de Megan. Mas na verdade Carlos, é por causa deles. Eu não quero perder mais nada, não quero mais falhar com eles.

-Eu sei.

Cheguei na garagem onde estava nossa casa e o porteiro permitiu nossa entrada. Minhas mãos suavam de nervosismo de novo, mas me obriguei a me acalmar e olhar novamente para os dois e me lembrei que tudo o que eu fiz foi por eles. Estacionei o carro e Carlos me ajudou a tirar Arthur da cadeirinha e pegar as bolsas de ambos.

Ao longe uma mulher de cabelos longos tinha a cabeça baixa e quando me olhou sorriu – boa noite!

-Titia – Aghata como não conseguia parar quieta um estante correu para a tia que não demorou a pegar nos braços – veio para a mamãe?

-Sim meu amor. Como você está?

-Bem. Hoje a gente tirou foto titia. O papai disse que vai fazer um quadro bem grande meu

Larissa lhe beijou na bochecha e se aproximou de mim que tinha Arthur nos braços – depois que uma pessoa começou a ficar com o papai dela, não quer saber mais da tia Lari.

Arthur soltou um sorriso e enrolou os braços em meus pescoço – onde ela está Larissa?

Larissa soltou um suspiro e olhou para o prédio e me olhou novamente – acho melhor você ir conversar com ela. A sós.

Carlos que estava até então calado pegou Arthur que meio relutante foi para ele – que tal vocês me mostrarem onde fica o parquinho? O tio quer brincar no balanço.

-Mas o senhor é muito grande tio – Turtie fez uma careta – vai quebrar o brinquedo.

-Você por acaso está me chamando de gordo?

Dando uma ultima olhada para Larissa me afastei dos quatro e fui para o prédio me encontrar com Megan.

Parecia que o tempo não estava ao meu favor porque parecia que o elevador estava subindo a horas até chegar no andar da minha ex-esposa. Quando cheguei em sua parte pronto para bater, ela abriu se supetão e me deparei com Megan e seu semblante um pouco abatido. Ela saiu e fechou a porta atrás de si, o que me deu a entender que eu não entraria em sua casa. Ficamos calados por longos segundos, ou posso dizer minutos. Eu olhava para meus pés como um belo covarde que eu era e ela olhava para o lado.

-Quando eu descobri que estava gravida, você estourou no mundo de futebol. – a olhei esperando ela falar o que desejava – me causava medo quando eu pensava em procurar você para dizer que eu tinha tido dois filhos, mas ao mesmo tempo eu não queria que eu e nem aos meus filhos passassem pela situação de ter a privacidade invadida e ter toda a sua historia em apenas um clique de uma câmera. – foi a vez de ela me olhar – eu não me arrependo de nada Daniel, porque eu estava fazendo isso por eles.

-Você sabe que não foi apenas por eles não sabe?! – soltei e ela me olhou – você mais do que ninguém sabe que mesmo apesar de todos os meus erros, eu os protegeria. Eles são meus também!

-Eles são meus Daniel – ela serrou os punhos – eu lutei pelos dois, eu fui em frente pelos dois, e onde você estava?

-Não parou apenas para pensar um minuto que se você tivesse vindo atrás de mim, eu seria ainda sim o pai deles? Eu poderia ir embora sem olhar para trás novamente Megan, hoje ou amanhã, e ninguém teria nada haver com isso. E você sabe disso, todo mundo sabe disso. Eu estou aqui, não pelos meus pais, nem por sua família, e muito menos por você! Mas pelos meus filhos.

Seu olhar se encontrou com o meu e coloquei minha mão em minha testa sentindo novamente a dor de cabeça aumentar – não importa o que os outros pensem, ou o que você pensa, eu vou continuar pelos dois. E se eu fiz o que fiz hoje foi por eles... você pode não vim acreditar em mim, mas eu me importo com eles, eu quero estar com eles, quero viver com eles e eu vou estar com eles.

Ela suspirou e endireitou os ombros me olhando friamente – boa noite Daniel.

MEGAN

Depois de me despedir de Larissa e colocar meus bebes na cama, fui para a sala e sentei no chão com apenas a franca luz do abajur. Agarrei meus joelhos e encostei meu queixo nos mesmo e tentando não pensar em muita coisa. Eu tinha tanta raiva de mim por não conseguir controlar meus pensamentos e principalmente sentimentos. 

E no fim, eu conheço Daniel e ele ama meus filhos tanto quanto eu os amava. 

Eu vinha sendo forte há exatamente quatro anos desde que meus filhos nasceram, consegui superar meus maiores obstáculos que era o medo de ficar sozinha, superei o fim do meu casamente e fiquei bem depois de um tempo com a ausência do meu pai.

Virei o rosto e mirei o porta retrato do meu progenitor que sorria comigo ao seu lado. Eu sentia tanta a falta dele... meu pai era meu melhor amigo em todos os momento me dando os melhores concelhos e enxugando minhas lagrimas quando precisei de um ombro. Ele sempre deixou claro que não gostava da ideia de me casar tão nova, para ele eu tinha que terminar logo a faculdade. Mas a desobediente aqui so pensava no matrimonio com o homem que amava e mesmo assim ele me abraçou e disse que estaria comigo.

Sem perceber eu tinha lagrimas descendo abundantemente em minhas bochechas. Lágrimas de saudades do meu pai, lágrimas de saudade daquela menina que tinha tantos sonhos e nenhuma responsabilidade. Até que olhei para o porta retrato dos meus filhos.

Não. Eu não mudaria nada se isso significasse que eu não os teria, porque a minha vida está em torno deles.

'E em que lugar eu fico para você filha? Você realmente se esqueceu de mim?'

Escutar sua voz em meu coração foi o que faltava para desencadear o choro que estava preso em mim. 

Perdoe-meOnde histórias criam vida. Descubra agora