Unexpected Love - Wantasha.

6- Quase

Wanda POV.

-Natasha, vai mais devagar. - eu pedi, mesmo que constrangida em, além de pegar carona, querer exigir sua velocidade, mas eu realmente estava assustada com a rapidez que Natasha ia.

-O que você falou? - ela perguntou, girando o pescoço levemente para o lado, quando parou no sinal vermelho.

-Devagar, por favor.

-Com medo, Maximoff? - Natasha provocou.

-Talvez. - a respondi, casualmente, sem me importar muito com a sua provocação.

-Se segure em mim então. Gosto das coisas rápidas. - Natasha não se preocupou em esconder o duplo sentido na frase. Na verdade, tenho quase certeza que a escolha das palavras foi totalmente consciente.

Era engraçado como a própria Natasha se repreendia quando falava coisas que não devia. Mesmo que ela fizesse questão de ser uma provocadora, poucos minutos depois sua expressão era de arrependimento e então ela respirava fundo.

Seria impossível negar que eu não sentia o corpo de Natasha tenso, provavelmente por ter uma desconhecida a agarrando, mas eu gostava de saber que ela estava tão nervosa com a situação quanto eu.

Eu agradeci aos céus quando percebi que já estava próxima ao meu apartamento. Era torturante a velocidade que Natasha dirigia e ter o seu corpo ali, tão próximo ao meu, não ajudava em nada, só me deixava mais nervosa.

-Bem, está entregue, senhorita Maximoff. - Natasha disse após parar sua moto.

-Eu agradeço, Romanoff. - falei assim que sai da sua garupa.

Natasha, em seguida, também desceu da moto e retirou seu capacete, me deixando em total estado de alerta.

Eu não entendia o motivo de ela fazer isso, ela poderia simplesmente sair andando com aquela sua super moto, mas ela não fez.

E eu fiquei completamente nervosa, tão nervosa que não conseguia tirar o capacete da cabeça.

-Essa droga! - resmunguei baixinho enquanto tentava soltar o pequeno cinto que prendia minha cabeça.

-Tá tudo bem aí? - Natasha me olhou, seus olhos cerrados enquanto ela segurava um risinho nos lábios.

-Porra, acho que isso emperrou. - eu não poderia me sentir mais humilhada, então não fazia questão nenhuma de esconder a humilhação óbvia.

-Deixa eu te ajudar. - ela pendurou o capacete em sua moto e então se aproximou de mim, suas mãos frias tiraram a minha da trava e ela a abriu a mesma com facilidade. - Não, definitivamente não estava emperrado.

-Foi algum problema então. - dei de ombros, desviando o olhar. Eu estava totalmente intimidada com a proximidade de Natasha. Não cabia um passo entre nós.

-Talvez sejam as suas mãos que estão suadas. - ela falou com um sorrisinho de lado.

Deus, eu achava aquele sorrisinho tão sexy.

-Como sabe que estão suadas? - desviei o olhar.

-Não é como se o cinto não estivesse encharcado. - ela ainda tinha o sorriso em seus lábios, provavelmente se divertindo com o meu nervosismo evidente. - Por que sua mão está suando? Está nervosa?

Natasha Romanoff, definitivamente, tinha tirado aquela noite para me provocar.

Eu senti minha respiração travar e meu corpo gelar no segundo em que ela levou sua mão livre do capacete até uma mecha rebelde do meu cabelo, a passando para trás da orelha.

-Não, eu estou perfeitamente bem. - menti, embora tinha em mente que ela não acreditava em uma palavra. Ela soltou uma risada nasal, sua mão ainda no meu cabelo.