𝑨 𝑳𝒖𝒂 𝒅𝒐𝒔 𝑪𝒓𝒊𝒏𝒐𝒔

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𝗡𝗼𝗶𝘁𝗲 𝗱𝗲 𝗟𝘂𝗮 𝗖𝗵𝗲𝗶𝗮

"A lua cheia para os Crinos é um evento de grande importância. Nesse período, sua força atinge o auge, tornando-se propício para a caça. Além disso, é durante a lua cheia que ocorre o acasalamento, onde machos procuram suas fêmeas predestinadas. Após encontrar a companheira, eles a conduzem a um ninho, cuidando de suas necessidades básicas e emocionais. Esse ciclo lunar desempenha um papel vital na vida dos Crinos, moldando não apenas suas habilidades físicas, mas também as interações sociais e reprodutivas dentro da alcateia.

Os Crinos formam uma sociedade onde ambos os sexos ocupam posições de força no topo. A regra principal de acasalamento é entre machos e fêmeas Crinos para continuar a geração. Entretanto, existem exceções a essa regra. A lua cheia desempenha um papel central, não apenas como o ápice da força, mas também como um momento crucial para caça e acasalamento, envolvendo cuidados intensivos aos parceiros."

SN: Por favor, me deixe em paz!! - Os soluços de choro me motivaram a seguir em frente; enfim, cheguei à borda e só pude correr em direção reta. Adrien era hábil, mais rápido que eu. Meu corpo era movido a raiva, desespero, indignação. Faltava pouco para chegar à cabana, mas alguns galhos cortavam minhas coxas, espinhos e tudo que havia naquele ambiente natural inabitável. Eu ainda estava descalça; devo estar sangrando, pois senti um ardor nas coxas e meu pé.

Sem tempo para me preocupar com isso, a escuridão ia se alastrando; a nebulosidade subindo mais. À frente, podia ver a cabana. Com o coração acelerado, segui em direção a ela. Estava perto, faltava pouco. Iria me esconder lá como fazia com meu pai, dentro de um porão pequeno. Faltavam poucos passos, mas como nada é fácil, a maldita barra da camisola prendeu-se a um miserável galho.

Tentei me soltar, mas podia ouvir Adrien correndo em minha direção - Sai maldito galho, agora não!!! - pensei - Inferno, inferno, por que? Horas, mas por quê? - Um clarão surgiu, e algumas gotas de chuva começaram a cair - Agora não, agora não! - tentei rasgar a barra, mas eu não tinha forças; minha pele ardia com os galhos e espinhos que me arranharam anteriormente.

[Adrien]: Te achei! - Parou ofegante, encarando a garota em sua frente como uma presa fácil.

[SN]: Adrien, por favor! - Eu não sabia mais para onde correr; a porcaria da barra ainda estava presa. Tentei correr, vai que isso ajudava, e de fato, consegui fazer um pequeno rasgo na barra, revelando parcialmente minhas áreas de trás totalmente expostas pela falta da peça íntima.

[Adrien]: Eu amei saber que você não usa calcinha em casa. Eu posso simplesmente te debruçar em qualquer móvel e te comer como uma cachorrinha... JÁ que você já está praticamente nua, vou acelerar o processo pra você, veja como estou...

[   ]: Hoje não!

[SN]: Uma terceira voz, vinda atrás de mim. Meu corpo arrepiou por inteiro; jurei entrar em pânico, mas eu estava paralisada. O que podia fazer? Correr? Eu não ia aguentar; eu só iria me cansar - Você trouxe mais gente pra essa sua patifaria?

[Adrien]: Não... quem é a voz? Isso é culpa sua, SN, se não tivesse corrido até aqui!

[SN]: Se não estivesse me assediando!

[Adrien]: Vamos para casa, já chega de histerias!

[   ]: Hoje não!

[Adrien]: VAMOS, SN, PARE DE DRAMA!

𝗔 𝗟𝗨𝗔 𝗗𝗢𝗦 𝗖𝗥𝗜𝗡𝗢𝗦Onde histórias criam vida. Descubra agora