Unexpected Love - Wantasha.

15- Sucesso e Comemoração

Wanda POV.

Natasha e eu estávamos a três semanas levando o nosso lance na casualidade. Diferente do que eu mesma pensava, nós sabíamos fazer aquilo muito bem. Sabíamos impor limites e separar muito bem as coisas.

Era algo recente, mas eu posso afirmar que transei mais nessas semanas com Natasha do que em meu último relacionamento.

Tínhamos uma conexão sexual surreal.

E, se eu estivesse sendo honesta comigo mesma, eu poderia dizer que não era só durante a transa essa conexão.

Não éramos como maníacas por sexo que só nos víamos, transamos e fechamos a porta. Várias foram as vezes que depois da transa pedimos uma pizza e conversamos durante horas.

Natasha me fazia rir até a barriga doer. Ela tinha toda aquela pose de durona e de arrogante, mas a verdade é que ela era uma grande palhaça.

Eu gostava de saber que ela se permitia ser ela mesma comigo. E eu amava o fato de poder ser eu mesma, sem receio de ser julgada.

Natasha não fazia esse tipo. Ela não costumava julgar os outros pelos seus piores erros.

-Maximoff. - Carol invadiu minha sala, me tirando daqueles devaneios traiçoeiros.

-Você não sabe bater na porta? - resmunguei, voltando minha atenção para o notebook na minha mesa.

-Me acompanha em um bistrô no almoço? - ela ignorou meu sermão, se jogando na cadeira vazia. - Ele é novo na região.

-Não sei se vou sair para almoçar. - a respondi porque era a verdade. - Você sabe. Tenho que preparar as coisas para a reunião em Washington.

-Qual é, Maximoff? - quando olhei para a minha amiga, a vi revirar os olhos. - Estamos falando de uma hora de almoço.

Parei por um instante para realmente pensar na proposta. Era uma boa. Eu estava perdida naqueles arquivos e uma renovação de ares não era uma das piores alternativas.

-Tudo bem. Eu te acompanho. - cedi.

Carol fez um movimento com o braço em comemoração e murmurou um "Yes!". Danvers era a mistura perfeita de uma criança animada e uma mulher empoderada.

Quer dizer... aquela mulher exalava poder em cada passo dado... assim como Natasha.

Deus.... por que eu estou pensando em Natasha?

Eu simplesmente não podia pensar nela. Não porque tinha alguma possibilidade de eu estar desenvolvendo algum tipo de sentimento, mas sim porque pensar em Natasha me fazia pensar nas nossas memórias sexuais...

E reviver momentos tão... íntimos, me deixava quente, muito quente.

-Ei. - Carol chamou minha atenção. Só então me dei conta de que eu estava olhando para um ponto fixo, totalmente alheia a realidade. - Por que você está vermelha?

Suspirei tentando me recompor.

-Estou com calor. - disse, diminuindo a temperatura do ar condicionado. Bem... eu não menti.

-Porra, mas hoje está um frio fodido. - minha colega resmungou, se abraçando por conta do vento gelado. - Você tá maluca. - disse por fim, saindo da minha sala.

(...)

-Por que você está tão pensativa, Wan? - Kate, minha amiga que eu sequer sabia que havia sido convidada para o almoço, perguntou.

-Trabalho. - me limitei em responder aquilo, mas a verdade é que o motivo de eu estar tão alheia era a mulher sentada a minha frente.

Natasha Romanoff com aquele seu sorriso de lado.