Capítulo Dezessete - Passado

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Daniel

Dias se passaram e muita coisa aconteceu durante a semana. Os questionamentos de "Porque, Daniel Taylor anunciou e existência dos seus filhos agora?", o que acarretou jornalistas me seguindo e Megan não saindo de casa com meus filhos a semana inteira com medo de ser abordada por alguma câmera. Eu não a culpava e me sentia imensamente culpado por atrapalhar sua rotina e de nossos filhos. Depois veio a notícia de que estavam "procurando" a mãe de Arthur e Aghata para saberem a história completa em rede internacional, já que varias teorias, especulações e criticas apareceram, o que me deixava ainda mais temeroso pela segurança dos três. Na mesma semana eu tinha assinado um novo contrato com o clube dos Estados Unidos o que abafou um pouco a notícia anterior o que eu agradeci. E sobre eu e Megan nada tinha mudado, ela enquanto pudesse sempre se distanciava de mim o que me deixava com um gosto amargo na boca. Algumas vezes passávamos um pelo outro pelo condomínio mais nem em minha direção ela olhava desde nossa ultima conversa. O final de semana se aproximava e Yasmin me ligou no meio da tarde pedindo permissão para passar o sábado e o domingo com os netos, já que ela viajaria e passaria duas semanas fora, o que eu cedi sem achar problemas. Era natural ela sentir falta, já que os dois durante a semana passava na escola e em outras atividades.

O sábado tinha chegado, e a falta que eu sentia dos dois era imensa. Era como se eu tivesse passado uma vida inteira com eles, e agora tinha tirado um pedaço do meu peito.

-Vamos Daniel. Você não vai derreter saindo com a gente hoje. Lá no centro abriram uma lanchonete de hambúrgueres e eu quero encher minha barriga lá – Carlos tentava inutilmente me tirar de casa. E como sempre, pensando apenas do estomago. Nem era oito horas, e eu já estava coberto da cabeça aos pés na minha cama

-Me deixa em paz Carlos.

-O que aconteceu com você? – ele cruzou os braços e balançou a cabeça – Você está parecendo um aposentado Dani. Sei que o que você está passando não está sendo fácil. Mas você precisa levantar da cama e agir. Ficar deitado ai, não vai trazer nenhum dos três de volta para seus braços.

-Você está parecendo uma criança. – Gustavo se aproximou – tenha dó de si mesmo apenas uma vez Daniel. Enquanto você está aqui remoendo o passado, ela está em um lugar muito melhor com você e se divertindo como jamais fizemos.

Eu levantei meu tronco e olhei para meu irmão – você sabe onde ela está?

Gustavo deu de ombros – venho conversado muito com Eloise ultimamente. Talvez ela tenha escapado uma ou duas coisas. E não. Eu não sei onde elas estão.

- Ok. - Suspirei pesado – qual a chance de vocês me deixarem em paz seu eu for?

-De uma em um milhão – Gustavo sorriu com todos os dentes

-Estarei pronto em quinze minutos

...

-Eu quero muito um x-bacon e batata fritas. Eu já disse que amo batatas fritas? – Lucas falou empolgado e revirei os olhos

-Eu não acredito que vocês me tiraram da cama para falar sobre o amor de Lucas por batatas fritas. Eu ganhava mais deitado na minha cama.

-Sabe Daniel – David parou olhando para meu rosto – eu acho que você precisa fazer terapia.

Enquanto subíamos a escada passei meus olhos para a lanchonete que parecia ser maior do que uma praça de jovem abarrotada por gente. Arrumei meu boné e óculos de sol e segui meus irmãos e amigos para uma mesa mais reservada. Me trazia boas lembranças sair com eles para comer besteira depois de tanto tempo. Me fazia lembrar quando éramos um bando de adolescentes inconsequentes que juntavam moedas para pagar um refrigerante de dois litros.

Perdoe-meOnde histórias criam vida. Descubra agora