Parte 1

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Oi povo lindo,

Postarei a primeira parte da história. Ainda nao estipulei dias para postar, mas será uma vez na semana. Preciso me dedicar também ao meu livro Café, por isso, irei me virar para dar conta disso tudo hahahaha Tudo por vocês s2

Espero que se apaixonem por Marina e Bruna tanto quanto eu estou.

Não esqueçam de deixar comentários, curtidas... É sempre bom s2

Boa leitura.

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                É extremamente complicado.

                Começamos por ai.

                Eu não deveria sentir aquilo. Não deveria desejar, muito menos.

                Mas eu não conseguia evitar encarar cada sorriso que crescia naqueles lábios rosados. O modo que seus longos cílios pintados marcavam cada olhar, quando sua testa franzia enquanto copiava qualquer coisa dita pelo professor. O batuque das suas unhas pintadas e as pequenas mordidas que ela dava na pontinha do próprio lápis... E quando ajeitava seus cabelos? Me restava suspirar em silêncio.

                Era tudo em silêncio.

                Admirar em silêncio. Encarar em silêncio. Desejar em silêncio.

                Droga.

                Abaixei a cabeça e fingi que anotava qualquer coisa em meu livro.

                Arrisquei olhar novamente em sua direção e prendi a respiração quando seus olhos cor de mel me encaravam de esguelha, um sorriso de lado brotou em seus lábios quando senti meu rosto esquentar. Uma das suas amigas começou a gesticular exageradamente e ela voltou sua atenção para seu grupinho.

                Era sempre assim: eu a olhava, ela me pegava no flagra e eu me escondia.

                Frequentávamos a mesma faculdade de advocacia, mesma grade de aulas, mesma sala... Mas nunca nos falamos.

                Exceto um “Oi”, “Tchau”, “Bom dia”. Eu podia contar em minhas mãos.

                -Marina Alencar... Você entendeu o que eu disse?

                A voz do professor ecoou por toda sala até chegar aos meus ouvidos.

                Pisquei algumas vezes e pigarrei.

                -Não, professor... Perdão... – essas coisas só aconteciam comigo.

                O olhar irônico do professor me intimidou.

                 -Você poderia nos dar a honra e continuar a leitura?

                Olhei para meu livro completamente perdida. Mordi o lábio nervosamente. Olhei para minha frente e ela estava de costas para mim, apenas suas amigas me olhavam divertidas com a situação.

                Definitivamente, não era um bom dia para mim.

                -Ao menos sabe qual texto é, Srta. Alencar? – o professor me olhou impaciente.

                Um garoto que sentava ao meu lado inclinou seu livro discretamente em minha direção e me mostrou onde havia parado.

Doce GarotaOnde histórias criam vida. Descubra agora